ENTRE A DANÇA E A INTERSECCIONALIDADE: maternidade solo frente às relações raciais
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2025.v13.19472Palavras-chave:
gênero, educação racial, mãe soloResumo
Este artigo é um desdobramento da pesquisa de mestrado “Mães que dançam sozinhas: a experiência de mães solo artistas da dança”, investiga a vida de três mães solo que atuam como artistas da dança. A pesquisa utilizou a metodologia de História Oral de Vida, que se baseia nas narrativas pessoais construídas a partir das experiências e memórias do sujeito. Ao valorizar a memória, essa abordagem fortalece identidades e promove a formação de uma consciência comunitária. O trabalho destacou a diversidade de experiências dentro da categoria "mãe solo", abordando questões de interseccionalidade e criticando a divisão sexual do trabalho, que impõe às mulheres o duplo papel de cuidadoras e provedoras. O artigo destaca as histórias de: Maria, 44 anos, é mãe de uma menina de 7 anos e servidora pública, professora de dança de salão e produtora cultural. Maria se identifica como uma mulher negra. Olga, 36 anos, é mãe de um menino de 7 anos. Formada na área de marketing, bailarina e dançarina, Olga se identifica como uma mulher negra. Ilza, 30 anos, é mãe de um menino de 8 anos. Formada em dança, profissionalizou-se como bailarina. Ilza é uma pessoa indígena. As experiências de racismo e preconceito desde a infância trouxeram impactos para a criação dos filhos e a construção de identidades raciais dessas mulheres. O estudo também explorou como a educação racial e a conscientização das identidades influenciam a criação dos filhos, enfatizando a importância da inclusão e do reconhecimento das diversas experiências vividas por essas mulheres.
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