Relações étnico-raciais e educação linguística em língua inglesa

Por uma educação não envenenada

Autores

  • Daniel de Mello Ferraz Universidade de São Paulo
  • Thalita Cunha Rezende Massini Universidade Federal do Espírito Santo

DOI:

https://doi.org/10.34024/olhares.2019.v7.847

Palavras-chave:

relações étnico-raciais, educação linguística, ensino fundamental público

Resumo

Este artigo problematiza dados de uma pesquisa de Iniciação Científica Júnior desenvolvida por estudantes de ensino fundamental II em uma escola pública do Espírito Santo. Inserida no campo da Linguística Aplicada Crítica (PENNYCOOK, 2010) e da Educação Linguística (MONTE MÓR, 2018), buscou compreender como as relações étnico-raciais são construídas por meio da linguagem. Para tanto, convidamos atores do cotidiano escolar a participarem do estudo que teve como instrumentos de coleta de dados questionários, entrevistas e notas de campo. A discussão dos dados apontou que o racismo é presente no cotidiano escolar e o silenciamento do debate institucional é comum. Com base na metáfora de Munanga (2005), questionamos uma “educação envenenada” em relação às questões étnico-raciais.

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Biografia do Autor

Daniel de Mello Ferraz, Universidade de São Paulo

É professor do Departamento de Letras Modernas e do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos e Literários em Inglês da Universidade de São Paulo

Thalita Cunha Rezende Massini, Universidade Federal do Espírito Santo

Thalita Rezende è doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Linguística da Universidade Federal do Espírito Santo. É Mestre Pela Universidade Federal de Viçosa e Professora de Rede Municipal de Ensino de Vitória

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Publicado

2019-11-25

Como Citar

Ferraz, D. de M., & Massini, T. C. R. (2019). Relações étnico-raciais e educação linguística em língua inglesa: Por uma educação não envenenada. Olhares: Revista Do Departamento De Educação Da Unifesp, 7(2), 16–32. https://doi.org/10.34024/olhares.2019.v7.847