FORMAÇÃO INICIAL NA EDUCAÇÃO INFANTIL: a organização dos espaços e constituição docente
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2024.v12.16042Palavras-chave:
Formação inicial de professores, Educação Infantil, Espaços educativosResumo
Em vinculação com pesquisa coletiva, que tematiza a formação e atuação de educadores, neste artigo focalizamos os espaços de Educação Infantil (EI), a partir de enunciados de estudantes do curso de Pedagogia. Nessa vinculação, com referencial teórico-metodológico bakhtiniano, integramos a teia dialógica acerca da formação inicial para a EI, considerando as Políticas Públicas educacionais relativas ao campo. A pesquisa qualitativa de caráter exploratório conta (até dezembro de 2022), com 107 respondentes, cursistas de Pedagogia de uma universidade pública do sudeste. A partir da interlocução com os graduandos (meio do curso), objetivamos interagir com os enunciados de modo a considerar as aprendizagens na formação inicial relacionadas às características e organização dos espaços na EI; as interfaces com as políticas públicas educacionais e a relevância da discussão para o fortalecimento da EI. Nessa perspectiva, buscamos compreender os enunciados das/dos estudantes participantes, de modo a compor uma reflexão acerca de suas aprendizagens da formação inicial em EI, desafios, lacunas, oportunidades e potencialidades. A análise dos dados produzidos, a partir da definição de quatro dimensões - físicas, relacionais, aprendizagem e direitos - sinalizou a relevância da composição entre a formação inicial e os ambientes institucionais da EI. Os dados evidenciam a valorização do cuidado e organização dos espaços e a aprendizagem, com menor ênfase para os aspectos relacionais. Com isso, consideramos a relevância de mais investimentos na formação para o campo da EI, de modo a fortalecer a abordagem da complexidade que marca a constituição dos espaços.
Métricas
Referências
AGÊNCIA SENADO. Especialistas pedem cumprimento da lei sobre ensino da cultura afro-brasileira. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2023/10/19/especialistas-pedem-cumprimento-da-lei-sobre-ensino-da-cultura-afro-brasileira. Acesso em: 06/12/2023.
BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
BAKHTIN, Mikhail. Marxismo e Filosofia da Linguagem. 14. ed. São Paulo: Hucitec, 2010.
BAKTIN, Mikhail. Para um Filosofia do ato responsável. 3. ed. São Paulo: Pedro e João, 2017.
BARROS, Maria Isabel (org.). Desemparedamento da Infância – a escola como lugar de encontro com a natureza. Rio de Janeiro: Criança e Natureza; Instituto Alana, 2018.
BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002.
BRASIL. Ministério da Educação e Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília, DF: MEC; SEF, 1998. 3v.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira. Brasília: MEC, 2004.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº 5, de 17 de dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC; CNE; CEB, 2009.
BRASIL. Parecer CNE/CEB nº 20/2009, aprovado em 11 de novembro de 2009. Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: CNE; CEB, 2009.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, DF: MEC; SEB, 2010.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica. Brasília, DF: MEC, SEB, DICEI, CNE, CEB, 2013.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Curricular Comum. Brasília, DF: MEC, 2018.
BRASIL. Lei nº 11.645/08 de 11 de março de 2008. Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, DF: 2008.
CÔCO, Valdete. Formação inicial e docência na educação infantil. Poiésis, Unisul, Tubarão, v.12, n.21, p.95-112, Jan/Jun 2018.
CÔCO, Valdete; PAULINO; Verônica. Políticas Públicas Educacionais: vozes que emergem no trabalho docente na Educação Infantil. Ensaio: Políticas Públicas Educacionais, Rio de Janeiro, v.24, n.92, p.697-718, jul/set. 2016.
CÔCO, Valdete; GALDINO, Renata; VIEIRA, Marle. Trajetórias de formação: perspectivas para a docência na Educação Infantil. Revista Espaço do Currículo, v.10, n.2, p.272-289, mai/ago, 2017.
CÔCO, Valdete; VIEIRA; Maria Nilcéia; GIESEN, Karina. Docência na Educação Infantil: desafios e perspectivas da formação inicial em Pedagogia. Momento: diálogos em educação, v.28, n.1, p.417-435, 2019.
COUTINHO, Angela; CÔCO, Valdete. Políticas de Formação e Políticas Curriculares. Debates em Educação, Maceió, v.14, nº Especial, p.128-148, 2022.
EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a experiência de Reggio Emilia. Porto Alegre: Penso, 2016.
GANDINI, Lella. Conectando-se por meio dos espaços de cuidado e de aprendizagem. In: EDWARDS, Carolyn; GANDINI, Lella; FORMAN, George. As cem linguagens da criança: a experiência de Reggio Emilia em transformação. Porto Alegre: Penso, 2016.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e tećnicas em Pesquisa Social. São Paulo: Editora Atlas, 2008.
HORN, Maria da Graça Souza. Brincar e interagir nos espaços da escola infantil. Porto Alegre: Penso, 2017.
HOSTINS, R.; ROCHADEL, O. Contribuições de Stephen Ball para o campo das políticas educacionais. Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. 23, n. 1, p. 61-84, jan./abr., 2019.
KRAMER, Sonia. A educação como resposta responsável: apontamentos sobre o outro como prioridade. In: FREITAS, Maria (org.). Educação, Arte e vida em Bakhtin. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.
MIQUETTI, Miqueli. Entre a legitimação e a crítica: As disputas acerca da Base Nacional Curricular Comum. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 35, n. 102, e3510221, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbcsoc/a/7NZC9VwjKWZKMv4SPQmTXPJ/?lang=pt. Acesso em: 30 mar. 2023.
PESSOA, Maria Fernanda; VAZ, Daniela; BOTASSIO, Diego. Viés de gênero na escolha profissional no Brasil. Caderno de Pesquisa, São Paulo, v.51, p.1-22, 2021.
STELLA, Paulo. Palavra. In: BRAIT, Beth (org.). Bakhtin – Conceitos-chave. São Paulo: Contexto, 2016, 5ªed.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Luana Manzione Ribeiro, Valdete Côco

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.






