Ensinar exige colaboração: uma interface entre Paulo Freire e a educação inclusiva na perspectiva do ensino colaborativo
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2021.v9.12351Palavras-chave:
Ensino colaborativo, Inédito viável, Formação docenteResumo
O presente artigo se relaciona às experiências de formação docente inclusiva na perspectiva do Ensino Colaborativo desenvolvidas pelo LaIFE – Laboratório de Inclusão, Formação Cultural e Educação, vinculado à Universidade Federal Fluminense - UFF. Trata-se de um recorte do projeto de pesquisa e extensão, que ocorreu na modalidade remota, em razão da pandemia da Covid-19, que ascende a formação de professores fundada na relação com a práxis, contextualizada e dialógica, que articula saberes científicos, pedagógicos e da experiência. Embasadas pelo referencial da Teoria Crítica e da pedagogia freiriana, neste texto, nos lançamos ao desafio de elaborar tessituras com os conceitos de ensino colaborativo e inédito viável, almejando o fortalecimento do processo de ruptura com as práticas pedagógicas excludentes, rumo à inclusão. Sustentadas pelo aporte teórico, privilegiamos narrativas abrindo espaço às experiências vividas registradas no caderno memorial, que toma por corpus os relatos de experiências registrados ao longo do curso de formação. A análise dos dados visa destacar os vínculos que se entretecem entre a compreensão do ensino colaborativo com o inédito viável e, assim, apreender e problematizar seus sentidos, bem como iluminar suas potencialidades no contexto da inclusão escolar. Os resultados apontam que precisamos avançar na formação inicial e continuada na perspectiva do ensino colaborativo como um inédito viável, buscando os enredamentos de formação humana calcada na sensibilidade e no tensionamento da cultura em prol do direito de todos à educação.
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