Abolición compensada

Banco do Brasil y el acuerdo Treze de Maio

Autores/as

  • Rodrigo Goyena Soares Departamento de História - Universidade de São Paulo (USP)

DOI:

https://doi.org/10.1590/2236-463335ea00423

Palabras clave:

Esclavitud, Abolición, Indemnización, Banco do Brasil, Crisis del Imperio

Resumen

Salvo sus dos únicos artículos, la Ley del 13 de mayo de 1888, que abolió la esclavitud en Brasil, no ofreció ninguna reparación a los propietarios de esclavos. Sin embargo, tanto el gabinete que lo instituyó como el que lo sucedió adoptaron políticas económicas compensatorias que, especialmente para el Banco do Brasil, tuvieron este efecto. La primera línea de acción se refería a la ayuda agrícola, diseñada para salvaguardar el dinamismo productivo y, en última instancia, el presupuesto imperial. El segundo frente se refería a la solvencia del sistema bancario, especialmente del Banco do Brasil. Como la institución había tomado la esclavitud como garantía hipotecaria, si no había un programa de incentivos agrícolas, los incumplimientos posteriores impactarían el valor de mercado del Banco, en un proceso que afectaría sus depósitos y, en general, sus activos. También sería un riesgo inmenso para el pago de la deuda pública, fuertemente respaldada desde la década de 1870 por el Banco. Así, dependientes de la institución, los gobiernos de João Alfredo y Ouro Preto le inyectaron una liquidez única, produciendo un efecto compensatorio redoblado, considerando que los principales inversores del Banco do Brasil eran los cafetaleros del Valle de Río de Janeiro. A pesar de los esfuerzos, los aportes tendieron a permanecer en su forma financiera, y no productivos, lo que no hizo más que profundizar, republicanizándolos aún más, el resentimiento de los cafetaleros del Oeste Paulista respecto a los acuerdos de la Corte.

Biografía del autor/a

Rodrigo Goyena Soares, Departamento de História - Universidade de São Paulo (USP)

Professor doutor de História do Brasil na Universidade de São Paulo (USP). Pós-doutor em História na USP. Doutor em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Foi pesquisador visitante no Departamento de História da New York University (NYU). Possui mestrado em História pela UNIRIO e em Relações Internacionais pelo Institut d'Études Politiques de Paris (SciencesPo). Graduou-se em Ciências Políticas pela SciencesPo. Trabalhou na Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE) como pesquisador de assuntos latino-americanos. Seus principais campos de pesquisa são: História do Brasil Império, História das classes sociais no Brasil e História da Política Externa Brasileira. Atualmente, pesquisa a Proclamação da República e a Bacia do Prata no século XIX em perspectiva global.

Citas

ANTUNES, Lívia. Sob a guarda negra: abolição, raça e cidadania no imediato pós-abolição. Tese (Doutorado em História) – Programa de Pós-Graduação em História, Instituto de História, Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2019.

BACHA, Edmar; GREENHILL, Roberto. 150 anos de café. Rio de Janeiro: Salamandra, 1992.

CALMON, Pedro. História de D. Pedro II. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975. v. 3.

CARREIRA, Liberato de Castro. História financeira e orçamentária do Império do Brasil. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980. v. 2.

CASTRO, Celso. Os militares e a República: um estudo sobre cultura e ação política. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.

CASTRO, Sertório de. A República que a revolução destruiu. Brasília: UnB, 1982.

CUNHA, Olívia Maria Gomes da; GOMES, Flávio dos Santos. Quase-cidadão: histórias e antropologias da pós-emancipação no Brasil. Rio de Janeiro: FGV, 2007.

DEAN, Warren. Rio Claro: um sistema brasileiro de grande lavoura, 1820-1920. Rio de Janeiro: Paz & Terra, 1977.

FRAGOSO, João. Barões do café e Sistema agrário escravista: Paraíba do Sul/Rio de Janeiro (1830-1888). Rio de Janeiro: 7Letras, 2013.

GAMBI, Thiago Fontelas Rosado. O banco da ordem: política e finanças no Império brasileiro (1853-1866). São Paulo: Alameda, 2015.

GAMBI, Thiago Fontelas Rosado. Anatomia política de uma crise bancária, praça do Rio de Janeiro, Brasil, primeiro semestre de 1875. Revista de História, São Paulo, n. 180, p. 1-30, 2021.

GOMES, Flávio dos Santos. No meio de águas turvas. Racismo e cidadania no alvorecer da República: a Guarda Negra na Corte, 1888-1889. Estudos Afro-asiáticos, Rio de Janeiro, n. 21, p. 75-96 1991.

GRAHAM, Sandra Lauderdale. O Motim do Vintém e a cultura política do Rio de Janeiro, 1880. In: DANTAS, Mônica Duarte (org.). Revoltas, motins, sedições: homens livres pobres e libertos no Brasil do século XIX. São Paulo: Alameda, 2011. p. 485-510.

GRANZIERA, Rui Guilherme. A Guerra do Paraguai e o capitalismo brasileiro. São Paulo: Hucitec/Unicamp, 1979.

HANLEY, Anne. Native Capital: Financial Institutions and Economic Development in São Paulo, Brazil, 1850-1920. Stanford: Stanford University Press, 2005.

KRAUSE, Thiago; GOYENA SOARES, Rodrigo. Império em disputa: coroa, oligarquia e povo na formação do Estado brasileiro (1823-1870). Rio de Janeiro: FGV, 2022.

VAN DELDEN LAËRNE, Carl Frederik. Brazil and Java: report on coffee-culture in America, Asia, and Africa. London: Martinus Nijhoff, 1885.

LEVY, Maria Bárbara. História da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: IBMEC, 1977.

LEVY, Maria Bárbara. A indústria do Rio de Janeiro através de suas sociedades anônimas. Rio de Janeiro: UFRJ, 1994.

LOBO, Eulália Maria Lahmeyer. História do Rio de Janeiro: do capital comercial ao capital industrial e financeiro. Rio de Janeiro: IBMEC, 1978.

LUNA, Francisco Vidal; KLEIN, Herbert. História econômica e social do Estado de São Paulo, 1850-1950. São Paulo: Imprensa Oficial, 2019.

MACHADO, Maria Helena. O plano e o pânico: os movimentos sociais na década da abolição. Rio de Janeiro: UFRJ; São Paulo: EdUSP, 1994.

MAGALHÃES JUNIOR, Raymundo. A vida turbulenta de José do Patrocínio. Rio de Janeiro: Sabiá, 1969.

MUAZE, Mariana. As memórias da viscondessa: família e poder no Brasil Império. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.

MULHERN, Joseph. After 1833: British Entanglement with Brazilian Slavery. Masters in Another Empire, c. 1822-1888. London: Anthem Press, 2024. Pre-order.

OLIVEIRA, Jessica Manfrim de. Entre “grandes” e titulares: os padrões de nobilitação no Segundo Reinado. Tese (Doutorado em História) – Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2016.

RIOS, Ana Maria; MATTOS, Hebe Maria. O pós-abolição como problema histórico: balanços e perspectivas. Topoi, Rio de Janeiro, v. 5, n. 8, p. 170-198, 2004.

SALLES, Campos. Da propaganda à presidência. Brasília, DF: Senado Federal, 1998.

SCHULZ, John. O Exército na política: origens da intervenção militar, 1850-1894. São Paulo: EdUSP, 1994.

SCHULZ, John. The Financial Crisis of Abolition. New Haven: Yale University Press, 2008.

SECRETO, Maria Verónica. A seca de 1877-1879 no Império do Brasil: dos ensinamentos do senador Pompeu aos de André Rebouças: trabalhadores e mercado. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 27, n. 1, p. 33-51, 2020.

SILVA, Lígia Osório. Terras devolutas e latifúndio: efeitos da lei de 1850. Campinas: Unicamp, 1996.

SUMMERHILL, William. Inglorious Revolution: Political Institutions, Sovereign Debt, and Financial Underdevelopment in Imperial Brazil. New Haven: Yale University Press, 2015.

STEIN, Stanley. Vassouras: um município brasileiro do café, 1850-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.

VILLELA, André. The Political Economy of Money and Banking in Imperial Brazil, 1850-1889. Londres: Palgrave Macmillan, 2020.

VISCONDE DE OURO PRETO. Advento da ditadura militar no Brasil. Paris: Imprimerie F. Pichon, 1890.

Publicado

2023-12-15

Cómo citar

Goyena Soares, R. (2023). Abolición compensada: Banco do Brasil y el acuerdo Treze de Maio. Almanack, (35). https://doi.org/10.1590/2236-463335ea00423

Número

Sección

Artigos

Artículos más leídos del mismo autor/a

Nota: Este módulo requiere de la activación de, al menos, un módulo de estadísticas/informes. Si los módulos de estadísticas proporcionan más de una métrica, selecciona una métrica principal en la página de configuración del sitio y/o en las páginas de propiedades de la revista.