Orientalismo e construção colonial da simpatia
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Resumo
O artigo indaga as narrativas de simpatia que, durante o período tardo-colonial, construíram-se em torno dos chineses de Moçambique. A partir dessa experiência histórica específica, o ensaio explora as afinidades entre o orientalismo e o lusotropicalismo. Para tanto, parte do pressuposto de que tanto a imaginação orientalista quanto a lusotropicalista englobam um paradoxo intrínseco: aproximam e empatizam ao mesmo tempo que exotizam e marcam diferenças. Essa operação de aproximação-distanciamento foi realizada, sobretudo, pelos cronistas da época, que enxergavam os chineses como “bons portugueses” e bons esportistas. O esporte (as corporalidades, as sensualidades, as sociabilidades) foi o mapa cognitivo a partir do qual era possível ler e interpretar o caráter, o modo de ser e o ethos dos luso-chineses de Moçambique.
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