AFRICANIDADES NA LITERATURA INFANTIL E JUVENIL: novos rumos no mercado editorial brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.34024/olhares.2025.v13.19319Palavras-chave:
literatura infantil e juvenil, Lei 10.639/2003, mercado editorial, materialidade do impresso, decolonialidadeResumo
O presente artigo propõe apresentar resultados de uma ampla pesquisa de seleção e catalogação de uma recente produção literária infantil e juvenil que aborda temas relacionados às culturas africanas e afro-diaspóricas. O recorte temporal do estudo compreende de 2000 a 2024, pela proximidade com a promulgação da Lei 10.639/03 e em alusão aos vinte anos de seus desdobramentos, especialmente no mercado editorial brasileiro. Dialoga com pressupostos teóricos dos estudos decoloniais e adota como metodologia categorias da materialidade do impresso, apresentando aspectos inerentes à produção e circulação dessas obras. A pesquisa evidencia a importância dessas edições, numa perspectiva crítica à produção etnocêntrica de conhecimento, como uma literatura insurgente que não somente positiva outras culturas, mas enquanto edições que combatem o racismo epistêmico que nos leva a repensar a história, os currículos e as práticas enraizadas em matrizes de pensamento euro-ocidental.
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