https://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/issue/feedOlhares: Revista do Departamento de Educação da Unifesp2023-12-04T21:56:51+00:00Equipe Editorial Olharesolhares@unifesp.brOpen Journal Systems<p>A revista Olhares é um periódico de publicação exclusivamente eletrônico, classificado com Qualis A4, de circulação nacional e internacional, do Departamento de Educação da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade Federal de São Paulo. Vinculada aos Programas de Pós-Graduação – PPG Educação e Saúde na Infância e na Adolescência e PPG em Educação.</p>https://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15028A CONSTITUIÇÃO DA ATIVIDADE PEDAGÓGICA NO CLUBE DE MATEMÁTICA2023-08-04T20:15:35+00:00Lukas Adriel Francisco Alveslukasadriel1@aluno.ueg.brMaria Marta da Silvammsilva@ueg.br<p>O objetivo desse artigo é compreender as contribuições oriundas do movimento de reelaboração de uma SDA para a aprendizagem da docência no Clube de Matemática (CluMat), as quais demonstram indícios da contribuição de uma Situação Desencadeadora da Aprendizagem (SDA) para a aprendizagem da atividade pedagógica. O Clube de Matemática da Universidade Estadual de Goiás, Câmpus Sudoeste – Sede: Quirinópolis (CluMat-UEG)<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> é o contexto da investigação e os sujeitos foram 30 (trinta) licenciandos que participam do Clube. Tal espaço, alicerça-se nos pressupostos da Teoria Histórico-Cultural e da Teoria da Atividade. Na busca de alcançar o objetivo dado, optou-se pelo experimento formativo como estrutura metodológica, e os dados foram coletados por meio de gravações audiovisuais e questionários, durante todos os encontros do ano letivo de 2022. Logo, a estrutura da análise de dados escolhida foi: unidade, episódio e flashes. Os resultados demonstram que os sujeitos compreendem o significado da atividade pedagógica a partir da coletividade que pertenciam, e assim atribuíram novos sentidos ao processo de aprendizagem que vivenciavam.</p>2023-10-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Lukas Adriel Francisco Alves, Maria Marta da Silvahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14813ESTRATÉGIAS PARA O ACOLHIMENTO DO PROFESSOR INICIANTE EM ESCOLAS TÉCNICAS: aspectos do início da trajetória docente2023-04-06T20:56:12+00:00Graziélli Teixeira da Rocha Santosgrazielli.trsantos@unitau.brCristovam da Silva Alvescristovam.salves@unitau.br<p>O início da trajetória profissional docente é um momento decisivo, que envolve sentimentos como expectativas e inseguranças causadas pelo novo. A descoberta desse universo docente pode ser complexa, distinta do que os professores imaginavam quando ainda eram acadêmicos. O estudo possui como objetivo geral propor estratégias para o melhor acolhimento de professores iniciantes em um Centro de Estudo Tecnológico. A metodologia escolhida foi uma abordagem qualitativa. Esse artigo é parte de uma dissertação de mestrado na qual foram pesquisadas duas escolas de nível médio e técnico, situadas no estado de São Paulo. Sessenta e um professores responderam a três questionários e oito docentes considerados iniciantes, segundo Huberman (1989), ou seja, lecionando há até 3 anos nessa instituição, participaram de um grupo de discussão com 3 encontros. A análise dos dados empregada foi a do materialismo histórico-dialético, baseada em Vygotsky, com base nos Núcleos de Significação (NS) propostos por Aguiar e Ozella (2006, 2013). Neste texto discute-se um Núcleo de Significação intitulado: Estratégias para o acolhimento do docente iniciante em escolas técnicas. Conclui-se que um programa de mentoria pensado para o Centro de Estudo Tecnológico pesquisado cooperaria para um acolhimento do docente inexperiente de modo humanizado, proporcionando-lhe maior segurança.</p>2023-10-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Graziélli Teixeira da Rocha Santos, Cristovam da Silva Alveshttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15417TRABALHO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES: reflexões a partir do estágio supervisionado 2023-09-15T19:41:02+00:00Paulo Antonio de Oliveira Temoteopaulo.temoteo@unesp.brSusane Silva Tostestostessusane@gmail.comRicardo Campos Queixasricardocqueixas@gmail.comMarina Battistetti Festozomarina.festozo@ufla.br<p>Este artigo tem o objetivo de relatar e analisar o trabalho educativo desenvolvido em uma escola estadual do sul de Minas Gerais, no âmbito do Estágio Supervisionado realizado em um curso de Ciências Biológicas. Consideramos “trabalho” como atividade vital do ser humano e que, por meio dele, homens e mulheres transformam a natureza e a si mesmos. Valemo-nos da Pesquisa Qualitativa como fundamento de nossa investigação, com relatos a partir da observação participante, tomando as experiências vivenciadas como objeto de estudo. Amparados pela Pedagogia Histórico-Crítica e também de abordagens críticas sobre o Estágio Supervisionado na formação docente, observamos e discutimos elementos importantes à compreensão do trabalho educativo: as condições do trabalho docente; as práticas pedagógicas dentro de sala de aula e alguns de seus obstáculos; observações do ambiente para além da sala de aula; um projeto de horta desenvolvido na Escola; reflexões sobre a individualização das responsabilidades e os desafios para as práticas pedagógicas; e, finalmente, o Projeto Político Pedagógico e sua articulação com o trabalho educativo. A partir dessas discussões, entendemos e defendemos o Estágio Supervisionado como atividade potente para vivência-reflexão do trabalho educativo, um importante momento para a construção da identidade, valorização e formação de docentes como intelectuais críticos.</p>2023-10-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Paulo Antonio de Oliveira Temoteo, Susane Silva Tostes, Ricardo Campos Queixas, Marina Battistetti Festozohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14735PREMISSAS DECOLONIAIS PARA A CONSTRUÇÃO DE UM SISTEMA DE PROTEÇÃO ESCOLAR2023-07-11T14:04:17+00:00Fernando Guimarães Oliveira da Silvafernando.oliveira@uems.br<p>O sistema escolar brasileiro arquitetou-se física e simbolicamente em padrões coloniais da opressão de pessoas que se localizam nos marcadores sociais de classe, raça, gênero, sexualidades e outras diferenças. Este estudo é oriundo de dois eventos marcantes em minha condição política docente: um, sobre a minha experiência de trabalho vivida em dez anos de atuação nas áreas de educação, assistência social e saúde mental na adolescência; e a outra, ao lecionar a disciplina “Escola e sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes (SGDCA)”, junto ao programa de pós-graduação em educação, de uma Universidade Estadual. Para realizar um olhar científico, político e institucional, pesquisei engajado nas letras decoloniais para abordar por meio do: levantamento bibliográfico, a experiência vivida e a escrevivência do tempo de trabalho, os elementos necessários para cunhar três movimentos de sentipensar falsbordiano: 1) Acreditar; 2) Embriagar e 3) Afrontar e resistir; que apontam recomendações para a construção de um sistema de proteção escolar.</p>2023-10-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Fernando Guimarães Oliveira da Silvahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14519ADOLESCÊNCIA À MARGEM: projeto de vida na educação de jovens e adultos2022-11-11T18:35:21+00:00Mateus Carmona Macielmatcmaciel@gmail.comLetícia Lovato Dellazzana-Zanonleticia.zanon@puc-campinas.edu.br<p>Este estudo teve como objetivo investigar os projetos de vida de adolescentes da Educação de Jovens e Adultos. Participaram do estudo 16 adolescentes de 15 a 18 anos estudantes de uma região de nível socioeconômico baixo de Campinas, SP. Os instrumentos utilizados foram: Entrevista de Dados Sociodemográficos e Entrevista Semiestruturada sobre Projetos de Vida. Os dados foram analisados por meio de análise de conteúdo, utilizando o modelo aberto de categorização. Foram elencadas as seguintes categorias: Trabalho, Bens Materiais, Relacionamento Afetivo, Reconhecimento e Autonomia, Ajuda a Outrem e Estudo. Observou-se que a maior parte dos projetos de vida dos adolescentes objetiva conquista de um trabalho, estabilidade financeira, aquisição de bens e acesso a serviços básicos. Além disso, observou-se que os adolescentes constroem seus projetos de vida com o objetivo de ajudar suas famílias de origem e suas comunidades a construírem uma vida melhor e mais digna. Este estudo chama atenção para importância do trabalho com projetos de vida como uma possível ferramenta emancipadora e transformadora da realidade desses sujeitos e de suas famílias.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Mateus Carmona Maciel, Letícia Lovato Dellazzana-Zanonhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14066BRINQUEDOS E PROPAGANDA: gênero e a constituição de meninos e meninas2022-09-03T17:19:32+00:00Aliandra Cristina Mesomo Liraaliandralira@gmail.comFernanda Chimende Fariasferhchimende12@gmail.com<p>O texto objetiva situar o papel do brincar no desenvolvimento infantil e problematizar como as questões de gênero se manifestam nas propagandas televisivas. Metodologicamente, a pesquisa assumiu um viés qualitativo, com análise documental de propagandas de brinquedos veiculadas na televisão aberta. Tais propagandas foram gravadas, descritas e os dados organizados e analisados a partir de seu conteúdo, incluindo imagens, som e discurso. O estudo explicitou que, em pleno século XXI, temos propagandas marcadamente dedicadas a meninos e meninas, cujos produtos divulgados reforçam comportamentos e interesses culturalmente radicados em estereótipos; para a menina, o universo da casa, e, para os meninos, o mundo do lado de fora. A análise empreendida a partir das descrições das propagandas evidenciou que, em objetos, falas, cores, gestos, personagens e ações, mesmo em exposições de curta duração, mas veiculadas repetidamente, apresenta-se um brincar condicionado pelo reforço de estereótipos de gênero. Os produtos apresentados incitam o consumo e conformam um campo de ação para meninos e meninas de modo limitado e pouco criativo, em que prevalecem interesses comerciais.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Aliandra Cristina Mesomo Lira, Fernanda Chimende Fariashttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15143GEPPEDH 10 ANOS: Educação e pesquisa na perspectiva histórico-cultural2023-05-28T20:46:15+00:00Edna Martinsedna.martins@unifesp.brVanessa Dias Morettivanessa.moretti@unifesp.br<p>Apresentação do dossiê temático: <strong>GEPPEDH 10 ANOS: Educação e pesquisa na perspectiva Histórico-Cultural</strong></p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Edna Martins, Vanessa Dias Morettihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14453UMA RECONCEITUAÇÃO DO PROFESSOR A PARTIR DA TEORIA DA OBJETIVAÇÃO2023-04-25T23:43:52+00:00Jaqueline Santos Vargas-Plaçajkvargas-@hotmail.comLuis Radfordlradford@laurentian.ca<p>O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma reconceituação do professor de ciências e matemática na perspectiva da Teoria da Objetivação (TO). A TO é uma teoria de ensino e aprendizagem que se inspira no materialismo dialético, na escola histórico-cultural de Lev Vygotsky e na concepção de educação proposta por Paulo Freire. Sua natureza materialista dialética faz com que o professor seja concebido como parte de um todo, um sistema em movimento, que inclui o conhecimento cultural e seus processos de ensino e aprendizagem. Neste contexto, o professor é visto como indivíduo que participa, ombro a ombro, com os estudantes, trabalhando com eles na produção e circulação de saberes, fazendo que esses saberes apareçam coletivamente na aula, por meio de discussões, debates, análises e interpretações da resolução de problemas. Neste trabalho apresentamos estas ideias e ilustramos por meio das passagens de uma lição de cinemática em torno do estudo científico do movimento de corpos, realizado em uma classe do 8º ano (alunos de 13 a 14 anos) em uma escola pública localizada nos arredores de Sudbury, Ontário, Canadá. Ilustramos, em particular, o processo coletivo em que os estudantes encontram um saber científico cultural por meio da interação com colegas e com o professor. Destacamos que o professor no ensino de ciências e matemática não pode se restringir unicamente à dimensão do saber. Esta dimensão é fundamental, mas o professor deve complementá-la com atenção muito específica à dimensão do ser.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Jaqueline Santos Vargas-Plaça, Luis Radfordhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14445O PENSAMENTO EMPÍRICO OBSTACULIZA O DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO TEÓRICO? INTERPRETAÇÕES E POSSIBILIDADES2023-02-24T22:10:17+00:00Ágatha de Souza Nieroagathasouzniero@gmail.comJosélia Euzébio da Rosajoselia.euzebio@yahoo.com.br<p>O pensamento empírico é ponto de partida para o desenvolvimento do pensamento teórico ou pensamento empírico obstaculiza o desenvolvimento do pensamento teórico? Para contribuir com as reflexões em torno deste debate, o presente trabalho tem o objetivo de investigar como pesquisadores brasileiros interpretam a relação entre pensamento empírico e pensamento teórico em Davídov no contexto da Educação Matemática. No presente artigo apresenta-se os resultados de um estudo organizado com base em uma revisão de literatura integrativa. Na perspectiva davidoviana o pensamento teórico sustenta-se na lógica dialética e o pensamento empírico na lógica formal. Nesse sentido, a realização do estudo se orienta por meio de uma busca sistemática realizada no Google Acadêmico, com o uso dos descritores: “lógica formal tradicional”, “lógica dialética”, “pensamento empírico”, “pensamento teórico”, “matemática” e “Davídov”. Nos trabalhos analisados constatou-se pouca discussão sobre a especificidade da lógica e como esta influência no processo de formação dos diferentes tipos de pensamento, no entanto, todos corroboram com Davídov no sentido de que o pensamento empírico obstaculiza o desenvolvimento do pensamento teórico.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Ágatha de Souza Niero, Josélia Euzébio da Rosahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15087MATERIAL DIDÁTICO COMO INSTRUMENTO MEDIADOR NA ATIVIDADE DE ENSINO DO CONCEITO DE FRAÇÃO2023-05-16T01:49:37+00:00Iraji de Oliveira Romeiroirajioliveira@gmail.comVanessa Dias Morettivanessa.moretti@unifesp.br<p>Este texto<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> apresenta parte dos resultados de uma pesquisa de mestrado fundamentada na perspectiva Histórico-Cultural, tendo como objetivo verificar como o movimento do pensamento teórico do professor de matemática sobre o conceito de fração pode impactar na escolha, adequação ou utilização dos materiais didáticos oficiais da rede pública de educação do Estado de São Paulo. O método utilizado para verificar o movimento do pensamento do professor se pautou no materialismo histórico dialético materializado por meio de um experimento formativo no formato de uma formação de professores de matemática da rede pública estadual de São Paulo, entendendo a formação docente como uma relação dialética entre a atividade de ensino e a atividade de aprendizagem. Para estruturar a formação de professores tomamos como referência o conceito de Atividade Orientadora de Ensino. Como resultados dos dados da realidade apreendida identificamos que o professor, ao se deparar com as situações desencadeadoras de aprendizagem que permitam a revelação das relações histórico-lógicas do conceito de fração permite um movimento em direção do pensamento teórico sobre frações. Com isso, os docentes analisam de forma intencional e crítica os materiais didáticos, transformando o significado e o sentido sobre desses materiais na prática pedagógica. Concluímos que, a partir do desenvolvimento do pensamento teórico, o professor tomou os materiais didáticos oficiais como instrumento mediador da sua atividade de ensino.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a>Artigo ampliado a partir de trabalho apresentado no XIII ENEM 2019, Cuiabá/MT/Brasil.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a>Artigo ampliado a partir de trabalho apresentado no XIII ENEM 2019, Cuiabá/MT/Brasil.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Iraji de Oliveira Romeiro, Vanessa Dias Morettihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15035CONCEPÇÕES DE PROFESSORES EM FORMAÇÃO: (re)elaborações de sentidos sobre pessoas com deficiência2023-04-27T13:00:31+00:00Luciana de Abreu Nascimentoluciana.nascimento@ifsuldeminas.edu.brMaria de Fátima Carvalhofatima.carvalho@unifesp.br<p>Ao tratar da escolarização da pessoa com deficiência, as diretrizes para formação docente transitam entre posições genéricas sobre diversidade e a instrumentalização para o atendimento educacional especializado, versando sobre o professor generalista, amparado pelo especialista, sem que se aprofunde em como se dão suas formações. Assumindo os cursos de formação docente como espaços privilegiados de (re)construção de saberes para a prática educacional, neste artigo, propõe-se a investigação dos modos como estudantes de cursos de Pedagogia elaboram questões relacionadas à educação da pessoa com deficiência e ao papel da graduação na construção de conhecimentos sobre o tema. Fundamentado pela Psicologia Histórico-cultural e pelos estudos da linguagem numa perspectiva dialógico-enunciativa, o trabalho envolveu a elaboração/conceituação da ideia de concepção e a realização de rodas de conversas com graduandas de três universidades paulistas sobre a escolarização de estudantes com deficiência. A análise e discussão a partir da áudio-gravação das rodas evidenciam como concepções elaboradas pelas estudantes trazem significados sobre deficiência; sobre a formação na universidade; e sobre a escola e o fazer docente, arrematados pelas indefinições do tema, constituindo-se não como conceitos, mas como saberes em elaboração. A reflexão aqui proposta contribui para a problematização da formação com vistas à transformação de expectativas e práticas que orientam a relação de professores em formação com conhecimentos sobre a pessoa com deficiência e sua educação. Ainda, apontam-se as rodas de conversa como potencial espaço formativo em uma perspectiva dialógica de reelaboração de saberes e práticas.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Luciana de Abreu Nascimento, Maria de Fátima Carvalhohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14479O BRINCAR DAS CRIANÇAS COM O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA NA EDUCAÇÃO INFANTIL2023-04-25T23:33:54+00:00Michele Morgane de Melo Mattosmichele_morgane@id.uff.brViviane de Oliveira Freitas Lionevivianelione@gmail.com<p>Este artigo apresenta parte dos resultados de uma dissertação de mestrado e tem como objetivo destacar os desafios e possibilidades do brincar das crianças com o Transtorno do Espectro Autista na Educação Infantil, visando contribuir com o processo de inclusão escolar. Com base na teoria histórico-cultural e nos fundamentos da Defectologia, desenvolvidos por Vigotski, foi realizada uma pesquisa-ação com quatro crianças com TEA em duas escolas de Educação Infantil do município do Rio de Janeiro, utilizando como instrumentos a entrevista semiestruturada – com pais, docentes e estagiárias que lidam com as crianças com TEA – e a observação participante. Em geral, os resultados demonstraram as seguintes características em seus modos de brincar: ausência ou pouca funcionalidade no brincar, brincadeiras repetitivas e estereotipadas, hiperfoco, movimentação excessiva, pouca ou nenhuma interação com outras crianças. Constatou-se, também, a necessidade de formação docente continuada, assim como inclusão dos interesses e singularidades da criança com TEA nas propostas pedagógicas. Com base nos resultados apresentados, conclui-se como fundamental trazer para o centro do planejamento os interesses das crianças com TEA e ampliar as suas possibilidades de brincar por meio de atividades lúdicas que considerem suas individualidades. A Educação Infantil é um cenário favorável ao lúdico porque se constitui de propostas pedagógicas que têm como eixos norteadores as interações e brincadeira, podendo contribuir com o desenvolvendo da percepção, da imaginação, da fantasia e da interação social, habilidades que podem ser prejudicadas na criança com TEA. </p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Michele Morgane de Melo Mattos, Viviane de Oliveira Freitas Lionehttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14482DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E TEORIA HISTÓRICO-CULTURAL: um resgate aos textos de Vigotski2023-04-25T20:47:33+00:00Fabrício Santos Dias de Abreufabra201@gmail.comPatrícia Lima Martins Pederivapat.pederiva@gmail.com<p>O presente artigo busca analisar o conjunto de textos escritos, entre os anos 20 e 30 do século XX, em que L. S. Vigotski (1896-1934) aborda a questão da deficiência intelectual na tentativa de apontar que o teórico inaugura uma interpretação à frente do seu tempo histórico e que muitas das discussões engendradas por ele tomaram vigor apenas no século XXI com o advento das políticas de inclusão e acessibilidade. O esforço é demonstrar que a totalidade desses escritos aponta para a necessidade de reformulação de atitudes pedagógicas e terapêuticas que focalizam suas práticas apenas nos processos biológicos ou naquilo que se considera deficitário e passível de ajustamentos. O entendimento revolucionário encontra-se em afirmar que as leis que regem o desenvolvimento do ser social não fazem distinções de pessoas, são únicas para todos os indivíduos, e dependem necessariamente da qualidade dos processos mediacionais que se efetivam no intercâmbio entre os humanos. Onde outras teorias postulam a defesa de uma educação reduzida, em conteúdos e interações, a Teoria Histórico-Cultural sustenta que as dificuldades oriundas da deficiência intelectual podem ser compensadas por meio do pleno desenvolvimento social que se efetiva em um meio inclusivo e colaborativo.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Fabrício Santos Dias de Abreu, Patrícia Lima Martins Pederivahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14440O PROCESSO DE HUMANIZAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL MEDIADO PELOS CONTEÚDOS DA MÚSICA2022-10-14T21:23:00+00:00Gislaine Rossler Rodrigues Gobbogislainerrgobbo@gmail.comKarina Locilha Cocatokkcocato@gmail.com<p>A música é de todas as artes, a mais subjetiva, pois particulariza as emoções, possibilita a expressão do ser humano e contribui para a humanização. O papel da escola é proporcionar a aquisição de diferentes tipos de linguagem estética, incluindo a musical. O Objetivo do estudo é apresentar situações de ensino na escola considerando a música como fonte sonora, na apreciação na diversidade dos gêneros musicais e na contextualização da música como produto cultural e histórico. Para tanto, explicita-se o processo de humanização, ancorado nas funções psicológica superiores e na situação social do desenvolvimento. Coloca-se a favor da questão, uma sequência didática aplicada por uma professora da Educação Infantil, com a música Outono-Allegro de Antônio Vivaldi, adotando para validação dos fundamentos teóricos, um texto escrito por uma mãe, direcionado à professora, explicitando elementos da humanização defendidos pela Psicologia Histórico Cultural. Os resultados denotam que o processo de humanização do homem é uma possibilidade, pois existem formas de ensino, que elevam esse patamar, incluindo-se os conteúdos da educação musical como linguagem em práticas de contextualização e sentido. A educação musical sensibiliza, alterando a realidade material da criança por meio de uma ação docente que recria e transforma o próprio sujeito.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Gislaine Rossler Rodrigues Gobbo, Karina Locilha Cocatohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14290LEITURA DE CLÁSSICOS LITERÁRIOS NO ENSINO MÉDIO2023-03-25T18:50:47+00:00Adriana Pinadriana.pin@ifes.edu.brMaria Amélia Dalvimaria.dalvi@ufes.br<p>Este artigo, que sintetiza os resultados de um estudo teórico-bibliográfico, dedica-se a uma questão encontrada por professores de Língua Portuguesa e Literatura atuantes nos últimos anos da educação básica. A Pedagogia das Competências foi erigida como teoria pedagógica de Estado, o que vem sendo apontado como incompatível com uma educação literária em seu sentido pleno. Neste novo quadro, é relevante trabalhar com clássicos literários, muitos deles produzidos há séculos atrás – portanto, aparentemente muito distantes dos adolescentes e jovens contemporâneos? O artigo defende a manutenção do ensino de leitura literária de textos e obras clássicos no nível médio, considerando a especificidade da educação escolar e sua contribuição para a formação humana, sob inspiração da Pedagogia Histórico-Crítica em sua articulação com a Psicologia Histórico-Cultural. Compreende a leitura literária dos clássicos como possibilidade afim a um ensino desenvolvimental, que tem por meio e finalidade tanto a socialização do saber sistematizado quanto a elucidação e superação das condições objetivas postas, que tendem a dificultar – quando não impossibilitar – a produção e circulação de conhecimentos literários que integrem os planos do sensível e do inteligível, na realidade da educação pública brasileira contemporânea. Partindo do pressuposto de que, na sociedade capitalista, a apropriação dessas objetivações não está garantida, principalmente para as pessoas desfavorecidas socioeconomicamente, tal proposta configura-se em chave contra-hegemônica.</p>2023-05-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Adriana Pin, Maria Amélia Dalvihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15978ESCOLARIZAÇÃO DE CRIANÇAS E JOVENS NO BRASIL ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX2023-12-04T21:56:51+00:00Claudia Panizolloclaudia.panizzolo@unifesp.brMirian Jorge Wardemjwarde@uol.com.brRegina Cândida Ellero Gualtieriregina.gualtieri@unifesp.br<p>Apresentação da Seção temática</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Claudia Panizollo, Mirian Jorge Warde, Regina Cândida Ellero Gualtierihttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15200ESCOLARIZAÇÃO DE JOVENS EM RONDÔNIA NA DÉCADA DE 19802023-06-26T22:43:45+00:00Edeli Diogo de Oliveiraedeli.oliveira@ifro.edu.brXênia de Castro Barbosaxenia.castro@ifro.edu.br<p>A Escola Agrotécnica Silvio Gonçalves de Faria foi uma das primeiras instituições de Educação Profissional e Tecnológica (EPT) de Rondônia, tendo sido criada em 1981, quando Rondônia ainda era Território Federal. Ao longo de quase três décadas, promoveu a escolarização de jovens rurais e urbanos provenientes dos mais diversos municípios de Rondônia. Este artigo objetiva contribuir para a reflexão acerca das experiências de escolarização de jovens promovidas pela referida instituição de ensino. A pesquisa teve como problema central compreender: Como os egressos avaliam a formação recebida? O método que seu suporte à investigação foi o método histórico. Os resultados demonstraram haver alinhamento político e pedagógico da escola com os desafios socioeconômicos presentes no território onde se situava, e no que se refere às experiências de escolarização desenvolvidas em seus ambientes, os egressos avaliaram positivamente essas experiências, embora tenham relatado inúmeras dificuldades, inclusive situações graves de insegurança alimentar, decorrentes da falta de merenda escolar.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Edeli Diogo de Oliveira, Xênia de Castro Barbosahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15514FUNDAMENTOS DO DESENVOLVIMENTO HUMANO NA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO INFANTIL BRASILEIRA2023-10-05T19:42:55+00:00Gedeli Ferrazzogedeli.ferrazo@ifro.edu.brMara Regina Martins Jacomeli mararmj@unicamp.br<p>No movimento histórico, de acordo com as características de cada formação social, a humanidade produziu diferentes formas de compreender a criança e o papel da Educação Infantil. Desse modo, o objetivo do presente trabalho é caracterizar os fundamentos do desenvolvimento humano que exerceram influência na história da Educação Infantil brasileira. Para tanto, conduziu-se um estudo bibliográfico e documental, com o propósito de delinear na história da Educação Infantil brasileira, a compreensão dos fundamentos das proposições elaboradas que sustentam as práticas pedagógicas. Trata-se de um tema importante, considerando que o trabalho educativo da primeira etapa da educação básica sempre padeceu sobre enfoques pedagógicos anti-escolares e assistemáticos, resultando em uma política pública recessiva pela oferta de programas de caráter ora compensatórios, ora preparatórios ou preventivos, com escassos recursos do setor público. Encerra-se o texto, destacando os pressupostos teórico-metodológicos que possibilitam a superação da concepção assistencialista-compensatória, capazes de contribuir na compreensão das práticas pedagógicas compromissadas com o desenvolvimento pleno dos aspectos estruturantes do sujeito humano, na formação das novas gerações.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Gedeli Ferrazzo, Mara Regina Martins Jacomeli https://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15389EDUCAÇÃO DA INFÂNCIA EM ALAGOAS NAS FÁBRICAS DE TECIDO ENTRE 1930 E 19702023-09-06T18:51:43+00:00Aline da Silva Ferreira Adernealine.ferreira@progep.ufal.brLenira Haddadlenirahaddad@gmail.com<p>Este artigo apresenta os principais modos de educação da infância de 0 a 6 anos de idade em fábricas de tecido que se estabeleceram em Alagoas entre meados do século 19 e início do século 20. A existência de creches e jardins de infância nas indústrias têxteis é mencionada nos relatos orais, mas não se tem acesso a documentos, tampouco há informações sistematizadas. O percurso metodológico, pautado na história oral, envolveu a busca de informantes por meio da técnica de <em>Snowball</em> e a realização de entrevistas a figuras que compõem essa história, além de pesquisa documental. Expõe um breve panorama universo fabril-têxtil alagoano composto por 13 fábricas de tecido e apresenta a história da educação da infância em quatro dessas fábricas situadas em três municípios alagoanos: Delmiro Gouveia, Maceió e Rio Largo, abrangendo o período de 1930 a 1970. Fica evidente que essas fábricas ofertaram a educação de crianças de 0 a 6 anos por meio de creches e jardins de infância muito antes de a educação infantil ser uma política municipal regulamentada.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Aline da Silva Ferreira Aderne, Lenira Haddadhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15255ENTRE ENGENHOS E CIDADES MORTAS: infância e escola em cenas literárias (1919-1932)2023-08-06T21:46:04+00:00Maurina Lima Silvamaurinalimasilva@gmail.comEudes Marciel Barros Guimarãeseudesguimaraes70@gmail.comRenata Marcílio Cândidorenata.candido@unifesp.br<p>Neste artigo pretende-se refletir sobre aspectos da infância e da escola a partir de textos literários, mais especificamente dos contos reunidos em <em>Cidades mortas</em> (1919/1923), de Monteiro Lobato, e no romance <em>Menino de engenho</em> (1932), de José Lins do Rego. O objetivo central consiste fazer uma aproximação entre literatura e história para pensar aspectos da educação no Brasil republicano. Entende-se a literatura não apenas como fonte histórica, mas também como possibilidade de desvelar outros olhares e sensibilidades acerca da educação da infância no período que se estendeu após a abolição. Coloca-se em destaque, através dos textos literários selecionados, as relações de poder elaboradas no ambiente escolar desde a infância, bem como as perspectivas em torno da formação de diferentes camadas sociais. Além disso, questiona-se os modos como tais escritos literários acionam memórias e esquecimentos quando tangenciam as condições de inclusão, por meio da educação escolar, de crianças negras numa sociedade recém-saída da escravidão.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Maurina Lima Silva, Eudes Marciel Barros Guimarães, Renata Marcílio Cândidohttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15586CIVILIZAR E INSTRUIR NA SÉRIE GRADUADA NA ESCOLA E NO LAR 2023-10-10T01:43:10+00:00Lucilene Rezende Alcanforlucilenealcanfor@unilab.edu.br<p>O artigo discute o projeto pedagógico civilizador na série graduada de leitura <em>Na escola e no lar</em> de autoria do professor paulista Thomaz Galhardo. Editada entre o final do século XIX e início do XX, constatamos, a partir dos indícios esparsos das edições localizadas na pesquisa, que o primeiro livro da série circulou até 1992 e os demais até os anos 1960, revelando um conjunto de práticas de leitura cuja popularidade se explica pelo aparecimento de um mercado editorial específico para o gênero didático e sua adequação à estrutura do ensino primário. Seguindo o critério da continuidade dos conteúdos por lições e temas, esses manuais têm como base uma nova concepção de vida social, que precisava ser aprendida na escola. Por meio dos seus elementos constitutivos, o objetivo do texto é apresentar o modelo de projeto civilizador presente nessa série para a formação moral e intelectual da infância brasileira. Seguindo as trilhas metodológicas da História Cultural, elegemos as categorias de práticas e representações para discutirmos como as percepções do social não são discursos neutros, ao contrário, produzem estratégias e práticas que tendem a impor uma autoridade, de modo a legitimar um projeto reformador. A partir da análise das edições escolares comprovamos o modo como um modelo civilizatório é construído, pensado e transformado em objeto de ensino por meio dos livros didáticos.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Lucilene Rezende Alcanforhttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/14831OS BENEFÍCIOS DO SABER ESCOLAR PARA OS “HOMENS DE COR” (O EXEMPLO/ RS, 1892-1905)2023-07-10T18:58:58+00:00Ricardo Costa de Sousaricardo.sousa@unir.br<p>O artigo intenta analisar “os benefícios do saber escolar para os homens de cor” a partir das representações circunscritas no jornal <em>O Exemplo</em>, hebdomadário publicado em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, por um grupo de intelectuais negros. A análise se deteve no recorte temporal de 1892 a 1905, compreendido como primeira e segunda fases do hebdomadário, que se configura na perspectiva da História da Educação, por ser um campo multifacetado e pluridisciplinar que passou a questionar as formas tradicionais de representação dos “homens de cor” na escola. O artigo persegue a seguinte pergunta: Como a editoria e seus colaboradores inscrevem a escola, a instrução e o conhecimento em contraposição à ignorância em <em>O Exemplo</em>? Para responder à pergunta, tomaram-se as contribuições teóricas e metodológicas da História Cultural. O artigo evidencia a bandeira levantada pelos editores e colaboradores do jornal <em>O Exemplo</em> em prol dos benefícios do saber escolar e, por extensão, da instrução e do conhecimento para o melhoramento moral e intelectual dos “homens de cor” em uma sociedade recém-liberta do período escravocrata.</p> <p> </p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Ricardo Costa de Sousahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15198DESAFIOS DO PROGRAMA “GOIÁS TEC – ENSINO MÉDIO AO ALCANCE DE TODOS”2023-10-01T18:34:05+00:00Udna Lemos Torreslemostorres.adv@gmail.comWanessa Cristiane Gonçalves Fialhowanessa.fialho@ueg.brJuliana Simião Ferreirajuliana.ferreira@ueg.br<p>O Programa “GOIÁS TEC – Ensino Médio ao Alcance de Todos”, oferta o Ensino Médio regular com o uso de ferramentas tecnológicas, sendo composto por aulas ministradas em estúdio, por professores habilitados por área de conhecimento, transmitidas, via satélite, em tempo real, aos estudantes que estarão na sala de aula interativa da sua comunidade. O propósito é a implantação do Ensino Médio por Mediação Tecnológica em distritos, zonas rurais e regiões de difícil acesso ou que possuam carência de professores habilitados para lecionarem. A partir disso, este estudo teve como objetivo investigar as possíveis contribuições deste programa para os alunos participantes em zonas rurais de Quirinópolis, Goiás. A pesquisa foi realizada por meio de questionário, com questões de múltipla escolha e questões abertas aplicadas aos estudantes, utilizando como ferramenta o <em>Google Forms. </em>Ao analisarmos as respostas, verificamos, entre os pontos positivos: a qualificação dos professores e a possibilidade de rever novamente as aulas em casa em outro horário. Quanto aos pontos negativos, os alunos mencionaram: as dúvidas em alguns conteúdos, também foi informado que alguns alunos não se adaptaram ao método de ensino, além da internet de má qualidade e falta de energia elétrica na escola, no horário da transmissão das aulas. Diante desse cenário, para um bom desempenho deste modelo de ensino, acreditamos que deve haver acompanhamento pedagógico e monitoramento técnico diários, durante todo o processo de execução no período letivo, para que os problemas sejam sanados, à medida que surjam.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Udna Lemos Torres, Wanessa Cristiane Gonçalves Fialho, Juliana Simião Ferreirahttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15384HISTÓRIA DA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS EM GOIÁS E OS MÉTODOS ANALÍTICOS [1916-1925]2023-10-01T14:53:40+00:00Juliano Guerra Rochaprofessorjulianoguerra@gmail.comDiane Valdezdivaldez@ufg.brAna Raquel Costa Diasa.raquel09@hotmail.com<p>Este artigo analisa a história da alfabetização de crianças em Goiás, no século XX, entre os anos de 1916 e 1925, compreendendo os métodos para o ensino inicial da leitura e da escrita nas escolas primárias goianas, que foram indicados nas legislações educacionais. O recorte temporal inicial se justifica por ser 1916 o ano da promulgação da primeira lei goiana que oficializou, propriamente, um método de alfabetização de marcha analítica, a ser adotado nas instituições escolares do estado. Já em 1925, promulgou-se uma regulamentação em que, diferente dos dispositivos legais do período, ancorava-se na adoção do método analítico, mas sem especificação. Trata-se de uma pesquisa documental, tomando como fonte, primordialmente, a legislação educacional goiana do período. A análise da documentação sugere que houve a recomendação para o uso dos métodos analíticos de alfabetização, que estavam em sintonia com os princípios da Escola Nova e que ensejavam uma “escola moderna”, em consonância com os movimentos nacionais para escolarização de crianças no regime republicano.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Juliano Guerra Rocha, Diane Valdez, Ana Raquel Costa Diashttps://periodicos.unifesp.br/index.php/olhares/article/view/15644DO CRITÉRIO POLÍTICO AO EDUCACIONAL? Expansão do ensino secundário público paulista (1930-1971)2023-10-01T14:31:10+00:00Carlos Alberto Dinizcarlos.diniz@etec.sp.gov.brRosa Fátima de Souza Chalobarosa.souza@unesp.br<p>Este texto constitui uma análise do jogo político envolvido na criação de escolas secundárias (ginásios e colégios) no estado de São Paulo, no período de 1930 a 1971. Examina a trajetória conflituosa da expansão do secundário público paulista marcada pela prevalência do critério político entre as décadas de 1930 e 1950 e as tentativas, nem sempre exitosas, de alteração dessa tendência na década de 1960, face à afirmação de novos atores institucionais e novos padrões de intervenção política interpondo o planejamento racionalizado de expansão da rede escolar, com destaque para a atuação do Conselho Estadual de Educação e da Secretaria de Estado da Educação. O estudo fundamenta-se na História Política e na noção de campo político valendo-se de fontes documentais como os projetos de lei de criação de escolas, a legislação educacional e o Plano Estadual de Educação.</p>2023-12-04T00:00:00+00:00Copyright (c) 2023 Carlos Alberto Diniz, Rosa Fátima de Souza Chaloba