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Chamada para Dossiê A Invenção da Antiguidade

2023-09-25

Organização de Cristiane Maria Rebello Nascimento e Bianca Fanelli Morganti

 

 No século XIV, vemos surgir a ideia da antiguidade como modelo a partir do qual será forjada a modernidade. Petrarca, Leonardo Bruni, Coluccio Salutati, entre outros, dedicaram-se aos estudos das antigas disciplinas, os studia humanitatis, tendo em vista reestabelecer em tempos modernos a excelência que alcançaram os antigos nas várias artes e saberes. 

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v. 10 n. 19 (2023): O nascimento da tragédia 150 anos depois
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Como órgão editorial da linha de pesquisa “subjetividade, arte e cultura” do programa de Pós-graduação em filosofia da Unifesp, a Revista Limiar pretende ser tanto a expressão da experiência intelectual que marca sua origem quanto apontar para além dela. Muito mais que a reunião casual de pesquisadores dedicados a campos distintos da reflexão filosófica, sua ideia está nos momentos de confronto do trabalho conceitual e teórico, que caracterizou a filosofia em sua história, com a multiplicidade dos fenômenos artísticos, sociais e culturais. Num ambiente acadêmico ameaçado pela padronização dos formatos de escrita e divulgação científica, Limiarprocura tornar viva a recordação de que a filosofia sempre se valeu das mais diversas formas literárias para aproximar-se com rigor de seus objetos e refletir sobre seus próprios fundamentos. O vigor do pensamento é uma força contrária à rigidez da exposição. Desconfiando das fronteiras previamente demarcadas entre as especialidades acadêmicas, Limiar pretende ser um ensejo ao diálogo com as disciplinas das artes e das ciências humanas no esforço comum de iluminar seus objetos de reflexão. Assim como os conceitos clássicos de subjetividade e de consciência foram desafiados pelo surgimento da psicanálise e pelos diversos desdobramentos da arte moderna, as teorias estéticas distantes da experiência com as obras de arte também se viram sem instrumentos para compreender as reviravoltas no domínio da arte. Da acentuada transformação técnica da obra de arte à contestação dos limites entre arte e realidade, passando pelos vínculos entre arte, subjetividade e mercado, a experiência artística é um lembrete à necessidade do pensamento exercitar-se no contato com os objetos caso não queria enrijecer-se e perder seu aguilhão crítico. Como a investigação científica não deve abrir mão da reflexão sobre seu próprio posicionamento histórico, discernir potenciais de liberdade e emancipação em um mundo permeado por formas de dominação social pode ser a medida de sua relevância. Esta revista pretende fidelidade a esta ideia, estimulando a receptividade da filosofia à diversidade da experiência artística e intelectual.