DOS: DAS MUITAS VIDAS DO PASSADO – NACHLEBEN, HISTÓRIA E TEMPORALIDADE EM ABY WARBURG

Autores

  • Naiara Damas Departamento de História da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

DOI:

https://doi.org/10.34024/imagem.v1i1.14164

Palavras-chave:

Aby Warburg, Historiografia, Temporalidade

Resumo

Este artigo propõe analisar o conceito de Nachleben (vida póstuma) de Aby Warburg e a maneira como ele pode enri- quecer a prática historiográfica, oferecendo um caminho para pensar uma abordagem heterocrônica da história. Por meio de um recorte transversal na vasta obra warburguiana, analisarei, na primeira parte, o modo como este conceito impacta a interpretação do Renascimento italiano ao destacar as “trocas recíprocas” entre o passado e presente e as implicações éticas da sua relação com a Antiguidade. Na segunda parte trato dos efeitos da “vida póstuma” na operação historiográfica, sobretudo o que sig- nifica incorporar a heterocronia como ponto de partida da compreensão histórica e como isso se desdobra, finalmente, numa escrita que opera na chave da montagem.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Agamben, G. (2012). Ninfas. São Paulo: Hedra.

Bibliography. Works by Aby Warburg and Secondary Literature. La Rivista di Engramma (2020), 177. Recuperado em http://www.engramma.it/eOS/core/frontend/eos_atlas_index.php?id_articolo=1614

Bing, G. (1965). A. Warburg. Journal of the Warburg and Courtauld Institutes, 28, 299-313.

Centanni, M. (2003). L’originale assente. L’invenzione del Laocoonte. La Rivista di Engramma, 25.

Centanni, M. (2012). Per una cronologia (warburghiana) del Rinascimento. Schifanoia, 42/43, 133-150.

Didi-Huberman, G. (2012). Quando as imagens tocam o real. PÓS: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Artes Da EBA/UFMG, 2(4), 206-219.

Didi-Huberman, G. (2013a). O saber-movimento (o homem que falava com borboletas). Em P-A. Michaud. Aby Warburg e a imagem em movimento. Rio de Janeiro: Contraponto.

Didi-Huberman, G. (2013b). A Imagem sobrevivente. História da Arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto.

Didi-Huberman, G. (2015). Diante do tempo: história da arte e anacronismo das imagens. Editora UFMG. p. 51.

Didi-Huberman, G. (2020). Reinventar a primavera, ou as filiações da revolta. MODOS. Revista de História da Arte. Campinas, 4(3), 81-98.

Damas, N. (2020). Enredar a loucura: a “dialética dos monstros” na história da arte de Aby Warburg. História da Historiografia, 13(34), 41–75.

Emden, C. J. (2003). “Nachleben”: Cultural Memory in Aby Warburg and Walter Benjamin. In E. Caldicott, & A. Fuchs. (Eds.).

Cultural Memory: Essays on European Literature and History (p. 209-224). New York: Peter Lang.

Fernandes, C. (2020). Warburg e Burckhardt. MODOS: Revista De História Da Arte, 4(3), 100-119.

Ghelardi, M. (2016). Aby Warburg et la “lutte pour le style”. Paris: L’Ecarquillé.

Johnson, C. (2012). Memory, Metaphor and Aby Warburg’s Atlas of Images. New York: Cornell University Press.

Lissovsky, M. (2014). A vida póstuma de Aby Warburg: por que seu pensamento seduz os pesquisadores contemporâneos da magem? Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi, 9(2), 305-322.

Lorenz, C. & Bevernage, B. (2013). Introduction. In C. Lorenz. & B. Bevernage. Breaking Up Time. Negotiating the Borders between Present, Past and Future. Germany: Vandenhoeck & Ruprecht.

Marshall, D. L. (2017). A Thousand Warburgs. Journal of the History of Ideas, 78(4), 645-664.

Nicastro, C. (2019). ‘Renewal’. Cultural Inquiry, 15, 83-90.

Nicastro, C. (2014). L’esperienza dell’immagine: il Denkraum der Besonnenheit di Aby Warburg (Tese de Dottorato). Università degli Studi di Palermo.

Nagel, A. & Wood, C. (2010). Anachronic Renaissance. New York: Zone Books.

Downloads

Publicado

2022-08-16

Como Citar

Damas, N. (2022). DOS: DAS MUITAS VIDAS DO PASSADO – NACHLEBEN, HISTÓRIA E TEMPORALIDADE EM ABY WARBURG. Imagem: Revista De Hist´ória Da Arte, 1(1). https://doi.org/10.34024/imagem.v1i1.14164
Recebido: 2022-08-09
Publicado: 2022-08-16