O mundo, o global e o planetário. O humanismo de Edward W. Said na era do Antropoceno

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Manuela Ribeiro Sanches

Resumo

Edward W. Said – celebrado ou vilipendiado como um dos “pais fundadores” do campo disciplinar que viria a ser designado de estudos pós-coloniais – sempre recusou rótulos, fiel ao elemento crítico que, segundo ele, deveria assistir a toda a prática intelectual que nunca deveria estar desligada do mundo. A sua (in)tempestividade, patente no modo como esse seu estar-no-mundo não equivalia a um estugar do passo pelas mais recentes modas intelectuais, nomeadamente a sua insistência na leitura de autores heterodoxos, estranhos aos novos cânones descolonizadores, ecoa em particular nos seus últimos escritos, ao mesmo tempo em que se mantém apegado a um humanismo crítico. Como pensar as relações e as disjunções entre o mundo, o global e o planetário (Chakrabarty), considerando a (in)tempestividade do humanismo crítico de Said na era do Antropoceno?

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Seção

Dossiê

Biografia do Autor

Manuela Ribeiro Sanches, Faculdade Letras da Universidade de Lisboa

Professora auxiliar com agregação aposentada da Faculdade Letras da Universidade de Lisboa; actualmente investigadora no Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Entre outros títulos, organizou Deslocalizar a Europa e Malhas que os impérios tecem – textos anticoloniais, contextos pós-coloniais.

Como Citar

O mundo, o global e o planetário. O humanismo de Edward W. Said na era do Antropoceno. EXILIUM Revista de Estudos da Contemporaneidade, [S. l.], v. 4, n. 6, p. 23–43, 2023. DOI: 10.34024/exilium.v4i6.15223. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/exilium/article/view/15223. Acesso em: 17 jul. 2025.