Gerindo identidades marginalizadas entre conhecimento local e cultura global. O ambientalismo como recurso: exemplos da sociedade árabe em Israel
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Resumo
A crítica do Orientalismo traz à discussão o desempoderamento das culturas locais operado pela visão ocidental, a qual impõe conceitos culturais irrelevantes, silenciando dessa forma, modos de vida e valores culturais. Entretanto, por uma perspectiva oposta, também permite um olhar sobre a criatividade social das culturas locais reagindo a repertórios externos, rejeitando-os ou incorporando-os na reconstrução de sua própria vitalidade cultural. Tal criatividade social está embebida nas incessantes lutas simbólicas que envolvem as identidades locais. Um vetor central dessas lutas é a tensão entre conservação cultural – o uso de uma herança local ou adesão a cânones locais – e a mudança cultural – a adaptação ou ajuste do novo e a transformação das modas. Interligadas na construção da identidade, essas duas dinâmicas se intensificam em situações de tensão étnica e nacional. Neste artigo, discuto as formas em que as identidades locais são negociadas e transformadas através da valorização ou contestação de repertórios existentes e da intermediação de novos repertórios implícitos nas lutas de poder dos grupos.
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