A civilização “insustentável” em situação de pandemia de COVID-19: perspectivas de educadores

Autores

  • Rita Barcelos da Silva Faculdade Vale do Cricaré, São Mateus, ES
  • Michell Pedruzzi Mendes Araújo Universidade Federal do Espírito Santo
  • Viviana Borges Corte Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10685

Palavras-chave:

Lixo; Consumo; Desmatamento; Covid-19; Sustentabilidade.

Resumo

Nas últimas décadas, a sociedade vem apresentando uma postura de consumo excessivo, irresponsável e “insustentável”. Com isso, os resíduos acabam sendo descartados de maneira prejudicial ao meio ambiente. Observa-se pouco comprometimento das pessoas com as questões ambientais, mesmo em situações de pandemia, quando se torna evidente que a saúde de toda a população do mundo depende diretamente das boas relações que mantemos com o meio ambiente. Os desastres ecológicos podem ser irreversíveis se mantidas atitudes descomprometidas com o bem-estar, em longo prazo. Neste aspecto, este artigo tem por objetivo tecer reflexões sobre como a sociedade tem se comportado frente à pandemia de Coronavírus, em relação aos modos de consumo e ao desmatamento, bem como apontar a pertinência da coleta seletiva e a opção por materiais biodegradáveis. Esse estudo tem caráter qualitativo, e se configura como um estudo bibliográfico acerca da pandemia de Covid-19 e seus desdobramentos à população humana. Mediante este cenário, é importante salutar que as pessoas tenham novas perspectivas em relação ao padrão de consumo, atitudes em prol do meio ambiente, e discernimento ao utilizar as mídias sociais existentes e propagar informações para a sensibilização das outras pessoas.

 

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Biografia do Autor

Rita Barcelos da Silva, Faculdade Vale do Cricaré, São Mateus, ES

Mestre em Ciência, Tecnologia e Educação - Faculdade Vale do Cricaré - São Mateus ES. 2019. Professora de língua portuguesa da rede Estadual de Educação do Espírito Santo. 

Michell Pedruzzi Mendes Araújo, Universidade Federal do Espírito Santo

Possui graduação em CIÊNCIAS BIOLÓGICAS pela Universidade Federal do Espírito Santo (2011), graduação em PEDAGOGIA pelo Centro Universitário de Maringá (2020), MESTRADO em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (2014)- Capes 5 e DOUTORADO em Educação pela Universidade Federal do Espírito Santo (2020)- Capes 5. Atualmente é professor adjunto da Universidade Federal de Goiás.

Viviana Borges Corte, Universidade Federal do Espírito Santo

Professora associada no Departamento de Ciências Biológicas na Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Professora permanente no Programa de Pós-graduação em Biologia Vegetal (PPGBV/UFES) e no PROFBIO - mestrado Profissional em Ensino de Biologia em Rede Nacional NO. 32001010175P5. Atua como professora nas disciplinas relacionadas a Fisiologia e Ecofisiologia Vegetal, Germinação de sementes, Propagação Vegetal e Divulgação Científica. Tem experiência na área de Botânica, com ênfase em Ecofisiologia Vegetal, atuando principalmente nos seguintes temas: ecofisiologia, sementes florestais, alelopatia, conservação, meio ambiente. Tem experiência na educação básica com a formação de professores e dedica-se à pesquisa na área da Educação com foco no Ensino de Ciências e Biologia e a divulgação científica. 

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Publicado

30-07-2020

Como Citar

Silva, R. B. da, Araújo, M. P. M., & Corte, V. B. (2020). A civilização “insustentável” em situação de pandemia de COVID-19: perspectivas de educadores. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 15(4), 80–94. https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10685

Edição

Seção

Edição Especial
Recebido: 2020-05-25
Aceito: 2020-07-26
Publicado: 2020-07-30

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