Observação de aves e da biodiversidade durante a pandemia pelo SARS-COV-2: uma ressignificação?

Autores

  • Maristela Benites Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo
  • Simone Mamede Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo
  • Maria Angélica Cardoso Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Icléia Albuquerque de Vargas Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10867

Palavras-chave:

Biodiversidade urbana; Biophilia; Capitalismo; Práticas pedagógicas; Quintal.

Resumo

A observação de aves livres contempla perfis plurais de observadores. Em virtude da pandemia provocada pelo Sars-CoV-2 novos comportamentos e relações sociais, que incluem distanciamento social, foram requerimentos, obrigando a enxergar a vida de outra forma e a buscar soluções de amenidade. Este trabalho objetivou reunir e discutir algumas ações e iniciativas individuais e coletivas para a prática da observação de aves e da biodiversidade em casa. No período de março a maio de 2020, foram desenvolvidas ações por meio do projeto “Meu quintal é maior do que o mundo”, e um dia de observação de aves durante o evento “Global Big Day”. O alento de poder enxergar e sentir a vida pulsante ao nosso redor não deve nos alienar dos fatos sobre a perda de vidas humanas e o aprofundamento da crise do capitalismo neste tempo pandêmico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maristela Benites, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo

Programa de pós-graduação em ensino de ciências, UFMS.

Simone Mamede, Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo

Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo.

Maria Angélica Cardoso, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Icléia Albuquerque de Vargas, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Instituto Mamede de Pesquisa Ambiental e Ecoturismo

Programa de pós-graduação em Ensino de Ciências, Instituto de Física, UFMS

Referências

ANTUNES, R. Coronavírus: o trabalho sob fogo cruzado. São Paulo: Boitempo editorial, 2020. 51p.

BARNOSKY, A.D. et al. Has the Earth’s sixth mass extinction already arrived? Nature, Londres, v. 471, n. 7336, p. 51-57, 2011.

BARROS, M. O meu quintal é maior do que o mundo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2015. Disponível em: <https://issuu.com/oitto8/docs/meu_quintal_e_maior_que_o_mundo_-_m>. Acesso em: 20 mai. 2020.

BENITES, M.; MAMEDE, B. Mamíferos e aves como instrumentos de educação e conservação ambiental em corredores de biodiversidade do Cerrado, Brasil. Mastozoología neotropical, Buenos Aires, v. 15, n. 2, p. 261-271, 2008.

BENITES, M. et al. Guia de aves de Campo Grande: áreas verdes. Campo Grande: ABF, 2014. 104p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Senado Federal, 1988. 386p.

HEINSCH, M. Getting down to earth: Finding a place for nature in social work practice. International Journal of Social Welfare, v.21, n.3, p. 309-318, 2012.

HOFF, S. Filosofia da educação. Campo Grande: Ed. UFMS, 2002. 96p.

LUKACS, G. Ensaios sobre literatura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968. 250p.

MAMEDE, S. et al. Ecoturismo na região turística Caminho dos Ipês: conexões entre identidade biofílica e usufruto dos serviços ecossistêmicos. Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v. 10, n. 4, p. 938-957, 2017.

MAMEDE, S.; BENITES, M. Por que Campo Grande é a capital brasileira do turismo de observação de aves e propostas para o fortalecimento da cultura local em relação a esta prática. Atualidades Ornitológicas, Ivaiporã, n. 201, p. 8-15, 2018.

MAMEDE, S; BENITES, M. Identificação e mapeamento dos hostspots para a observação de aves com base em indicadores socioambientais: roteirização turística de Campo Grande (MS). Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 409-434, 2020.

MARX, K. Manuscritos Economia y Filosofia. 11ª ed. Madri: Alianza Editorial, 1985.

MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto do partido comunista. São Paulo: Escala, 2007. 91p.

MILLENNIUM ECOSYSTEM ASSESSMENT. Ecosystems and human well-being: synthesis. Island Press: Washington, DC. 2005.155p. Disponível em: <https://www.millenniumassessment.org/documents/document.356.aspx.pdf>. Acesso em: 03 mai. 2020.

PIACENTINI, V.Q. et al. Annotated checklist of the birds of Brazil by the Brazilian Ornithological Records Committee / Lista comentada das aves do Brasil pelo Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos. Revista Brasileira de Ornitologia, Belém, v. 23, n. 2, p. 91-298, 2015.

SANTOS, B.S. A cruel pedagogia do vírus. São Paulo: Boitempo Editorial, 2020. 50p.

SBP - SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Grupo de Trabalho Saúde e Natureza. Manual de orientação benefícios da natureza no desenvolvimento de crianças e adolescentes. SBP, 2019. Disponível em: <https://www.sbp.com.br/fileadmin/user_upload/manual_orientacao_sbp_cen.pdf>. Acesso em: 20 mai. 2020.

TUAN, Y.F. A perspectiva da experiência. Londrina: Eduel, 2015. 248p.

WATERS, C.N. et al. The Anthropocene is functionally and stratigraphically distinct from the Holocene. Science, Washington, v. 351, n. 6269, p. 1-10, 2016.

WILSON, E.O. Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova fronteira, 1997.

WWF. World Wide Fund For Nature. Living planet report 2016: risk and resilience in a new era. Disponível em:<https://wwfeu.awsassets.panda.org/downloads/lpr_2016_full_report_low_res.pdf>. Acesso em: 21 mai. 2020.

WWF. World Wide Fund For Nature. Living planet report 2018: aiming higher. Grooten, M. and Almond, R. E. A. (Eds). WWF, Gland, Switzerland. 2018. Disponível em: <https://wwf.panda.org/knowledge_hub/all_publications/living_planet_report_2018/>. Acesso em: 21 mai. 2020.

Downloads

Publicado

06-08-2020

Como Citar

Benites, M. ., Mamede, S., Cardoso, M. A., & Vargas, I. A. de. (2020). Observação de aves e da biodiversidade durante a pandemia pelo SARS-COV-2: uma ressignificação? . Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 15(4), 589–609. https://doi.org/10.34024/revbea.2020.v15.10867

Edição

Seção

Edição Especial
Recebido: 2020-07-01
Aceito: 2020-07-26
Publicado: 2020-08-06