Educação Ambiental multidimensional

Autores

  • Alisson José Oliveira Duarte Universidade Federal do Triângulo Mineiro
  • Helena de Ornellas Sivieri-Pereira Universidade Federal do Triângulo Mineiro

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2023.v18.14795

Palavras-chave:

Educação Ambiental Multidimensional, Ecologia Humana, Teoria da Complexidade

Resumo

Sabe-se que a Educação Ambiental tem ganhado relevo nos espaços escolares, no entanto, o ensino frequentemente tem ressaltado apenas o valor da preservação e da sustentabilidade para os alunos de maneira desintegrada das dimensões corpóreas, subjetivas e sociais da espécie humana. Nesse sentido, o presente estudo tem por objetivo discutir a Educação Ambiental a partir de uma visão multidimensional, complexa e transcendente do modelo cartesiano (unidimensional/biologista) ainda vigente na contemporaneidade. Para tanto, utilizou-se do método de revisão bibliográfica e fundamentos epistemológicos da Teoria da Complexidade para alcançar as inferências apresentadas. Os resultados sugerem ações práticas para a promoção de uma Educação Ambiental Multidimensional.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alisson José Oliveira Duarte, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro - UFTM. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Especialista em Psicanálise Clínica. 

Helena de Ornellas Sivieri-Pereira, Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Doutora em Psicologia pela FFCLRP-USP (2008), mestre em Psicologia Escolar pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (1999). Professora adjunta da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (Mestrado em Educação).     

Referências

BATESON, G. Vers une écologie de l’esprit. Paris: Ed. du Seuil, 2008.

BEGOSSI, A. Ecologia Humana: um enfoque das relações homem-ambiente. Interciencia, v.18, n.1, p.121-132, 1997.

BOFF, L. Ecologia, mundialização, espiritualidade. Rio de Janeiro: Record, 2008.

BOMFIM, L.S.V. História e epistemologia da Ecologia Humana. Salvador: Mente Aberta, 2021.

BRANCALEONE, C. Ecologia humana e sociabilidade urbana: Aproximações sociológicas. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. 51, n. 2, p.241–276, jul./out. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Brasília: MEC, 2017.

BRASIL. Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília: MEC, 1997.

BRETON, D.L. Adeus ao corpo. In: NOVAES, A. (org). O Homem-Máquina: A ciência manipula o corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2003.

BRONFENBRENNER, U. A ecologia do desenvolvimento humano: experimentos naturais e planejados. Porto Alegre: Artes Médicas, 1996.

CALLONI, H. Ambientes desencantados: o século XVIII e o reino das racionalidades. Ambiente & Educação, Rio Grande, v.1, n.1, p.11-27, 2006.

CAPRA, F. O Ponto de Mutação: A Ciência, a Sociedade e a Cultura Emergente. São Paulo, Cultrix, 1982.

COELHO, G.B. A ciência moderna e sua consolidação: É possível falar em crise social e epistemológica? Revista Novos Rumos Sociológicos, Pelotas, v.4, n.5, p.263-283, jan-jul, 2016.

DIAS, G.F. Educação Ambiental: princípios e práticas. São Paulo: Gaia, 1998.

DONAS, J.B. Ecologia da comunicação, governo eletrônico e cibercultura. Líbero, v.9, n.17, p.103-114, Jun, 2006.

FELICE, M.; BONAMI, B. Ecologias conectivas: a qualidade transorgânicas das interações nos ambientes-redes. Educação Unisinos, v.23, n.4, p.709-724, out/dez, 2019.

GADOTTI, M. Pedagogia da Terra. São Paulo: Petrópolis, 2013.

GUATTARI, F. As três ecologias. Campinas: Papirus, 1990.

JUNG, C.G. A natureza da psique. Petrópolis: Vozes, 2011.

JUNG, C.G. Símbolos da transformação. Petrópolis: Vozes, 2012.

KATAOKA, A.M.; MORAIS, M.M. Educação Ambiental e paradigma da complexidade: aproximações entre ciências naturais e ciências humanas. Revista Eletrônica de Humanidades, Macapá, v.11, n. 2, p.53-65, jul./dez. 2018.

LEFF, E. Political Ecology: a Latin American Perspective. Desenvolvimento Meio Ambiente, v. 35, p. 29-64, dez. 2015

LIMA, A.B; OLIVEIRA, A.L. Educação Ambiental e cidadania por meio da educação formal. Revista Brasileira de Educação Ambiental, São Paulo, v.17, n.1, p.420-439, 2022.

LOVATTO, P.B.; ALTEMBURG, S.N.; CASALINHO, H.; LOBO, E.A. Ecologia profunda: o despertar para uma Educação Ambiental complexa. Redes (St. Cruz Sul, Online), Santa Cruz do Sul, v.16, n. 3, p.122-137, nov. 2011.

MARICONDA, P.R. Galileu e a ciência moderna. Cadernos de Ciências Humanas, v. 9, n.16, p.267-292, jul./dez, 2006.

MARQUES, J. Ecologia do Corpo: Ecos da Alma. Petrolina: SABEH, 2015.

MARQUES, J. (Org.). Ecologias Humanas. Feira de Santana-BA: UEFS, 2014.

MARTINS, J.P.A.; SCHNETZLER, R.P. Formação de professores em Educação Ambiental crítica centrada na investigação-ação e na parceria colaborativa. Ciênc. educ. Bauru, v. 24, n. 3, p.581-598, Sept., 2018.

MORIN, E. A via para o futuro da humanidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.

MORIN, E. Introdução ao pensamento complexo. Porto Alegre: Sulina, 2015.

MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2003.

NAESS, A. The Shallow and the Deep, Long-Range Ecology Movement: A Summary. In: Inquiry. University of Oslo, 1973. (p.95-100).

ONU. Tratado de Educação Ambiental para Sociedades Sustentáveis e Responsabilidade Global. Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Rio de Janeiro, 1992.

POLETTO, M.; KOLLER, S.H. Contextos ecológicos: promotores de resiliência, fatores de risco e de proteção. Estudos de Psicologia, Campinas, v.25, n.3, p.405-416, jul./ set., 2008.

REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental? São Paulo: Brasiliense, 2009.

RHODEN, C.; CUNHA, J. Francis Bacon e René Descartes: a fundamentação da ciência moderna. Revista DIAPHONÍA, v. 6, n. 1, p.14–22, 2020.

RICKLEFS, R.E. A economia da natureza. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

RUFINO, B.; CRISPIM, C. Breve resgate histórico da Educação Ambiental no Brasil e no mundo. Anais do VI Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, Porto Alegre, Instituto Brasileiro de Estudos Ambientais, 2015.

SÁNCHEZ, C. Ecologia do Corpo. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2011.

SAUVÉ, L. Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 317-322, maio/ago. 2005.

SILVA, B.P.L. A teoria da complexidade e o seu princípio educativo: as ideias educacionais de Edgar Morin. Polyphonía, v.22, v.2, p.241-254, jun./dez. 2011

TORRES, J.J.M. Teoria da complexidade: uma nova visão de mundo para a estratégia. Anais do Encontro Brasileiro de Estudos da Complexidade. Curitiba, p.1-10, jul, 2005.

Downloads

Publicado

01-06-2023

Como Citar

Duarte, A. J. O., & Sivieri-Pereira, H. de O. . (2023). Educação Ambiental multidimensional. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 18(4), 416–437. https://doi.org/10.34024/revbea.2023.v18.14795

Edição

Seção

Artigos
Recebido: 2023-02-01
Aceito: 2023-03-02
Publicado: 2023-06-01

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)