O livre arbitrário em Duns Scoto

A possibilidade de escolha

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/prometeica.2024.30.16374

Palavras-chave:

autodeterminação, vontade, liberdade, eleição, razão

Resumo

Este trabalho visa aprofundar o conceito de liberdade como autodeterminação da vontade em Juan Duns Escoto. O problema da escolha é interpretado a partir de uma leitura da ética aristotélica que privilegia um ponto de vista centrado no fato de que a razão é o que direciona adequadamente a escolha, que é entendida como desejo racional. Porém, surge o problema de até que ponto, então, seria realmente uma escolha livre, uma vez que, quando o objeto do desejo é mostrado ao intelecto, este não poderia negá-lo se fosse racional, então a escolha seria determinada por desejo próprio, natureza racional. Nesse sentido, não podendo ir contra a própria racionalidade, ainda, a limitação não seria entendida num sentido negativo, mas sim como coerência. Para Scotus, pelo contrário, a liberdade é constituída principalmente pela possibilidade de escolher qualquer um dos opostos, e mesmo de fazê-lo no momento da escolha. Ou seja, a vontade mantém sempre a possibilidade de escolha a cada momento. Assim, a liberdade seria entendida como autodeterminação da vontade.

Métricas

Carregando Métricas ...

Biografia do Autor

  • Jean Luis Arana Alencastre, Universidad de Ciencias y Artes de América Latina

    Licenciado y Magister en filosofía por la Pontificia Universidad Católica del Perú. Docente de Filosofía en la Universidad de Lima. Docente e investigador de la Universidad de Ciencias y Artes de América Latina y de la Universidad Tecnológica del Perú (UTP).  Investigador miembro de la Sociedad para el Estudio de la Filosofía Medieval (SIEPM), de la Red Latinoamericana de Filosofía Medieval (RLFM) y del grupo Scholastica Colonialis de la Pontificia Universidad Católica del Perú. Ha realizado artículos en torno a la filosofía clásica, medieval y barroca. Asimismo, ha participado en distintos congresos y simposios en Perú, Argentina, Brasil, Colombia y México. Coordinador de Perú de la RLFM y Editor en Jefe de las revistas RCA de UCAL y Bitácora Journal de Toulouse Lautrec.

Referências

Agustín de Hipona. Tratado sobre la Santísima Trinidad. Edición Bilingüe Tomo V. Primera edición española, introducción y notas del padre. Fr. Luis Arias O.S.A. Segunda Edición. Madrid: Biblioteca de Autores Cristianos, 1956.

Agustín de Hipona,De Trinitate, X, 9, 12 y X, 10, 13. Sigo la traducción de L. Arias, Madrid: BAC, 2006

Agustín de Hipona, De libero arbitrio, III, 3, 8. Sigo la traducción de E. Seijas, Madrid: BAC, 1982.

Aristotle., & Calvo Martínez, T. (1994). Metafísica. Gredos.

Aristóteles, 384-322 a. C. (1985). Etica Nicomáquea; Etica Eudemia. Gredos.

Bernecker, Sven & Duncan, Pritchard, The Routledge companion to epistemology, London & New York, Routledge, Taylor and Francis Group, 2011.

Bett, Richard, The Cambridge companion to Ancient Escepticism, Cambridge, Cambridge University Press, 2010.

Carry, Phillip. Inner Grace. Augustine in the Traditions of Plato and Paul. Oxford: Oxford University Press, 2008.

De Garay, Jesús. La voluntad en Duns Escoto: continuidad y ruptura con Aristóteles. Claridades. Revista de filosofía 13/1 (2021), pp. 67-97. ISSN: 1889-6855

De Garay, J. (2021). The will in Duns Escoto: continuity and break with Aristotle. Revista de Filosofía, 13(1), 67–97.

González-Ayesta, C. (2008). Scotus’ Interpretation of the Difference between Voluntas ut Natura and Voluntas ut Voluntas. Franciscan Studies, 66(1), 371–412. https://doi.org/10.1353/frc.0.0005

Escoto, J. (1985). Tratado del Primer Principio. Madrid: SARPE.

González-Ayesta, C. (2008). Scotus’ Interpretation of the Difference between Voluntas ut Natura and Voluntas ut Voluntas. Franciscan Studies 66, 371-412. https://doi.org/10.1353/frc.0.0005.

Larre, O. L. (2020). The Metaphysics of Creation of Duns Scotus: The Intellectus Divine of Locus of the Possibile. Revista Latinoamericana de Filosofia, 46(2), 235–251. https://doi.org/10.36446/rlf2020146

Saranyana, J.-Ignasi. (2000). La filosofía medieval desde sus orígenes patrísticos hasta la escolástica barroca (2a. ed.). EUNSA.

Vargas, J. C. (2020). “On the ‘presence’ of the object of knowledge in duns scotus’’.” Arete, 32(1), 219–239. https://doi.org/10.18800/ARETE.202001.009

Publicado

2024-07-08

Como Citar

Arana Alencastre, J. L. (2024). O livre arbitrário em Duns Scoto: A possibilidade de escolha. Prometeica - Revista De Filosofia E Ciências, 30, 82-91. https://doi.org/10.34024/prometeica.2024.30.16374
Recebido 2024-02-25
Aprovado 2024-06-09
Publicado 2024-07-08