https://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/issue/feedOlhares: Revista do Departamento de Educação da Unifesp2023-01-23T21:42:24+00:00Equipe Editorial Olharesolhares@unifesp.brOpen Journal Systems<p>A revista Olhares é um periódico de publicação exclusivamente eletrônico, classificado com Qualis A4, de circulação nacional e internacional, do Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo. Vinculada aos Programas de Pós-Graduação – PPG Educação e Saúde na Infância e na Adolescência e PPG em Educação.</p>https://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13593NADA É NOVO, MAS TUDO MUDOU: a metamorfose da escola2022-06-05T17:53:30+00:00Mauricio dos Reis Brasãombrasao@gmail.comJosé Carlos Souza Araújojcaraujo.ufu@gmail.com<p>Esta é uma resenha do livro intitulado “Escolas e professores: proteger, transformar, valorizar”, de António Nóvoa (2022). Apresenta discussões sobre temas atuais como o futurismo da educação e a metamorfose dos estabelecimentos de ensino; a necessidade de (re)pensar a escola futura e o modelo adotado; a pandemia, os docentes e seus papéis na construção de um espaço público comum da educação; a criação de novos ambientes escolares e a composição de uma pedagogia do encontro; a formação continuada e a indução profissional dos professores; tecnologias; entre outros. Observa-se que, apesar de serem essenciais, os meios digitais não desfazem as possibilidades educativas, pois existe um patrimônio humano que não pode ser digitalizado – sem ele, a educação se reduziria a uma “caricatura digital”. O texto aborda “três ilusões perigosas”: a) presente em todos os lugares e tempos, a educação acontece “naturalmente”, sobretudo em um viés familiar e virtual; b) enquanto ambiente físico, a escola não existe mais e haverá uma “educação a distância” por intermédio de diferentes “orientadores” ou “tutores” das aprendizagens; c) enquanto conhecimento especializado dos professores, a educação será substituída por tecnologias permeadas pela Inteligência Artificial (IA). Diante da redução da esfera educacional às aprendizagens, da construção de uma visão hiperpersonalizada das aprendizagens e da defesa de uma perspectiva consumista da educação, convida-se a uma leitura necessária da obra para refletir sobre a formação de professores em tempos de consumismo pedagógico e solucionismo tecnológico desvelados e aprofundados nos dois anos de pandemia do novo coronavírus (SARS-CoV-2).</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Mauricio dos Reis Brasão, José Carlos Souza Araújohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12845CULTURAS COTIDIANAS: análise de experiências com educação patrimonial em escolas baianas2021-10-24T18:59:47+00:00Lidiane Sousa Trindadelidiane.sousa.trindade@gmail.comMary Weinsteinmary.weinstein@uesb.edu<p style="text-indent: 0cm; line-height: normal;">Neste artigo analisamos a aproximação entre a cultura e a escola no processo de formação de estudantes da educação básica e tem como objetivo refletir como o patrimônio cultural local pode ser partícipe deste processo. Realizamos uma pesquisa qualitativa do tipo exploratória, por meio de revisão bibliográfica e documental, elaboramos um estado de conhecimento sobre o projeto Educação Patrimonial e Artística – EPA em escolas baianas, como resultado constatamos que com intencionalidade pedagógica é possível que os estudantes da educação básica se reconheçam como partícipes da construção do patrimônio e memórias locais por meio destas políticas culturais promovidas e estabelecidas pela SEC/BA. O Projeto EPA é uma possibilidade de estudo do patrimônio cultural formalizada pelo Estado, mas que pode ser adaptada pelos educadores para o ensino – aprendizagem do patrimônio cultural local. Pode ser uma iniciativa para os educandos realizarem pesquisas e aprender sobre a história, a cultura, o patrimônio e as memórias locais, baianas e brasileiras. Deste modo, cabe às escolas e aos docentes usufruírem da sua autonomia e com criatividade, reflexão e criticidade aprimorar estas metodologias e adaptar à realidade local.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Lidiane Sousa Trindade, Mary Weinsteinhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12726SER ESTUDANTE: UMA VISÃO CRÍTICA DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS2022-06-01T20:11:54+00:00Ana Laura Brasil Peraltaalbrasilperalta@gmail.comSoraya Vieira Santossoraya_vieira_santos@ufg.br<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial',sans-serif; color: black;">O presente trabalho foi realizado no contexto de reorganização das escolas no Ensino Remoto Emergencial, mediante a análise documental e bibliográfica, com estudo, fichamento e elaboração conceitual dos temas investigados de videoaulas do projeto Emocionário, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação de Goiás em parceria com o SEBRAE/GO para o desenvolvimento de habilidades socioemocionais em alunos(as) do Ensino fundamental. Com objetivo de discutir o que se espera dos(as) estudantes no âmbito do Emocionário, a análise ocorreu a partir de uma ficha contendo itens de identificação e de conteúdo sobre dezessete vídeos produzidos para os alunos. A discussão no que se refere ao desenvolvimento afetivo das crianças e adolescentes foi pautada na psicogenética walloniana e em outros estudos fundamentados na psicologia histórico-cultural. Os resultados indicam que o programa parte de uma concepção mercadológica de indivíduo e de educação, visando docilização dos(as) alunos(as) de acordo com o modelo capitalista de produção. Além disso, é esperado que os(as) estudantes assumam o lugar de máquinas, ou seja, adaptados e passivos e rejeitem uma série de experiências que fazem parte do desenvolvimento e das vivências especialmente humanas. Assim, o projeto tende a obscurecer a possibilidade de transformação inerente à ação educativa, em virtude da ênfase em processos individualizantes.</span></p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Ana Laura Brasil Peralta, Soraya Vieira Santoshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13339ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM TEMPOS DE ISOLAMENTO FÍSICO: relato de experiência em um curso de Psicologia2022-06-14T21:45:55+00:00Roberta Andrade e Barrosroberta.andrade.barros@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo analisar a experiência de estágio supervisionado ofertado em um curso de graduação de Psicologia durante o isolamento físico. O método utilizado foi a pesquisa bibliográfica e documental, além do relato e a análise de um estágio que foi supervisionado pela autora. Como considerações conclusivas, têm se que, diante da conjuntura imposta pela pandemia do coronavírus, a realização do estágio de maneira remota não apenas respeita as orientações sanitárias, mas prepara as estudantes para a realidade vivenciada atualmente que pode se repetir no futuro. Quanto ao estágio analisado, apesar das dificuldades enfrentadas, considera-se que foi uma oportunidade de construção coletiva entre supervisora e alunas, sendo que essas últimas foram ativas e responsáveis na sua formação.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Roberta Andrade e Barroshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12888ENSINO DE ESPANHOL EM MUNICÍPIOS DE FRONTEIRA ENTRE BRASIL E ARGENTINA, EDUCAÇÃO INTERCULTURAL BILÍNGUE 2021-12-01T12:31:07+00:00Rosangela Kuspiosz Calliarirosangela.kuspiosz@hotmail.comCibele Krause Lemkecibelekl@gmail.com<p>O presente artigo é o recorte de uma dissertação de mestrado que pesquisou a oferta do ensino de Língua Espanhola nas escolas estaduais paranaenses, após a revogação da Lei 11.161/2005, com enfoque principal nas escolas municipais e estaduais paranaenses dos municípios que fazem linha de fronteira com a Argentina. A pesquisa se apoia em estudos de Ferrari (2011) Krause-Lemke (2010), Sturza (2006). Caracterizada como multimetodológica (CRESWELL; CLARK, 2007), teve como objetivo analisar se, nas escolas estaduais/municipais de linha de fronteira entre Paraná e Argentina, há, de fato, a implementação do ensino da língua espanhola. Para tanto, foram realizadas pesquisas dentro das Secretarias de Educação dos municípios de linha de fronteira e junto à Secretaria de Educação do Paraná (Seed). Com o estudo também demonstramos qual o espaço que a língua espanhola ocupa dentro das instituições de ensino paranaenses, após a revogação da Lei 11.161. Os resultados deste trabalho apontaram um declínio na oferta do espanhol dentro dos CELEMs das escolas estaduais paranaenses nos últimos cinco anos. Com relação às escolas dos municípios de linha de fronteira, a língua inglesa sobrepõe a espanhola, para ser ensinada sob a justificativa de sua hegemonia. Concluímos que, em regiões de fronteira, o aprendizado da língua espanhola seria imprescindível, uma vez que nossos alunos têm contato direto com a referida língua, porém, são tolhidos do seu aprendizado, devido à implementação de políticas educacionais restritivas.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Rosangela Kuspiosz Calliari, Cibele Krause Lemkehttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13842PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, PROCESSOS DE COMUNICAÇÃO E VIOLÊNCIA NA ESCOLA: problemas e contradições2022-06-14T13:39:12+00:00Theresa Raquel Borges de Mirandatheresa.borges@gmail.comAngela Maria Cristina Uchoa de Abreu Brancobranco.angela@gmail.com<p>O presente artigo tem por objetivo discutir aspectos da comunicação e das práticas pedagógicas que orientam as dinâmicas da cultura escolar. Para tal, são utilizados dados construídos durante a pesquisa de mestrado da primeira autora, sob orientação da segunda. O estudo está fundamentado na perspectiva da Psicologia Cultural e teve como participantes professores e estudantes de uma turma de sexto ano de uma escola situada em uma comunidade pobre de Brasília, a qual participava de um projeto de aceleração da aprendizagem. Os métodos adotados foram a observação participante em sala de aula, a realização de grupo focal com discentes e docentes e entrevistas individuais com alguns alunos. Os resultados indicaram aspectos da cultura escolar que reiteram práticas de violência, distanciamento entre professores e alunos, bem como o individualismo e o autoritarismo como valores que estabelecem e marcam as relações. A partir disso, discute-se os processos de construção e manutenção de violências escolares e sugere-se a implementação de práticas e relações dialógicas como mobilizadores de mudança.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Theresa Raquel Borges de Miranda, Angela Maria Cristina Uchoa de Abreu Brancohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12680FIGURAS TÁTEIS NO ENSINO DE CITOLOGIA A PARTIR DAS HISTÓRIAS DE VIDA DE PROFESSORAS BRAILISTAS2022-06-13T16:47:53+00:00Rinaldo da Silva Vianarinaldo.viana@ufpe.brErnani Nunes Ribeiro ernani.ribeiro@ufpe.brEdson Hely Silvaedson.edsilva@hotmail.com<p>O artigo buscou discutir as contribuições da experiência tátil com a construção e utilização de gravuras ou figuras táteis, no ensino de Biologia, voltadas para estudantes com deficiência visual. Realizamos uma abordagem interdisciplinar entre Metodologia da História e a Biologia por meio de História Oral/História de vida, na qual professoras, mediante entrevistas realizadas pelo pesquisador, relataram sobre a vida profissional e ensinaram ao pesquisador a técnica da experiência tátil. A partir das transcrições dos relatos das docentes e após analisar os retratos sociológicos e os referenciais literários, foram construídas <em>orientações</em> sobre quais materiais utilizar e as técnicas acerca da confecção e utilização de figuras táteis no processo de ensino-aprendizagem da pessoa com deficiência visual para a formação de imagens mentais com o uso do sistema háptico, que se tornam mais eficazes com o auxílio da audiodescrição. Assim como práticas que contribuíram para a elevação do nível de escolaridade, da ascensão profissional, maximizando processos de inclusão e autonomia de estudantes com algum tipo de deficiência visual.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Rinaldo da Silva Viana, Ernani Nunes Ribeiro , Edson Hely Silvahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12982IMPLICAÇÕES DO TRABALHO NA (IN)CONCLUSÃO DA ESCOLA REGULAR NAS TRAJETÓRIAS DE JOVENS CERTIFICADOS PELO ENEM2022-06-11T18:51:11+00:00Evelyn de Souza Limaevelynlima@edu.unirio.brDiógenes Pinheirodiogenes.pinheiro@unirio.br<p>Desde a década de 1990, vem crescendo o número de jovens que concluem a educação básica no Brasil. Porém, fatos como a evasão escolar, as reprovações de série e em muitos casos a entrada no mercado de trabalho contribuem para que parte da juventude não consiga finalizar o nível básico, principalmente na etapa do ensino médio. O presente artigo visa fazer uma análise compelida de como o trabalho pode ter influência na conclusão do ensino básico por jovens que se utilizaram do Enem para obterem a certificação do ensino médio e entrar no ensino superior. O artigo utilizou como metodologia a coleta de dados por meio de um questionário online respondido por 29 jovens e entrevistas individuais semiestruturadas com sete jovens respondentes desse questionário. A pesquisa conclui que a frequência no mercado de trabalho esteve presente em boa parte das trajetórias dos jovens entrevistados, principalmente o trabalho informal. Além disso, foi possível notar que assim como o trabalho pode ser grande responsável pela desistência escolar, também pode influenciar na busca da conclusão da escolaridade por esses jovens.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Evelyn de Souza Lima, Diógenes Pinheirohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13441ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO REMOTO EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR: desafios para a formação de professores/as2022-03-14T15:38:46+00:00Gabriela Baranowski Pintogabrielabaranowski@gmail.comRebeca Signorelli Miguelrebecasignorelli@gmail.com<p>Neste relato de experiência de supervisoras acadêmicas de estágio, o estágio curricular supervisionado remoto realizado em um curso de licenciatura em educação física nos anos de 2020 e 2021, durante a pandemia do COVID-19 e o ensino remoto, é focalizado. O principal questionamento foi: É possível formar professores/as habilitados a lidar com as questões da escola através de estágios remotos? Reflexões sobre a implementação e resultados deste componente curricular são desenvolvidos a fim de discutir limites e possibilidades para a formação de professores/as neste contexto. Considera-se finalmente que por meio da implementação realizada, os estágios supervisionados remotos atuaram positivamente na formação das/os professoras/es, superando as expectativas. Esse modelo de implementação trouxe aprendizagens significativas àqueles em processo de formação, principalmente, com relação ao vínculo da unidade teoria-prática da educação física em relação aos seus objetos de estudos e objetivos na escola. Contudo, esse modelo de ensino também possibilitou verificar uma sobrecarga de trabalho atribuído às/aos supervisoras/es de campo e acadêmicas/os.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Gabriela Baranowski Pinto, Rebeca Signorelli Miguelhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12349EXPERIÊNCIA E PROFISSIONALIDADE: MEMÓRIA E SABERES DE PROFESSORAS APOSENTADAS2022-06-11T19:00:15+00:00Ariadne Cristiane Fantoni Silvaafantonisilva@gmail.comCarmem Lucia Eiterereiterercarmem@gmail.comMaria Cristina da Silva maria.cristina@uemg.br<p>O presente trabalho é o recorte de uma pesquisa de mestrado que buscou compreender como cinco professoras aposentadas, que ingressaram na década de 80 na Rede Municipal de Ensino de Belo Horizonte, interpretam episódios de suas trajetórias profissionais. Discute-se aqui as muitas faces assumidas pela construção dos saberes docentes. Para tal, recorre-se à entrevista narrativa de Schütze (2014) e à análise compreensivo-interpretativa (SOUZA, 2014) como uma alternativa para interpretar e produzir conhecimentos acerca da profissionalidade docente. Nas narrativas, as professoras elucidaram elementos que compõem a docência (TARDIF; LESSARD, 2007), como: práticas pedagógicas e da cultura escolar vigente na época, momentos significativos e formativos que possibilitaram a construção de saberes docentes (TARDIF, 2002) em diferentes contextos e experiências profissionais. As narrativas revelaram que a profissão docente envolve estar em constante aprendizado, e a profissionalidade docente em permanente transformação. A partir das contribuições de autores como Roldão (2005, 2007), Gauthier (2013), Shulman (2014) Nóvoa (2017), conclui-se que a profissionalidade se fortalece à medida que as professoras se relacionam, trocam experiências com seus pares na escola e/ou fora dela bem como com os alunos e a comunidade e frequentam as formações continuadas.</p>2022-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Ariadne Cristiane Fantoni Silva, Carmem Lucia Eiterer, Maria Cristina da Silva https://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12456A FILA2021-08-05T21:05:19+00:00Mitsi Pinheiro de Lacerdamitsipinheiro@id.uff.br<p>Presentes em diversos espaços sociais, filas são organizadas com o intuito de escalonar, individual e linearmente, sujeitos que se encontram em busca de algum serviço e atendimento, ou que intentam adentrar um recinto. Estas formações temporárias, regidas por convenções institucionais ou sociais, também estão presentes regularmente nas escolas. O objetivo do artigo é compreender a ocorrência das filas no cotidiano escolar. O estudo foi realizado com o uso do método regressivo-progressivo de Henri Lefebvre, a produção do material de pesquisa foi proveniente de textos literários, imagens e relatos da escola, e sua apropriação e restituição se deram na conversação histórico-genética posta a fragmentos deste material. O estudo aponta que a fila se constitui enquanto prática não contemporânea reproduzida no cotidiano escolar, e que sua ocorrência é resguardada pela tradição e antiguidade, preservando o controle, a vigilância, a fragmentação, as hierarquias, classificações, exclusões, silenciamento e tantas outras influências que já foram criticadas e refutadas.</p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Mitsi Pinheiro de Lacerdahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12307ABSTRAÇÃO REFLEXIONANTE E APRENDIZAGEM DA ESCRITA2021-10-27T19:30:52+00:00Camila Moura Costacamilamoura@hotmail.comFernando Beckerfbeckerufrgs@gmail.com<p>Este estudo teve como objetivo destacar como a teoria piagetiana pode explicar a evolução da aprendizagem da escrita pela interação entre sujeito e objeto, neste caso entre criança e escrita, sob o ponto de vista do mecanismo da abstração reflexionante. Foram relacionados os níveis da Psicogênese da Língua Escrita, elaborada por Emilia Ferreiro e Ana Teberosky, com os tipos de abstrações estudadas por Jean Piaget. O estudo visou mostrar o quanto a abstração reflexionante se faz presente na passagem de um nível anterior, mais simples, de escrita para o seguinte, mais complexo. Os dados foram coletados através de diálogos, inspirados no método clínico piagetiano, com doze crianças entre 4 e 8 anos da Pré-escola e do Ensino Fundamental. Os diálogos foram realizados por plataformas digitais devido à ausência de aulas presenciais causada pela pandemia da Covid-19. Constatou-se que é possível, ao analisar os dados coletados, fazer relação entre as abstrações reflexionantes, realizadas pelas crianças, e os níveis de escrita evidenciados pela Psicogênese da Língua Escrita.</p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Camila Moura Costa, Fernando Beckerhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13596A LITERATURA PARA A INFÂNCIA COMO “FONTE” PARA A HISTÓRIA DOS PROCESSOS CULTURAIS E EDUCACIONAIS: o caso italiano 2022-03-16T10:37:30+00:00Roberto Saniroberto.sani@unimc.it<p>Com base na evolução dos estudos sobre a história da literatura infantil na Itália durante os últimos vinte anos, o artigo visa analisar o papel da literatura infantil nos séculos XIX e XX como ferramenta para a transmissão e universalização dos valores fundamentais para a realização da hegemonia política e cultural burguesa na Itália e no resto da Europa. O texto, também, ressalta a produção literária para crianças e jovens como fonte de importância primordial para uma análise profunda do imaginário infantil e adulto sobre a infância e para uma compreensão mais articulada dos processos educacionais que caracterizaram a sociedade italiana na virada dos séculos XIX e XX</p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Roberto Sanihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12665FRAGMENTOS DE UMA HISTÓRIA: Rick , seus objetivos e suas conquistas pelos movimentos dos olhos2021-10-28T18:20:49+00:00Dagoberto Buim Arenadagobertobuim@gmail.comRaíssa Pimentar.pimenta@unesp.brSônia de Oliveira Santossoniliver2014@gmail.com<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial',sans-serif;">O artigo tematiza a vida escolar e a preparação para escrever uma redação no ENEM de 2021/2022 de um jovem que emprega apenas os olhos para ler e para escrever, usuário de um notebook com mouse ocular, comprado com a colaboração da comunidade onde vive. Para essa preparação, um projeto de pesquisa e de extensão, financiado pela Pró-Reitoria da UNESP, foi posto em marcha por uma equipe composta por um professor pesquisador, por uma bolsista, por uma professora de educação especial, em Marília, SP no ano de 2020. Os encontros semanais com o aluno, presenciais no início, foram substituídos pelos remotos com a chegada da pandemia em março. Nos primeiros encontros, o jovem, aspirante a um curso superior de jornalismo, trocou informações sobre princípios argumentativos e persuasivos, e teve acesso a vídeos e artigos sobre temas debatidos na mídia. Aos poucos, as condições domésticas deixaram de ser adequadas para a continuidade dos trabalhos remotamente. Em janeiro 2021, embora inscrito, o aluno não participou do ENEM. Em março de 2021, esgotado o prazo do projeto, a equipe o orientou a matricular-se em um cursinho pré-vestibular gratuito organizado por alunos do campus da UNESP em Marília. Os fragmentos de esboços de um artigo de opinião sobre o racismo analisados neste artigo revelam que o jovem começava a desenvolver estruturas argumentativas, próprias de artigos de opinião, na abordagem de temas polêmicos.</span></p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Dagoberto Buim Arena, Raíssa Pimenta, Sônia de Oliveira Santoshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12166PROFESSORES NÃO LICENCIADOS NA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL: seus saberes, suas práticas 2021-11-01T19:57:06+00:00Antonio Acioli Blanco Lins antoniolins252@gmail.comCinara Calvi Aniccinara.anic@ifam.edu.br<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial',sans-serif; color: black;">A educação profissional (EP) no Brasil surgiu oficialmente no século XX e, desde seu surgimento, os professores dessa modalidade de ensino exibem um perfil bastante diverso, como consequência da ausência de políticas concretas que considerem as especificidades da EP. Este estudo é parte de uma pesquisa em desenvolvimento que objetiva analisar os saberes da docência que se manifestam com mais evidência na prática docente de professores não licenciados da EP. A pesquisa pautou-se nas bases teóricas da EP e na temática dos saberes da docência, referendados por Kuenzer (2006), Moura (2008), Machado (2011), Pena (2016), Tardif (2014), Pimenta (2012), dentre outros. O percurso metodológico norteou-se na abordagem qualitativa, sendo realizadas 7 entrevistas semiestruturadas com bacharéis e tecnólogos docentes da EP. A análise dos dados foi realizada seguindo os pressupostos de Creswell (2014) para a análise em espiral. Os resultados revelaram que os participantes da pesquisa mobilizam especialmente os saberes da experiência, por meio de memórias de antigos mestres e troca com os pares. Também valorizam os saberes da formação profissional, haja vista a necessidade de formar alguém que atenda as demandas do mercado de trabalho. Pouca referência foi conferida aos conhecimentos pedagógicos, tampouco aos saberes curriculares próprios da EP. Conclui-se que as considerações feitas pelos entrevistados reforçam a falta de políticas efetivas para a formação dos professores da EP o que, futuramente, pode ser reforçado pelas recentes legislações que permitem o notório saber e a comprovação de competências para atuar como docente, desconsiderando-se a formação integral do sujeito.</span></p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Antonio Acioli Blanco Lins , Cinara Calvi Anichttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12659LETRAMENTOS, NARRATIVA TRANSMÍDIA E MULTIMODALIDADE: percursos entre o tipográfico e o digital 2021-08-27T23:27:50+00:00Eliane Fernandes Azzarieliane.azzari@puc-campinas.edu.brIngrid Tainá Vieira Nascimentotataiingrid05@gmail.com<div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Este artigo apresenta resultados da pesquisa que examinou práticas de letramento contemporâneas que tramitam entre os universos on-line e off-line. Para tanto, encontrou-se amparo metodológico na Etnografia Digital. O corpus é formado por extratos de páginas na internet do perfil “Adjetivou” e do livro de poesias “Colecionando partes de mim”, de Nogueira (2018). A análise está fundamentada em discussões bakhtinianas acerca da linguagem, nos estudos dos Letramentos e no conceito de narrativa multimodal e transmídia. A discussão dos dados aponta o papel dos ambientes digitais como espaços de afinidade e para a construção de “escritas do eu”, focalizando sua evidente interface com saberes e fazeres do mundo analógico. Sugere-se também que é preciso considerar que a leitura e a escrita na atualidade estão sustentadas por recursos que integram práticas sociais características tanto da sociedade tipográfica quanto da sociedade digital, o que apresenta implicações para a formação docente, especialmente no campo da educação linguística.</p> </div> </div> </div> </div>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Eliane Fernandes Azzari, Ingrid Tainá Vieira Nascimentohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12621EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA: uma reflexão acerca da pobreza, opressão e humanização 2021-08-21T18:55:41+00:00Fábia Daniela Schneider Lumertzfabialumertz@gmail.comAdriana Paz Nunesadriana.paz.nunes@hotmail.comLisiane Machado de Oliveira Menegottolisianeoliveira@feevale.br<p style="text-align: justify;">Este trabalho discute como as condições sociais, culturais e econômicas interferem na perpetuação do lugar de opressão das famílias e, consequentemente, das suas crianças, tendo por objetivo discutir a educação em tempos de pandemia, considerando o contexto de pobreza, os mecanismos de opressão e seus efeitos no processo de humanização à luz dos pressupostos freireanos e vigotskianos. Trata-se do recorte de uma pesquisa que aborda, originalmente, dificuldades de aprendizagem. Posteriormente, este mesmo estudo permitiu também analisar os aspectos sociais observados, que estão na origem das questões de humanização/desumanização das crianças. Tal pesquisa é um estudo de caso realizado durante a pandemia de Covid-19, no segundo semestre do ano de 2020. Analisou-se o caso de um menino que apresentava, segundo indicação da professora, dificuldade de alfabetização. Os dados de pesquisa foram construídos por meio de entrevistas e atendimentos individualizados a ele, sua mãe e professora. Apoiou-se a análise nas contribuições de Freire e Vigotski. A análise dos dados destacou o impacto da privação de bens materiais e culturais na escolarização do estudante e, assim, a cristalização da condição de oprimido e seu impacto no processo de humanização dele.</p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Fábia Daniela Schneider Lumertz, Adriana Paz Nunes, Lisiane Machado de Oliveira Menegottohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12968A EDUCAÇÃO BÁSICA NA PANDEMIA NO ESTADO DO PARANÁ: o que as pesquisas revelam?2022-02-08T21:04:15+00:00Adriana Regina de Jesus Santosadrianatecnologia@yahoo.com.brJosé Alexandre Gonçalvesalexandregeopg@gmail.comSamuel de Oliveira Rodriguessamukabvp@gmail.com<p>O presente artigo trata-se de uma pesquisa qualitativa que aborda a conjuntura da educação pública paranaense durante a pandemia do Novo Coronavírus (COVID-19). Possui como justificativa os impactos do fenômeno excepcional que se apresentou aos gestores escolares, educadores e educandos da Educação Básica no período de 2020 a 2021 no Paraná. Como metodologia, utiliza-se da pesquisa bibliográfica e tem como objetivo discutir acerca dos desafios e dilemas no trabalho pedagógico dos professores. Considera-se que não foi possível evitar os impactos negativos no processo de ensino e aprendizagem, e que dentre as adversidades que impeliram no trabalho pedagógico, estão o fator econômico e a limitação tecnológica de educandos e educadores.</p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Adriana Regina de Jesus Santos, José Alexandre Gonçalves, Samuel de Oliveira Rodrigueshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/12368SOB O OLHAR ATENTO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS ACERCA DA IMUNIZAÇÃO VACINAL ENTRE JOVENS E ADULTOS DA EDUCAÇÃO BÁSICA2021-08-13T15:48:25+00:00Luciano Luz Gonzagalucianogonzaga541@gmail.com<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: 11.0pt; font-family: 'Arial',sans-serif; color: black;">Há na atualidade um movimento antivacinas e que talvez a gênese deste movimento esteja ancorada em representações aversivas acerca da imunização vacinal, na qual se acentua e reverbera com as redes sociais. Assim, o objetivo principal desta pesquisa é identificar e analisar as Representações Sociais de estudantes, da Educação de Jovens e Adultos – EJA, da periferia da capital do Rio de Janeiro, acerca da imunização vacinal. Caracterizando, portanto, os códigos, as regras e os valores que são compartilhados. O teste de Associação Livre de Palavras (TALP) e a análise de coocorrência das evocações serviram para identificar a centralidade das Representações Sociais. Os resultados demonstraram que o ‘medo’ é quem suporta a centralidade das Representações Sociais do grupo social pesquisado, constituindo-se, portanto, como o principal elemento de resistência à imunização vacinal, particularmente entre os homens. No que tange às mulheres há um reconhecimento de que as vacinas são importantes porque protegem as crianças. Como considerações finais, sugerimos que a prevenção, dessa possível fobia, deva começar o quanto antes e, de preferência, durante a primeira infância quando ocorrem as primeiras experiências com agulhas. Neste propósito, pensamos o quanto as escolas e creches poderiam ser boas aliadas neste enfrentamento juntamente com uma efetiva parceria com a secretaria de saúde. Ademais, importante enfatizar a relevância do atendimento aos pais, preferencialmente por profissionais da saúde mental, para que o ciclo do medo não se perpetue.</span></p>2022-03-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Luciano Luz Gonzagahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14295PERCEPÇÃO DOS GESTORES ESCOLARES AO PROGRAMA SAÚDE NA ESCOLA 2022-12-14T12:21:03+00:00Edson Manoel dos Santosbioedsonm@uol.com.brValéria Trigueiro Santos Adinolfivtrigueiro@ifsp.edu.br<p style="text-align: justify;">O Programa Saúde na Escola é uma política interministerial dos Ministério da Saúde e da Educação com o objetivo de levar prevenção e promoção à saúde aos estudantes das escolas públicas brasileiras. Neste sentido este artigo tem como objetivo analisar o Programa Saúde na Escola sob o olhar dos gestores educacionais quanto às parcerias estabelecidas entre as unidades escolares e unidades de saúde, buscando identificar o lugar (ou não) da educação no planejamento, execução e avaliação das ações desenvolvidas. Participaram desta pesquisa 58 gestores escolares de uma Diretoria Regional de Educação da cidade de São Paulo, que preencheram um questionário online sobre o seu envolvimento e percepção quanto ao Programa Saúde na Escola. O questionário foi avaliado com base no Discurso do Sujeito Coletivo. Observou-se nos resultados que a percepção dos gestores para as relações intersetoriais entre educação e saúde são muito frágeis, cabendo ao setor saúde o planejamento, execução e avaliação das atividades, aos gestores. Cabe, às vezes, elaborar os cronogramas em conjunto com os profissionais de saúde e colaborar no apoio operacional para a realização das ações, resultando em um “não lugar” da educação nas práticas desenvolvidas no âmbito do Programa Saúde na Escola.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Edson Manoel dos Santos, Valéria Trigueiro Santos Adinolfihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13972LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DO ENSINO ESCOLAR: sentidos projetados aos anos iniciais do Ensino Fundamental2022-12-14T12:07:37+00:00Geniana dos Santosgenianacba@gmail.comLiliane Gomes de Oliveiralilianegomeslila@gmail.comMarlene Neris de Almeidamarlene.neris12@hotmail.comMaria Gabriela Ferreira Pereiragabrielaferreira1620@gmail.com<p>Este artigo focaliza a Língua Portuguesa como objeto de ensino escolar nos anos iniciais do Ensino Fundamental. O objetivo é evidenciar, a partir da análise documental, os sentidos projetados pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) às práticas pedagógicas desenvolvidas pelo pedagogo. O estudo assume a compreensão de linguagem como construção cultural (MORTATTI, 2000, 2004; SMOLKA, 1993; VYGOTSKY, 1991) e a definição de currículo como território de disputas por significação (LOPES, 2019). A partir do levantamento realizado, foi possível compreender que a história desse componente curricular marca os sentidos que privilegiaram a leitura e a literatura como síntese de aprendizagem, mecanismo de apropriação/democratização de conhecimento e significação que foi parcialmente acolhida nas produções curriculares nacionais contemporâneas, como nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e na BNCC. No contexto da BNCC, mais especificamente nos anos iniciais do Ensino Fundamental, é possível destacar um esvaziamento da compreensão da leitura e do trabalho com a literatura em uma perspectiva discursiva, tendo em vista a ênfase nos processos de alfabetização baseados na ortografização e na aquisição da escrita.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Geniana dos Santos, Liliane Gomes de Oliveira, Marlene Neris de Almeida, Maria Gabriela Ferreira Pereirahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14096UM OLHAR PARA A GESTÃO DA INCLUSÃO DE ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR BRASILEIRO2022-09-12T19:31:55+00:00Artur Eugênio Jacobusjacobus@unisinos.brCleonice Silveira da Rochanice@unisinos.brJanaina Kunzlerjanainaku@edu.unisinos.brJuliana Dutra de Déos Machadojuliana_deos@outlook.com<p>Este estudo objetiva conhecer e analisar a produção acadêmica sobre a gestão da inclusão no Ensino Superior brasileiro, identificando as ações realizadas nas instituições a fim de proporcionar a inclusão de estudantes com deficiência. A pesquisa bibliográfica, de caráter exploratório-descritivo, foi realizada no Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) entre maio e junho de 2020, contemplando artigos publicados entre 2011 e 2020. As análises foram desdobradas em duas etapas: análise bibliométrica e análise qualitativa. Identificou-se que, embora o ingresso de estudantes com deficiência no Ensino Superior venha crescendo anualmente, ainda há um longo percurso a ser trilhado para a construção de Instituições de Ensino Superior (IES) inclusivas. Constatou-se, igualmente, a presença não só de barreiras físicas, mas também de barreiras relacionadas à formação de professores para o trabalho com os estudantes com deficiências, à elaboração de materiais didáticos, à oferta de tecnologias assistivas, à criação de núcleos de atendimento especializado e ao desenvolvimento de políticas de inclusão educacional específicas para cada IES. Conclui-se, a partir dos artigos analisados, que o acesso, a permanência e a conclusão do curso por estudantes com deficiência no Ensino Superior brasileiro ainda configuram um campo que necessita receber mais atenção dos pesquisadores e que o aspecto mais urgente a ser transformado não é a arquitetura das instituições, mas a mentalidade dos profissionais que atuam na Educação Superior, em especial de seus gestores.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Artur Eugênio Jacobus, Cleonice Silveira da Rocha, Janaina Kunzler, Juliana Dutra de Déos Machadohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14119INVENÇÕES COTIDIANAS, FORMAÇÃO DE PROFESSORAS E AS AUDIOVISUALIDADES: uma turma de pedagogia na pandemia2022-09-07T12:46:54+00:00Bruno Costa Lima Rossatorossatbruno@yahoo.com.brNilcelio Sacramento de Sousanilsousa79@gmail.comRafael Chaves Vasconcelos Barretorcvbarreto84@gmail.com<p>Este ensaio tem como proposta pensar o percurso de uma disciplina curricular do curso de Pedagogia - de uma universidade pública do Rio de Janeiro - e, oferecida no período pandêmico. Tal reflexão surge pelo fato de as aulas terem acontecido - exclusivamente - no contexto on-line, com o uso das audiovisualidades (KILPP, 2018) para produzir aulas com conexões de afeto, mesmo em tempos que resvalam o capitalismo e as noções opressoras no campo da governabilidade. O propósito é problematizar a produção performativa na formação de professoras, considerando que as prescrições têm que ser praticadas pelas discentes, em suas articulações com os processos curriculares, e, que as aprendizagens se forjam num cotidiano que é vivido e experimentado. Tais processos, que se realizam principalmente na relação <em>docentediscente </em>(ALVES; FERRAÇO, SOARES, 2019), criam relações com o mundo que se modificam permanentemente, produzindo diferença, sendo, o audiovisual, um disparador das convivências estabelecidas. Conforme a tendência conhecida como “pesquisas nos/dos/com os cotidianos”, na qual o ensaio se insere, assumimos que as inventividades das discentes, com os usos das audiovisualidades, impulsionaram a autoria na/com a formação. Assim, os vínculos construídos, mesmo que num percurso on-line, alavancaram a desconstrução nas relações <em>docentediscente</em>, produzindo subjetividades que extrapolam as expectativas sociais sobre a atuação na sala de aula. Como pressuposto, esse ensaio pensa a formação entendendo-a como a experiência dos vaga-lumes (DIDI-HURBEMAN, 2011), que, embora sejam tecidas na contingência das normas estabelecidas, transbordam as fronteiras do instituído como uma sobrevivência num momento tão duro da vida.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Bruno Costa Lima Rossato, Nilcelio Sacramento de Sousa, Rafael Chaves Vasconcelos Barretohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/13495EXPANSÃO E INTERIORIZAÇÃO DAS LICENCIATURAS EM GEOGRAFIA NOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA (IFS)2022-06-09T19:06:47+00:00João Vitor Gobis Vergesjoao.verges@caxias.ifrs.edu.brFábio Marianifabio.filos@yahoo.com.brNivea Massaretto Vergesnivea_massa@yahoo.com.brCarlos Manoel Pimenta Pirescarlosmanoel74@hotmail.com<p>Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) surgiram com a reorganização da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica no Brasil em 2008. Possuem a obrigação em dispor de 20% de suas vagas para a formação de professores. Um dos aspectos intencionados é a interiorização de cursos de licenciaturas, auxiliando a supressão da carência nacional neste âmbito. Assim sendo, este trabalho levantou o cenário das licenciaturas em Geografia nos IFs brasileiros, compreendendo a dinâmica de interiorização do ensino superior, o surgimentos dos cursos e suas motivações. Adotou-se como metodologia o levantamento de dados através de revisão bibliográfica, nos sítios eletrônicos das autarquias e nos projetos pedagógicos de cursos (PPCs), com período terminando em 2020. Elaboraram-se quadros de surgimentos, justificativas e um mapeamento através do software livre QGIS. Conclui-se que as licenciaturas em Geografia nos IFs se mantiveram majoritariamente na faixa de ocupação tradicional do território, sobretudo nas regiões Nordeste e Sudeste. Como principais pontos de interiorização regional, encontram-se os estados do Pará e Rondônia. Com exceção do Distrito Federal, o Centro-Oeste não possuía nos IFs o curso em questão, acompanhado da região Sul. Na perspectiva estadual, Rondônia e o Ceará são os que demonstram maior distribuição espacial dos cursos. Verifica-se, também, que a licenciatura em Geografia nos IFs é um acontecimento recente, maiormente manifestada na última fase da expansão das autarquias, tendo como argumentos centrais a carência de profissionais qualificados nas regiões de alcance das diferentes unidades, o deficit de professores no Brasil e se comportando como complementaridade.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 João Vitor Gobis Verges, Fábio Mariani, Nivea Massaretto Verges, Carlos Manoel Pimenta Pireshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14761EDUCAÇÃO E VULNERABILIDADE SOCIAL: reflexões, práticas, desafios e um novo horizonte de mudanças 2023-01-23T21:42:24+00:00Luiz Renato Rodrigues Carreirorenato.carreiro@gmail.comMarcos Vinícius de Araújomarcosaraujo@mackenzie.brEdna Martinsedna.martins@unifesp.br<p><span style="font-family: 'Arial',sans-serif; color: #231f20;">O presente dossiê “Educação e Vulnerabilidade Social” da Revista Olhares traz artigos que abordaram questões teórico-metodológicas e resultados de pesquisas sobre processos educacionais e práticas de formação de professores fundamentados na discussão sobre Educação e sua relação com vulnerabilidade e risco social. Há nele produções sobre arte e emancipação, trajetórias de jovens na escola, vulnerabilidade e educação de jovens e adultos, estudos sobre vulnerabilidade social e projetos do terceiro setor, atuação dos professores e experiências de oficinas com jovens em situação de vulnerabilidade social. Os trabalhos têm representações de diferentes regiões e estados brasileiros como Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Maranhão, Amapá, o que demonstra o quanto as instituições de pesquisa e universidades, ao longo de todo o Brasil, tem compreensão da relevância desse tema de pesquisa para compreender as situações vividas e os horizontes de mudanças que precisam ser vislumbrados.</span></p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Luiz Renato Rodrigues Carreiro, Marcos Vinícius de Araújo, Edna Martinshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14404VULNERABILIDADE SOCIAL E SOCIEDADE DE RISCO: As contribuições de um Projeto Político Pedagógico de turmas de EJA, sob a concepção crítico-libertadora2022-10-24T21:03:24+00:00Adriana Pereira da Silvaadriana7pereira.silva@gmail.comNivia Dantas Ribeiro Zanardoniviadrzanardo@gmail.com<div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Esse artigo objetiva analisar o Projeto político pedagógico (PPP) de turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), observando suas contribuições para superação de uma sociedade de risco e de vulnerabilidades sociais que os (as) trabalhadores (as) estudantes dessa modalidade vivenciam, tendo a referência da concepção crítico-libertadora. Para isso foi organizada uma pesquisa qualitativa, situada na metodologia de estudo bibliográfico, referendado em Salvador (1986) e uma investigação de documento, em que a abordagem metodológica para análise de conteúdos esteve estruturada nas reflexões de Bardin (2016). O referencial teórico do estudo se fundamenta nos pensamentos de Paulo Freire (1979; 2002; 2005), Monteiro (2011) e Beck (2011). As conclusões da pesquisa bibliográfica elucidaram que é possível aproximar os conceitos vulnerabilidade social, sociedade de risco com as categorias: sociedade fechada e situações limites, sob a luz de uma reflexão histórico-crítica, pois essa permite tratar a realidade para além das responsabilidades individuais e circunstâncias ocasionais. Ademais apontaram que os projetos políticos pedagógicos sustentados na concepção crítico-libertadora podem contribuir para a superação de sociedade de risco, pois tem como finalidade educativa a conscientização, condição formativa para que os sujeitos da EJA possam se fazer “ser mais” humano, tornando-se agente histórico de transformação social, na forma comunitária-solidária.</p> </div> </div> </div> </div>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Adriana Pereira da Silva, Nivia Dantas Ribeiro Zanardohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14505“FALA DA GENTE, SABE?”: cenas de leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, com jovens em vulnerabilidade social 2022-11-21T21:59:10+00:00Marcia Lisbôa Costa de Oliveiramarcia.lisboa.oliveira@uerj.brKarina Rivelli Gonçalves Limakarinarivelligl@gmail.com<p>O artigo apresenta o recorte de uma pesquisa-ação socialmente crítica que implementou oficinas de língua portuguesa com jovens em vulnerabilidade que integram projetos de inclusão social do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro e participam de projeto de extensão Letrajovem. O foco deste trabalho recai sobre a leitura do conto “Rolézim”, de Geovani Martins, o qual foi escolhido pela proximidade da variante linguística empregada, bem como das situações ficcionais, com aquelas vividas pelos participantes das oficinas. A abordagem funda-se na epistemologia freireana e na perspectiva do Letramento Crítico, compreendendo-se a educação como ato político, a literatura como direito humano e a leitura literária como experiência estética singular e multidimensional. Aplicou-se na interpretação dos dados do caderno de campo e da gravação a Análise de Conteúdo, identificando-se categorias neles recorrentes, organizadas em eixos temáticos: conhecimentos sobre o mundo; língua e poder; reconhecimento de desigualdades vividas; ilusão do real e identificação. Nas rodas, a leitura do mundo, as referências culturais e conhecimentos do grupo são acionados. Os resultados indicam que as características do conto e a estratégia de mediação favoreceram o engajamento dos jovens no processo de construção de sentidos, em que acionaram conhecimentos prévios, vivenciaram catarses e elaboraram reflexões crítica. A experiência corroborou a hipótese de que a aproximação com as vivências dos participantes estimularia a interação com o texto e reafirmou a relevância da adoção de perspectivas críticas e colaborativas na democratização da leitura literária com pessoas em vulnerabilidade social. Palavras-chave: Democratização da Leitura. Literatura. Justiça Social.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Marcia Lisbôa Costa de Oliveira, Karina Rivelli Gonçalves Limahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14489VULNERABILIDADE SOCIAL E PROCESSOS EDUCATIVOS DESENVOLVIDOS POR INSTITUIÇÕES DO TERCEIRO SETOR2022-11-11T18:36:31+00:00Ana Lucia Ferreira da Silvaa.ferreira@uel.brIsabela Cristina dos Santos Portoisabelaporto.ped@uel.br<p>Este artigo discute a temática referente aos direitos de crianças e adolescentes e, como ponto de partida e base teórica, tem-se a Constituição Federal (BRASIL, 1988), a partir da qual crianças e adolescentes são considerados sujeitos de direitos passando a ter uma legislação própria, o Estatuto da Criança e do Adolescente/ECA (BRASIL, 1990). Paralelamente a este marco, cabe destacar que a sociedade brasileira é marcada pela desigualdade social e econômica, sendo regida a partir da reforma do Estado nos anos de 1990 pelo ideário neoliberal, o qual retira deste a responsabilidade direta pelas políticas sociais, favorecendo a entrada do terceiro setor no desenvolvimento de ações neste campo. Objetiva-se, neste contexto, analisar como se deu a constituição dos direitos de crianças e adolescentes e, nessa trajetória, identificar e discutir o marco legal, trazendo para o centro das reflexões, na perspectiva dos direitos que lhes são conferidos em lei, a discussão acerca de processos educativos em âmbito não formal, a fim de situar possíveis contribuições advindas desse campo. A pesquisa foi pautada em estudo de cunho bibliográfico e análise documental e análise de dados amparada em abordagem qualitativa. Conclui-se pelo reconhecimento dos instrumentos legais, na consolidação da doutrina de proteção integral e pela importância da legislação, no sentido de que esta favorece a continuidade das lutas em favor da garantia e efetivação desses direitos. Destaca-se por fim, as parcerias público-privadas no campo das ações socioeducativas, atuando junto a crianças e adolescentes no atendimento ao princípio da proteção integral, por meio de ações educativas não formais.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Ana Lucia Ferreira da Silva, Isabela Cristina dos Santos Portohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14407O PROJETO DE VIDA É SOBREVIVER: tecnologia, corrupção e fome2022-10-26T18:10:25+00:00Lilian Raquel Soares da Silvalyrakel@gmail.comAndrea da Silva Marques Ribeiroandrea.silva.ribeiro@uerj.br<p>O objetivo deste texto é refletir e discutir criticamente as relações entre a demanda tecnológica frente ao cenário educacional “pós-pandemia” com o ensino remoto diante das gritantes necessidades básicas enfrentadas por crianças e jovens em fase escolar da educação básica e como correntes sombrias no cenário contemporâneo político do Brasil têm despendido grande energia em aumentar os vários fossos existentes entre a realidade e uma oferta de projeto de vida que se aproxime da dignidade e esperança que estes precisam e merecem. Tal discussão é pautada por uma metodologia de base qualitativa e de perspectiva interpretativista (GIL, 2010, LAKATOS e MARCONI, 2003). Apresenta também características da pesquisa documental, pois baseia-se na análise de documentos públicos, tais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Mapa da Nova Pobreza elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),dentre outros. Para consubstanciar o estudo, também lançamos mão de dados oriundos de reportagens de veículos de grande circulação como a Revista Veja. Aponta alguns problemas e desafios nessa jornada entre o que se tem e o que se espera dessa relação entre estudante, currículo e futuro, relata como a política tem colaborado pouco para qualquer melhoria e, nesse sentido conclui que, na balança de responsabilidades, o lado do professor pesa bastante no que tange ser protagonista de uma necessária revolução em prol da autonomia e ruptura, dele e dos futuros cabeças ou caudas da sociedade.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Lilian Raquel Soares da Silva, Andrea da Silva Marques Ribeirohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14381A ATIVIDADE DE ENSINO DE MATEMÁTICA NOS ANOS INICIAIS, APRENDIZAGEM E VULNERABILIDADE SOCIAL2022-10-24T17:40:15+00:00Maria Vanusia de Oliveira Silvamavanu13@yahoo.com.brVanessa Dias Morettivanessadmoretti@gmail.com<p style="text-align: justify;"><span class="ResumoeAbstract-CorpodotextoChar"><span style="font-size: 11.0pt;">O texto apresenta uma pesquisa de mestrado que investigou o movimento dos sentidos atribuídos por professoras, que ensinam matemática nos anos iniciais, à organização do ensino para promover a aprendizagem do estudante em situação de vulnerabilidade social. Para isso, partindo da Teoria Histórico-Cultural, desenvolveu-se uma formação continuada em que as professoras estudaram o conceito de vulnerabilidade social e elaboraram situações desencadeadoras de aprendizagem ancoradas no conceito de Atividade Orientadora de Ensino. Foram analisadas as gravações das discussões desses momentos de formação e os materiais produzidos pelas professoras. Os resultados da análise dos dados indicam que a apropriação do conceito de vulnerabilidade social, associada a um trabalho coletivo de organização do ensino da Matemática apoiado nos pressupostos da AOE, permitiram às professoras a produção de novos sentidos e novas ações decorrentes. Evidenciando que: o êxito escolar de um estudante não é determinado pela sua classe social; os estudantes em situação de vulnerabilidade social estão condicionados ao insucesso no processo de aprendizagem; e, a escola sozinha não possui os instrumentos objetivos para a superação da vulnerabilidade, os resultados da pesquisa nos permitem defender que é possível um movimento coletivo de organização de ensino de matemática que considere as especificidades vinculadas às vulnerabilidades dos estudantes e, ao criar situações desencadeadoras que coloquem o conceito como necessidade cognitiva para as crianças, ofereça condições plenas para sua aprendizagem.</span></span></p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Maria Vanusia de Oliveira Silva, Vanessa Dias Morettihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14509PERMANÊNCIA ESCOLAR E A TRAJETÓRIA DE JOVENS DE ESCOLA PÚBLICA DO RIO DE JANEIRO2022-11-04T14:53:58+00:00Bruna Faria Simõesbfsimoes13@gmail.comSônia Cristina Soares Dias Vermelhocristina.vermelho@gmail.com<p>A taxas de abandono escolar no Brasil são altas e ocorrem em sua maioria na escola pública e com jovens em condições de vulnerabilidade. Face a maioria das pesquisas observarem o fenômeno pela ótica da evasão, o objetivo deste trabalho foi analisar pelo da permanência. A pesquisa foi feita em uma escola pública de Ensino Médio da região metropolitana do Rio de Janeiro, foi aplicado um questionário estruturado aos alunos de Ensino Médio, contendo perguntas acerca da trajetória e permanência escolar. Ao todo, 115 alunos responderam o questionário. Os resultados indicaram que a perspectiva de futuro apareceu como principal motivo da permanência escolar, e que a escola é importante para vida, mostrando que a permanência está atrelada a um futuro melhor, relacionado a um trabalho e à garantia de ganho financeiro para melhoria de vida, aspectos que cercam a vida da população mais pobre. A permanência, portanto, indica uma forte relação com o desejo de sair do ciclo ligado a condição de vulnerabilidade, pois apesar do desestímulo pelas dificuldades em aprender, permanecem, pois, têm a esperança de que estudar lhes garantirá um futuro e uma vida melhor.</p> <p> </p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Bruna Faria Simões, Sônia Cristina Soares Dias Vermelhohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14494ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL E VULNERABILIDADE SOCIAL: Estudo de projetos pedagógicos de sete cursos de graduação em matemática2022-10-24T21:18:11+00:00Francisco Alexandre de Lima Salesalexandre.sales@ifma.edu.brLeila do Socorro Rodrigues Feioleila_feio@unifap.brEliane Leal Vasquezelianevasquez@unifap.brReullyanne Freitas de Aguiarreullyanne.aguiar@ifma.edu.br<p>O objetivo do artigo foi analisar os projetos pedagógicos do curso de Graduação em Matemática (PPCGM) do Instituto Federal de Ensino do Maranhão (IFMA), enfocando a questão da vulnerabilidade social e sua relação com os objetivos da política de assistência estudantil no Brasil. Com base em pesquisa bibliográfica e documental, os dados foram coletados de setembro a novembro de 2022, e utilizou-se o método de análise de conteúdo, orientado pelo livro de Bardin (2011). Parte das informações foram organizadas em um diagrama construído no software Gephi. A análise dos dados foi estruturada em quatro categorias. Quanto a concepção ideológica dos PPCGM em relação à formação inicial do professor, os resultados mostraram que todos os PPCGM apresentavam um forte embasamento com relação ao contexto social, e também com a organização do currículo. No que tange ao ideário apresentado nas ementas, dos sete PPCGM analisados, seis tinham ementas com temas que discutiam a produção do conhecimento científico, as práticas sociais e diversidade. Além disso, dos sete PPCGM, seis revelaram quatorze autores em que nas suas obras apresentavam o termo descritor “social”, citados como indicação para leitura. Por fim, no que concerne as ações para a permanência, os resultados não são animadores, pois os PPCGM do IFMA não abordam as ações para reduzir a vulnerabilidade social, tão pouco a política de permanência e a conclusão de seus cursos.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Francisco Alexandre de Lima Sales, Leila do Socorro Rodrigues Feio, Eliane Leal Vasquez, Reullyanne Freitas de Aguiarhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14419ARTE E EMANCIPAÇÃO: a experiência educativa da Fundação Cultural do Pará2022-10-24T21:11:13+00:00Marta Pederivamarta.pederiva@hotmail.comAmanda Aliende da Mattaamanda@damatta.meAlice Martins Pederivaalicepederiva@hotmail.comPatrícia Lima Martins Pederivapat.pederiva@gmail.com<p>Este artigo discute educação, o acesso à cultura e vulnerabilidade social no contexto da Amazônia Paraense, com base na experiência da Fundação Cultural do Estado do Pará (FCP), à luz da psicologia da libertação, teoria da identidade social, e teoria do reconhecimento moral. Contextualiza tanto a Amazônia num sentido mais amplo, como a Amazônia paraense, de modo a apresentar parte da realidade do norte do Brasil, algumas das possibilidades e desafios enfrentados devido às idiossincrasias geográficas, culturais e sociais da região. Após uma breve apresentação da história e estrutura da FCP, partilha algumas experiências educacionais em artes em contextos não formais. Finalmente, dialoga com as teorias supramencionadas para contribuir na discussão sobre educação e acesso à cultura, especialmente num contexto de vulnerabilidade social, bem como para explorar diferentes possibilidades de intervenção nesta realidade. Em suma, traz conceitos dos campos da educação, arte, psicologia, direito e outros para contemplar uma parte da educação e da cultura na Amazônia paraense.</p>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Marta Pederiva, Amanda Aliende da Matta, Alice Martins Pederiva, Patrícia Lima Martins Pederivahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14518A ATUAÇÃO DO PROFESSOR MEDIADOR ESCOLAR E COMUNITÁRIO EM LONDRINA, PR, FRENTE À PANDEMIA DA COVID - 192022-11-04T14:52:24+00:00Bruna Caroline Dayane Fonsecabruna.caroline1@uel.brBeatriz Carmo Lima de Aguiarbiaguiar@uel.br<div class="page" title="Page 1"> <div class="section"> <div class="layoutArea"> <div class="column"> <p>Este estudo discute a atuação do Professor Mediador Escolar e Comunitário nas escolas da Rede Municipal de Educação de Londrina, PR, no contexto da pandemia da Covid-19, no período compreendido entre os anos de 2020 a 2022 e analisa, também, as possibilidades e limites no trabalho desempenhado por esse profissional, assim como os reflexos da pandemia na evasão/ abandono escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de natureza bibliográfica e documental. A partir dos dados analisados, os resultados apontam que a desigualdade social já existente anterior à pandemia da Covid-19 promoveu um impacto ainda maior da doença sobre os alunos mais pobres, em situação de vulnerabilidade social. Apontam, também, que o Professor Mediador Escolar e Comunitário exerceu um papel de suma importância na efetivação do direito à educação, à alimentação, na prevenção da evasão escolar e de situações de violência contra crianças e adolescentes. Apesar dos esforços do Professor Mediador Escolar e Comunitário, conclui-se que o formato de ensino remoto, adotado na pandemia da Covid -19, não alcançou a todos os alunos igualmente, sendo a evasão escolar uma demanda superada parcialmente.</p> </div> </div> </div> </div>2022-12-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2022 Bruna Caroline Dayane Fonseca, Beatriz Carmo Lima de Aguiar