Literatura e Arte sobre o Cuidar em Neurologia
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2012.v20.8315Palavras-chave:
Neurologia, Assistência Centrada no Paciente, HumanismoResumo
As pessoas são diferentes, entretanto a dignidade é a mesma. A arte de cuidar assim como as verdadeiras obras-primas não muda nem envelhece, pelo contrário, torna-se fortificada e incandescente diante da atual e asfixiada relação entre os personagens, médico-paciente. Objetivo. Promover, diante de relatos históricos, uma discussão provocativa acerca da arte de cuidar em neurologia, que com o passar do tempo tornou-se turbilhonada e diluída diante de interesses vários e, principalmente da miséria nas relações humanas. Método. Revisão da literatura com artigos das bases Medline, SciELO, Cochrane e Lilacs, de 1939-2011. Discussão. Acredita-se que as diretrizes curriculares para o ensino médico no Brasil devem estimular práticas que promovam um olhar e atitude mais humanizada, mais próximas das necessidades da população. Em se tratando da neurologia faz-se necessário que tais ações proporcionem, de igual modo, mudanças e a criação de um modelo relacionado à abordagem e atitudes frente aos pacientes. Conclusão. Relatos históricos, expressados na arte e na pintura, enalteceram o cuidar médico. Em vista disso, estratégias que possibilitem melhoria do contato humano entre médico-paciente devem estimular a criação de um arcabouço alicerçado em espaços de comunicação permanentes e um completo entendimento sobre os problemas e fragilidade dos que padecem.
Downloads
Métricas
Referências
Tapajós R. Introducing the arts into medical curricula. Interface-Comunic, Saude, Educ 2002;6:27-36.
Moreno VJ. Locos, enanos, negros y niños palaciegos. Gentes de placer que tuvieron los Austrias en la corte española desde 1563 a 1700. México: Presencia; 1939, 146p.
Marshall PA, O’Keefe JP. Medical students’ first-person narratives of a patient’s story of AIDS. Soc Sci Med 1995; 40:67-76. http://dx.doi.org/10.1016/0277-9536(94)00128-G
Wilson HS. A case for humanities in professional nursing education. Nurs. Forum 1974;13:406-17. http://dx.doi.org/10.1111/j.1744-6198.1974.tb00077.x
Pires PR. Hélio Pellegrino: A paixão indignada. Rio de Janeiro. Relume-Dumará: Prefeitura 1998 (Perfis do Rio), 122p.
Silva LWS, Nazario NO, Silva DS. Arte na enfermagem: iniciando um diálogo reflexivo. Texto Contexto Enferm 2005;14:120-3.
Orsini M, De Freitas MRG, Carvalho LB. Frida Kahlo: a arte como desafio à deficiência e à dor, com enfoque na poliomielite anterior aguda. Rev Bras Neurol 2008;44:5-12.
Filho VPD, Sá FC. O cuidado na prática médica. O Mundo da Saúde 2009;33:189-94.
Schlesinger AM Jr. The Age of Roosevelt. 3 volumes: 1. The crisis of the old order, 1919-1933; 2. The coming of the New Deal; 3. The politics of upheaval. Boston: Houghton Mifflin Co., 1957-1960.
Goodfield J. Valor ante la adversidad. Salud Mundial 1995;48(1):24-5.
Garrido EM. Psicologia do Encontro. São Paulo: Duas Cidades, 1996, 78p.
Ramos-Cerqueira ATA. Era uma vez... contos de fadas e psicodrama auxiliando alunos na conclusão do curso médico. Interface (Botucatu). [online]. 2005;9(16):81-9.
Dantas MSA, Collet N, Moura FM, Torquato IMB. Impacto do diagnóstico de paralisia cerebral para a família. Texto Contexto Enferm 2010;19:229-37. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072010000200003
Budrys V. Neurological deficits in the life and works of Frida Kahlo. Eur Neurol 2006;55:4-10. http://dx.doi.org/10.1159/000091136
Cano de la Cuerda R, Collado-Vázquez S. Deficiencia, discapacidad, neurología y arte. Rev Neurol 2010;51:108-116.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Publicado: 2012-03-31