Ultramontanismo e protestantismo no período regencial
uma análise da crítica panfletária dos padres Perereca e Tilbury à missão metodista no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463320171505Palavras-chave:
ultramontanismo, protestantismo, metodismoResumo
Sob a longa vigência do modelo regalista - que perpetuou o direito do padroado e a condição do catolicismo como religião oficial do Império - os clérigos e leigos que adentraram a nova etapa constitucional debateram questões plurais, no âmbito das quais buscaram conciliar a defesa da religião como ingrediente indispensável à legitimação das novas formas políticas com as ideias liberais. Dentre elas, o tema da “liberdade religiosa” polarizou representantes do clero regalista e do catolicismo ultramontano. Atentos à historicidade comportada pela apropriação das doutrinas e pelas práticas institucionalizadas que estruturam o campo religioso, o presente artigo analisa uma polêmica específica, que então polarizou regalistas e ultramontanos, no período regencial: a questão da vinda de protestantes ao Brasil. Particularmente, analisa as publicações de dois padres publicistas ultramontanos, que se destacaram como principais opositores à vinda de metodistas ao Brasil: Luís Gonçalves dos Santos - apelidado de "Padre Perereca" - e William Paul Tilbury, sacerdote inglês que emigrara para o Brasil e aqui mudara de nome para Guilherme Paulo Tilbury. Do ponto de vista teórico, apoia-se na pertinência do instrumental teórico de Pierre Bourdieu, ao tratar da configuração do “campo religioso” no Brasil da primeira metade do século XIX, revelando a natureza das disputas pelo capital simbólico, entretecidas aos modelos alternativos de relacionamento entre Estado e Igreja.
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