Efeito modulador da interface EMG-FES na abertura de mão em indivíduos após AVC

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.10920

Palavras-chave:

Acidente Vascular Cerebral, Eletromiografia, Estimulação Elétrica Funcional, Reabilitação

Resumo

Objetivo. A eletromiografia (EMG) capta ativação do motoneurônio e aciona a estimulação elétrica funcional (FES) promove contração muscular que mimetiza ativação muscular e promove neuroplasticidade. A interface EMG-FES é a interação de ambos os dispositivos, seu uso no presente estudo tem como objetivo verificar seu efeito modulador na abertura da mão em participantes pós–acidente vascular cerebral (AVC). Método. Foram realizadas 4 avaliações: (1) antes da intervenção, (2) após 8 sessões, (3) após 16 sessões e (4) acompanhamento após 15 dias da última intervenção. Foram feitas EMG de superfície nos músculos: (i) extensores de dedos, (ii) extensor do indicador, (iii) abdutor do polegar e (iv) flexor dos dedos. Foram realizadas 8 ou 16 sessões de ~30 minutos de duração de aplicação da interface EMG-FES nos músculos extensores de dedos.  Resultados. Foram contatados 431 e selecionados 4 participantes para o protocolo. Em dois dos participantes foram realizadas 8 sessões e nos outros dois, 16. A EMG registrou aumento do sinal e a taxa de disparo neural dos músculos avaliados na segunda e terceira avaliação, respectivamente. Nas avaliações seguintes houve diminuição dos valores, exceto nos músculos flexores dos dedos. Conclusão. A interface EMG-FES indicou que funciona para aumentar a ativação muscular e a taxa de disparo neural. Na avaliação de acompanhamento houve regressão dos valores, indicando melhora apenas a curto prazo. Para otimização da aplicação da interface EMG-FES sugere-se associá-la à exercícios resistidos e/ou terapia espelho.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Delboni MCC, Malengo PCM, Schmidt EPR. Relação entre os aspectos das alterações funcionais e seu impacto na qualidade de vida das pessoas com sequelas de Acidente Vascular Encefálico (AVC). O Mundo da Saúde 2010;35:165-75. https://doi.org/10.15343/0104-7809.20102165175

Balasubramanian S, Garcia-Cossio E, Birbaumer N, Burdet E, Ramos-Murguialday A. Is EMG a Viable Alternative to BCI for Detecting Movement Intention in Severe Stroke? IEEE Trans Biomed Eng 2018;65:2790-7. https://doi.org/10.1109/tbme.2018.2817688

Ambrosini E, Ferrante S, Zajc J, Bulgheroni M, Baccinelli W, d'Amico E, et al. The combined action of a passive exoskeleton and an EMG-controlled neuroprosthesis for upper limb stroke rehabilitation: first results of the RETRAINER project. International Conference on Rehabilitation Robotics (ICORR) 2017, p. 56–61. https://doi.org/10.1109/icorr.2017.8009221

Krueger-Beck E, Scheeren EM, Neto GNN, Button VLSN, Nohama P. Efeitos da estimulação elétrica funcional no controle neuromuscular artificial. Rev Neurocienc 2011;19:530-41. https://doi.org/10.4181/rnc.2010.06ip.11

Camona C, Wilkins KB, Drogos J, Sullivan JE, Dewald JPA, Yao J. Improving hand function of severely impaired chronic hemiparetic stroke individuals using task-specific training with the rein-hand system: a case series. Front Neurol 2018;9:923. https://doi.org/10.3389/fneur.2018.00923

Bae S, Kim KY. Dual-afferent sensory input training for voluntary movement after stroke: a pilot randomized controlled study. NeuroRehabil 2017;40:293-300. https://doi.org/10.3233/nre-161417

Persch AC, Gugiu PC, Velozo CA, Page SJ. Rasch analysis of the wrist and hand fugl-meyer. J Neurol Phys Ther 2015;39:185-92. https://doi.org/10.1097/npt.0000000000000096

Jovanovic LI, Desai N, Marquez-Chin C. Restoration of upper limb voluntary motor function in chronic severe hemiplegia using a brain-computer interface-triggered functional electrical stimulation therapy. IEEE International Conference on Systems, Man and Cybernetics (SMC) 2019, Bari, p.1292–7. https://doi.org/10.1109/smc.2019.8914024

Fiusa JM, Yonamine GS, Fumagali GLC, Moraes GF, Nohama P, Krueger E. The Muscle-Machine Interface After Stroke in Improvement of Hand Extension: Case Report. Commun Comput Inf Sci 2019;1068:249-57. https://doi.org/10.1007/978-3-030-36636-018

Marquez-Chin C, Marquis A, Popovic MR. EEG-Triggered Functional Electrical Stimulation Therapy for Restoring Upper Limb Function in Chronic Stroke with Severe Hemiplegia. Case Rep Neurol Med 2016;2016:1-11. http://dx.doi.org/10.1155/2016/9146213

Chuang LL, Chen YL, Chen CC, Li YC, Wong AMK, Hsu AL, et al. Effect of EMG-triggered neuromuscular electrical stimulation with bilateral arm training on hemiplegic shoulder pain and arm function after stroke: A randomized controlled trial. J Neuroeng Rehabil 2017;14:1-12. https://doi.org/10.1186/s12984-017-0332-0

Veldema J, Jansen P. Resistance training in stroke rehabilitation: systematic review and meta-analysis. Clin Rehabil 2020;34:1173-97. https://doi.org/10.1177/0269215520932964

Magalhães CRM, Vasco A. Efeito da Terapia de Espelho na reabilitação de pacientes com sequelas de Acidente Vascular Encefálico : Uma revisão bibliográfica (Tese). Porto: Universidade Fernando Pessoa, 2017. http://hdl.handle.net/10284/6288

Nagappan PG, Chen H, Wang DY. Neuroregeneration and plasticity: a review of the physiological mechanisms for achieving functional recovery postinjury. Mil Med Res 2020;7:30. https://doi.org/10.1186/s40779-020-00259-3

Downloads

Publicado

2021-03-04

Como Citar

Fumagali, G. L. C. ., & Krueger, E. (2021). Efeito modulador da interface EMG-FES na abertura de mão em indivíduos após AVC. Revista Neurociências, 29, 1–23. https://doi.org/10.34024/rnc.2021.v29.10920

Edição

Seção

Artigos Originais
Recebido: 2020-07-15
Aceito: 2020-12-02
Publicado: 2021-03-04

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.