Almanack
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<p><span style="font-weight: 400;">Publicada desde 2011, <strong><em>Almanack</em></strong> é um periódico acadêmico-científico quadrimestral destinado a um público de especialistas das áreas de humanidades, em particular da História. Está dedicada a publicar artigos originais vinculados às múltiplas problemáticas da História da formação dos Estados Nacionais entre os séculos XVIII e XIX e se interessa particularmente pelo processo brasileiro e latino-americano. Nossa missão é publicar artigos originais, fruto de pesquisas que promovam elevado conhecimento de nossa área disciplinar e contribuam para renovar a historiografia em nível internacional. Editada por especialistas, a Almanack é gerida por pesquisadores de distintas universidades brasileiras e estrangeiras e é apoiada pela Sociedade Brasileira de Estudos do Oitocentos</span><span style="font-weight: 400;">. Todos os números da Revista Almanack estão disponíveis na <a href="http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_issues&pid=2236-4633&lng=pt&nrm=iso" target="_blank" rel="noopener">página Scielo</a>. </span></p>Universidade Federal de São Paulopt-BRAlmanack2236-4633Estado e fronteira agrária
https://periodicos.unifesp.br/index.php/alm/article/view/10550
<p>O artigo aborda o impacto das causas externas de morte entre homens adultos (livres ou escravizados), comparando municípios e paróquias do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná e do Recôncavo Baiano durante o intervalo estendido de <em>ca</em>.1820 a <em>ca</em>.1870. Sumariza-se brevemente a historiografia que enfatizou fenômenos estruturais e os elementos a ela relacionados conforme as tendências de sua distribuição nos eixos espacial e temporal. Percebeu-se com bastante clareza que o período de maior instabilidade política foi também de enorme incidência da violência interpessoal. Analogamente, o peso das causas externas era muitíssimo maior na fronteira agrária, em comparação com áreas onde o peso do Estado em processo de consolidação era mais sentido. Os dados respondem bem a expectativas criadas ao redor do modelo de construção estatal.</p>Carlos Alberto Medeiros Lima
Copyright (c) 2022 Carlos Alberto Medeiros Lima
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2022-07-312022-07-313110.1590/2236-463331ea01020Dominação local e padrão de liderança
https://periodicos.unifesp.br/index.php/alm/article/view/10598
<p>O objetivo deste artigo é enfrentar duas questões distintas, porém relacionadas: pretendo identificar a configuração da elite política provincial a partir da Assembleia Provincial e das informações e debates nos jornais da época, bem como a formação e organização dos grupos políticos que se aglutinavam em torno de determinados interesses, perspectivas e identidades. Isso permitirá cotejar a hipótese corrente na literatura de que os grupos políticos/partidos locais não se compunham a partir de um padrão de liderança, e exerciam o mando como atividade auxiliar, secundária. Na primeira parte, observarei a composição da Assembleia Provincial para verificar se existiam grupos empenhados na “ocupação da política”. Na segunda parte, cotejarei um ponto central para compreender a organização dos grupos maranhenses, qual seja, a reiterada referência à organização partidária local e suas mutações. Nesse sentido, tomo como eixo central para análise a formação da <em>Liga Liberal Maranhense</em>, uma aglutinação de dissidentes dos dois principais partidos da província do Maranhão: <em>cabanos</em> (saquaremas/conservadores) e <em>bemtevis</em> (luzias/liberais). Espero demonstrar que sua formação mesma, em 1846, é fundamental para compreender os grupos políticos maranhenses.</p>Arthur Roberto Germano Santos
Copyright (c) 2022 Arthur Roberto Germano Santos
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2022-07-312022-07-313110.1590/2236-463331ea01120Iluminismo e narrativa humanitária na obra Bosquexo del en esclavos y reflexiones sobre este tráfico considerado moral, política e cristianamente (1814) de José Maria Blanco
https://periodicos.unifesp.br/index.php/alm/article/view/11354
<p>O presente artigo propõe-se a demonstrar como o intelectual espanhol José Maria Blanco y Crespo (1775 - 1841) utilizou no seu libelo abolicionista acima citado uma técnica literária, conhecida como narrativa humanitária, derivada do ideário filantrópico iluminista, para sensibilizar os leitores contra o tráfico de escravos, com a intenção de despertar neles a compaixão pelos africanos transformados em mercadorias pelos agentes deste tipo de comércio. Desse modo, será defendido o argumento de que, apesar de o conteúdo crítico do seu referido libelo ser, em sua maior parte, um eco de outros textos, a forma estilística dele, a partir da qual ele articulou as críticas já conhecidas ao tráfico negreiro com os ideais humanitários então em voga, é um exemplo do discurso sentimental da filosofia moral iluminista. Assim, seu <em>Bosquexo del en esclavos</em>... pode ser considerado uma expressão literária do processo histórico da reinvenção moderna das emoções consolidada pelo Iluminismo, porque mobilizou uma gama de vocabulário para estruturar uma linguagem emotiva destinada a criar um elo, a partir do sentimento humanitário, de solidariedade entre leitores e o sofrimento de pessoas alheias à sua realidade social.</p>Alisson Eugenio
Copyright (c) 2022 Alisson Eugenio
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2022-07-312022-07-313110.1590/2236-463331ea02420