ARPILLERA, O TECIDO PEDAGÓGICO DA RESISTÊNCIA FEMINISTA NO MOVIMENTO DOS ATINGIDOS POR BARRAGENS
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2024.v12.16525Palavras-chave:
Arpilleras, MAB, Tecido Pedagógico.Resumo
Este artigo traz os resultados obtidos através de uma pesquisa de mestrado, a qual buscou responder a seguinte problemática, de que maneira a técnica chilena arpilleras constrói o tecido pedagógico da resistência feminista no MAB para os enfrentamentos das principais violações dos direitos humanos das mulheres atingidas? Como objetivo geral, buscamos compreender como a técnica chilena arpilleras constrói o tecido pedagógico da resistência feminista do MAB para documentação e denúncia, de forma participativa e abrangente os enfrentamentos dos principais violações dos direitos humanos das mulheres atingidas durante os processos de planejamento, construção e operação de barragens do nordeste do Brasil. Os objetivos específicos são os seguintes, a)dialogar com a construção pedagógica da técnica chilena arpilleras para os processos de resistência feminista das mulheres no MAB; b)sistematizar os princípios metodológicos e políticos da técnica arpilleras; c)conhecer as principais violações de direitos humanos sofridas pelas mulheres do MAB; d)analisar como a educação popular fortalece os processos de empoderamento das mulheres do MAB; e)descrever as narrativas autobiográficas das mulheres arpilleristas do MAB. Como percurso metodológico escolhemos a metodologia feminista, com abordagem qualitativa, e o método utilizado é o caso alargado. Os resultados apresentados apontam que, a organização política das mulheres atingidas por barragens dentro do MAB foi crucial para a utilização da técnica arpilleras, como metodologia de organização políticas das mulheres, identificando que a técnica de bordado arpilleras é uma linguagem não verbal, onde as mulheres atingidas denunciam as violações de direitos humanos que sofrem nos territórios utilizados para construção das barragens.
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