Por uma formação inicial de professores(as) de Moçambique na perspectiva freiriana: possibilidades e limites
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2021.v9.12547Palavras-chave:
Formação inicial de professores, Ação-reflexão-ação, Diálogo, MoçambiqueResumo
Este artigo apresenta resultados de uma investigação que teve como objetivo examinar o atual estado da formação inicial de professores de Moçambique, com vistas a sugerir reformulações baseadas na proposta freiriana de educação. Com relação aos procedimentos metodológicos, optou-se pela abordagem qualitativa, com ênfase na investigação temática de Paulo Freire. A coleta de dados foi realizada por meio do Círculo de Cultura freiriano. Foram sujeitos desta pesquisa sete alunos e cinco alunas do Instituto de Formação de Professores de Inhamizua, no Município da Beira de Moçambique. A análise dos dados foi realizada pela técnica de Análise de Conteúdo temático-categorial. Os resultados permitiram concluir que a formação inicial de professores de Moçambique ainda se encontra norteada pelos princípios de uma educação bancária, o que obstaculiza a autonomia intelectual do(a) educando(a). Assim, inferiu-se que as práticas docentes moçambicanas não favorecem uma reflexão crítica sobre a prática de educadores(as) e educandos(as). Concluiu-se, portanto, que será preciso investir em formações continuadas que possibilitem uma práxis educativa crítico-reflexiva, por meio de uma pedagogia dialógica.
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