CENAS DE GÊNERO E HETERONORMATIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: entre permanências e mudanças

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/olhares.2024.v12.15441

Palavras-chave:

Gênero, heteronormatividade, educação infantil

Resumo

Essa pesquisa traz cenas e discursos de gênero e heteronormatividade que se articulam com seus respectivos referenciais teóricos. A perspectiva metodológica é qualitativa e partiu das memórias de professora-pesquisadora e também de entrevistas semiestruturadas realizadas com profissionais da educação, tendo como objetivo compreender se/quando o gênero e a heteronormatividade estão na atuação de professoras, auxiliares de educação, gestoras/es e funcionárias/os na Educação Infantil. Observou-se que estas pessoas estão reproduzindo em suas práticas pedagógicas e/ou em seus discursos o binarismo de gênero e os conceitos heteronormativos de controle dos corpos infantis. As professoras que abraçaram a mudança de suas práticas pedagógicas foram em busca de formação continuada. Conclui-se com a necessidade de fomento para formação continuada de docentes em gênero e sexualidade e de novas pesquisas que explorem estas questões de um ponto de vista interseccional na Educação Infantil.

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Biografia do Autor

Cássia Cristiane Lopes de Almeida, Universidade Federal de São Carlos – UFSCar

Pedagoga, Mestra em Educação e Professora de Educação Infantil no Município de Sorocaba.

Vivane Melo de Mendonça, Universidade Federal de São Carlos - UFSCar

Psicóloga, Doutora em Educação, Professora do Departamento de Ciências Humanas e Educação e coordenadora do Núcleo de Estudos de Gênero, Diferenças e Sexualidades (NEGDS) da Universidade Federal de São Carlos, campus Sorocaba.

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Publicado

2024-04-30

Como Citar

Almeida, C. C. L. de ., & Mendonça, V. M. de. (2024). CENAS DE GÊNERO E HETERONORMATIVIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL: entre permanências e mudanças . Olhares: Revista Do Departamento De Educação Da Unifesp, 12(1). https://doi.org/10.34024/olhares.2024.v12.15441

Edição

Seção

SEÇÃO TEMÁTICA: A educação em disputa: Gênero, cruzadas e formas de resistência