O PROJETO DE VIDA É SOBREVIVER: tecnologia, corrupção e fome
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2022.v10.14407Palavras-chave:
Tecnologia educacional, Carência alimentar, Pedagogia conscientizadoraResumo
O objetivo deste texto é refletir e discutir criticamente as relações entre a demanda tecnológica frente ao cenário educacional “pós-pandemia” com o ensino remoto diante das gritantes necessidades básicas enfrentadas por crianças e jovens em fase escolar da educação básica e como correntes sombrias no cenário contemporâneo político do Brasil têm despendido grande energia em aumentar os vários fossos existentes entre a realidade e uma oferta de projeto de vida que se aproxime da dignidade e esperança que estes precisam e merecem. Tal discussão é pautada por uma metodologia de base qualitativa e de perspectiva interpretativista (GIL, 2010, LAKATOS e MARCONI, 2003). Apresenta também características da pesquisa documental, pois baseia-se na análise de documentos públicos, tais como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e o Mapa da Nova Pobreza elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),dentre outros. Para consubstanciar o estudo, também lançamos mão de dados oriundos de reportagens de veículos de grande circulação como a Revista Veja. Aponta alguns problemas e desafios nessa jornada entre o que se tem e o que se espera dessa relação entre estudante, currículo e futuro, relata como a política tem colaborado pouco para qualquer melhoria e, nesse sentido conclui que, na balança de responsabilidades, o lado do professor pesa bastante no que tange ser protagonista de uma necessária revolução em prol da autonomia e ruptura, dele e dos futuros cabeças ou caudas da sociedade.
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