The Moxihatëtë Thëpë and Mathematics Education?

Authors

DOI:

https://doi.org/10.34024/prometeica.2023.27.15327

Keywords:

decoloniality, Yanomami, indigenous education, teacher education

Abstract

The Amazon forest is a space disputed by different actors, who have different ways of understanding and relationships with the forest. These differences are tensioned because of the one hand, the land and its natural beings are understood as 'resources' that can be exploited according to a private logic, on the other hand, for the Moxihatëtë thëpë people of the Amazon - Yanomami people-, human beings are cohabitants of the forest-land, understood as a living being composed of countless living beings. The human beings do not have ontological privileges in relation to other beings. Thus, from the emergency and humanitarian measure decreed to safeguard the Yanomami people, due to the effects of illegal mining exploitation, aggravated during the last four years by the contempt of the public power. The purpose of this writing is to 'denounce' colonialist discourses that permeate Mathematics Education as a research field in order to 'announce', in the Freirian sense (1997), decolonial ways of practicing mathematics research and teaching that promote social justice and other relations with Mother Earth. This interest comes from our place as Latin American women, as mathematics educators and teacher in the Intercultural Education for Indigenous Educators (UFMG), Education of the Field (UFMG), Degree in Pedagogy (UFMG/FEUSP), Integrated in Science, Mathematics and Languages (UFPA) and Degree in Mathematics (UFMG/FEUSP). We put the Yanomami health and humanitarian crisis in the focus of Mathematics Education, because we understand the importance of the field to choose life, the struggle, and the resistance of the forest people that suffer until today with the pattern of power instituted by modernity/coloniality. We problematize the invisibilization of native peoples' knowledge about the forest in the curriculum of Mathematics - schools and universities - since this invisibilization contributes to the maintenance of capitalist economic policies that are based on the dichotomy between humans and other beings of nature. We elect the Bem Viver -Good Living- of the forest indigenous people as a different ontological, economic, social, and educational policy that promotes the decolonization of the imperialist ways of occupying Mother Earth and of producing knowledge.

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Author Biographies

Michela Tuchapesk da Silva, Universidade de São Paulo

Docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e do Programa de Pós-Graduação em Educação na área de concentração Educação Científica, Matemática e Tecnológica. Possui graduação em Licenciatura em Matemática pela Universidade Federal de São Carlos (2001), mestrado em Educação Matemática pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2004), doutorado pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2014) e pós-doutorado na Universidade Federal de São Carlos (2016). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Educação Matemática, atuando principalmente nos seguintes temas: educação matemática, formação de professores de matemática, processos de subjetivação, autonomia e cuidado de si na perspectiva foucaultiana, cartografia e tendências na relação escola-família-matemática.

Carolina Tamayo, Universidade Federal de Minas Gerais

Licenciada em Matemática pela Universidad de Antioquia -Medellín, Colômbia- (2010). Mestrado em Educação pela Universidad de Antioquia -Medellín, Colômbia- (2012) e Doutorado em Educação pela Universidade Estadual de Campinas (2017). Professora da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Integrante do Grupo de Pesquisa e Estudo inSURgir da UFMG e do Grupo de Pesquisa Educação, Linguagem e Práticas Culturais -Phala- da Universidade Estadual de Campinas. Coordenadora do Doutorado Latino-Americano em Educação: Políticas Públicas e Profissão Docente da UFMG. Professora em nível de mestrado e doutorado junto ao Programa de Pós-graduação em Conhecimento e Inclusão Social da UFMG. Linhas de pesquisa: Etnomatemática; Educação Matemática e Diversidade e Cultura e, Filosofia da Educação Matemática. Os principais autores de referência que constituem o campo de diálogo para o desenvolvimento das minhas investigações são Ludwig Wittgenstein e Jacques Derrida. Coordenadora para América do Sul da Red Internacional de Etnomatemática. Membro do Comitê Editorial da Revista Latinoamericana de Etnomatemática.

Elizabeth Gomes Souza, Universidade Federal do Pará

Professora Adjunta do Instituto de Educação Matemática e Científica - UFPA. Doutora em Ensino, Filosofia e História das Ciências (2012) pelo Programa de Pós-Graduação em Ensino, Filosofia e História das Ciências da Universidade Federal da Bahia e Universidade Estadual de Feira de Santana. É mestre em Educaçao Matemática (Abril-2007) pela Universidade Federal do Pará, onde graduou-se em Licenciatura Plena em Matemática (2004). Vice-líder do Grupo de Pesquisa em Modelagem Matemática-(GEMM-UFPA). Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas-IEMCI_UFPA. Pesquisa sobre práticas matemáticas decoloniais, modelagem matemática e filosofia da linguagem e suas implicações éticas, politicas, conceituais, estéticas, ambientais, jurídicas, sociais, econômicas, etc., para o campo da Educação ( Matemática). Coordena o Grupo de Trabalho de Modelagem Matemática da Sociedade Brasileira de Educação Matemática da Sociedade Brasileira de Educação Matemática (SBEM)-Brasil (2022-2024)

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Published

2023-07-27

How to Cite

Tuchapesk da Silva, M. ., Tamayo, C. ., & Gomes Souza, E. . (2023). The Moxihatëtë Thëpë and Mathematics Education?. Prometeica - Journal of Philosophy and Science, (27), 421–442. https://doi.org/10.34024/prometeica.2023.27.15327
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