Overview of population presence within Brazilian National Parks

Authors

  • Aline Francisco Damasceno Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP
  • Gabriela Ferreira Mylonas Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP
  • Eliana Cardoso-Leite Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba

DOI:

https://doi.org/10.34024/rbecotur.2019.v12.6782

Keywords:

Socio-Environmental Conflicts, Traditional Populations, Co-Management in Protected Areas

Abstract

The presence of human communities within the Protected Areas (PA) is a reality in various parts of the national territory, an incompatible situation with the existence of restrict protected areas. This study analyzed the human communities inside the Brazilian National Parks. The data collection gathered answers by one interview sent to National Parks managers with open question. The results provided information about the relationship between human communities and the management of National Parks. Overall, the managers answered that there are human communities inside 58% of National Parks, and of these 69% are traditional populations. Therefore, almost 77% of the managers considered that human communities cause negative impact to conservation, due to communities doing some actions that are against the goal of conservation, such as direct use of natural resources, hunting, agriculture and deforestation. Some managers even reported the existence of formal or informal agreements with these communities, which regulate their temporary stay in the area, but other managers report that there is no possibility or interest in establishing such agreements, showing the existence of conflicts between management and communities. The vast majority of managers perceive the presence of human communities as negative within the PAs, stating that the solution would be to relocate these people. Due to practical difficulties, and the social-cultural impacts that they could cause, a way to minimize these conflicts would be the dialogue and the establishment of social pacts that would enable the survival of these communities and their knowledge, as well as nature and biodiversity conservation, which is the primary goal of the National Parks.

Author Biographies

  • Aline Francisco Damasceno, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP

    Formada em Biologia pela UFSCar campus Sorocaba. Pesquisou sobre áreas protegidas e populações humanas em em TCC- trabalho de conclusão de curso.

  • Gabriela Ferreira Mylonas, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba, SP

    Formada em Biologia pela UFSCar campus Sorocaba.

  • Eliana Cardoso-Leite, Universidade Federal de São Carlos, Sorocaba

    Bióloga pela Unesp Rio Claro, Mestre e Doutora pela Unicamp. Professora e pesquisadora na Ufscar desde 2006. Credenciada no Programa de Pós Graduação em Sustentabilidade na Gestão Ambiental (PPGSGA). UFSCar- CCTS- Centro de Ciências e Tecnologias para Sustentabilidade. Campus Sorocaba. Artigos publicados em Ecologia Vegetal, Florestas Urbanas, Áreas Protegidas.

References

ARAUJO, M. A. R. Unidades de Conservação no Brasil: da República à Gestão de Classe Mundial. Belo Horizonte: Editora SEGRAC, 2007. 272 p.

ARNELL, A. et al. Contribution of Protected Areas to Goal C. Protected Planet Report. In: BHOLA, N. et al. (Orgs.). Protected Planet Report 2016: How protected areas contribute to achieving global targets for biodiversity. Cambridge UK and Gland, Switzerland.: UNEP-WCMC and IUCN, 2016, p. 30-42.

ARRUDA, R. S. V. “Populações Tradicionais” e a proteção dos recursos naturais em Unidades de Conservação. Ambiente & Sociedade, São Paulo,v. 2, n. 5, p.79-93, 1999.doi: 10.1590/S1414-753X1999000200007.

ALVAIDES, N. Tradições traduzidas: Um estudo psicossocial sobre as memórias sociais dos moradores da comunidade do Marujá − Parque Estadual da Ilha do Cardoso. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, p. 178. 2013.

AVELLANEDA-TORRES, L. M.; ROJAS, E. T.; SICARD, T. E. L. Alternativas ante el conflicto entre autoridades ambientales y habitantes de áreas protegidas en páramos colombianos. Mundo Agrario, v. 16, n. 31, 2015. Disponível em: . Acesso em: fev. 2018.

BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o Art. 225, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, instituindo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). Brasília: DOU de 19/7/2000.

BRASIL. Decreto nº 6.040, de 7 de fevereiro de 2007. Institui a Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais. Brasília: DOU de 8/2/2007.

BRASIL. Lei nº 11.516, de 28 de agosto de 2007. Dispõe sobre a criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto Chico Mendes. Brasília: DOU de 28/8/2007.

BRASIL. Instrução Normativa nº 26, de 4 de julho de 2012. Estabelece diretrizes e regulamenta os procedimentos para a elaboração, implementação e monitoramento de termos de compromisso. Brasília: DOU de 6/7/2012.

BRITO, D. M. C. Conflitos em unidades de conservação. PRACS: Revista Eletrônica de Humanidades do Curso de Ciências Sociais da UNIFAP, Amapá, v. 1, n. 1, p. 1-12, 2008.

BRITO, M. C. W. Unidades de Conservação: intenções e resultados. São Paulo: Editora Annablume,2000. 230 P.

CAMPOLIM, M. B.; PARADA, I. L. S.; YAMAOKA, J. G. Gestão participativa da visitação publica na comunidade do Marujá- Parque Estadual da Ilha do Cardoso. IF Sér. Reg, São Paulo, n. 33, p. 39-49, 2008.

CHICCHÓN, A Conservation theory meets practice. Conservation Biology, v. 14, n. 5, p. 1368-1369, 2000.doi: 10.1046/j.1523-1739.2000.00200

DIEGUES, A. C. S. (Org). Etnoconservação: novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: HUCITEC/ANNABLUME/NAPAUB-USP, 2. ed., 2000. 290p.

DIEGUES, A. C. S.; ARRUDA, R. S. V. (Orgs.). Os Saberes tradicionais e a biodiversidade no Brasil. Brasília: Ministério do Meio Ambiente; São Paulo: USP, 2001. 211 p.

DIEGUES, A. C. S. O mito moderno da natureza intocada.São Paulo: HUCITEC/ANNABLUME/NAPAUB-USP, 5. ed2004. 169 p.

DRUMMOND, J. A.; DIAS, T. C. A. C.; BRITO, D. M. C. Atlas das Unidades de Conservação do Estado do Amapá. Macapá: MMA/IBAMA-AP;GEA/SEMA, 2008. 128 p.

DUDLEY, N. (Org.). Guidelines for Applying Protected Area Management Categories. Gland, Switzerland: IUCN. 2008. Disponível em: .Acesso em: jan. 2018.

FERREIRA, L. C; Dimensões humanas da biodiversidade: mudanças sociais e conflitos em torno de áreas protegidas no Vale do Ribeira, SP, Brasil. Ambiente & Sociedade, São Paulo, v. 7, n. 1, p. 47-66, 2004.

FRANCO, J. L. A.; SCHITTINI, G. M.; BRAZ, V. S. História da conservação da natureza e das áreas protegidas: Panorama geral. Historiæ, Rio Grande, v. 6, n. 2,p. 233-270, 2015.

HAYES, T. M. Parks, People, and Forest Protection: An Institutional Assessment of the Effectiveness of Protected Areas. World Development, v. 34, n. 12, p. 2064-2075, 2006. doi: 10.1016/j.worlddev.2006.03.002

IBGE – Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística. Os indígenas no Censo Demográfico 2010: primeiras considerações com base no quesito cor ou raça, 2012. Disponível em: <https://ww2.ibge.gov.br/indigenas/indigena_censo2010.pdf>. Acesso em: abr. 2018.

IRVING, M. DE A. Governança democrática e gestão participativa de áreas protegidas: um caminho sem volta para a conservação da biodiversidade no caso brasileiro. In: BENSUSAN, N.; PRATES, A. P. (Orgs.). A diversidade cabe na unidade? áreas protegidas no Brasil. Brasília: IEB, p. 167-182, 2014.

JENTOFT, S. Co-management - the way forward. In: WIILSON, D.C.; NIELSEN, J.R.; DEGNBOL, P. (Eds.). The fisheries co-management experience: accomplishments, challenges and prospects. Dordrecht: Kluwer Academic Publisher, p. 1-14, 2003.

KALIKOSKI, D. C.; SEIXAS, C. S.; ALMUDI, T. Gestão compartilhada e comunitária da pesca no Brasil: avanços e desafios. Ambiente & Sociedade, Campinas, v. 12, n. 1, p. 151-172, 2009.

LITTLE, P. E. Territórios Sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Universidade de Brasília, Série Antropologia, n. 322, 2002.

MANZINI, E. J. A Entrevista na Pesquisa Social. Didática, São Paulo, v. 26/27, p. 149-158, 1991.

OLIVEIRA, E. R. Populações Humanas na Estação Ecológica de Juréia- Itatins. NUPAUB-USP: Série documentos e relatórios de pesquisa: n. 2, 2004. Disponível em: <http://www.usp.br/nupaub/jureiaitatins.pdf> Acesso em: jan. 2018.

PEREIRA, B.; DIEGUES, A. C. Conhecimento de populações tradicionais como possibilidade de conservação da natureza: uma reflexão sobre a perspectiva da etnoconservação. Desenvolvimento e Meio Ambiente, v. 22, p. 37-50, 2010.

PEREIRA, M. A, et al. The collective action on governing the commons in the surroundings of protected areas. Ambiente & Sociedade, São Paulo v. 19, n. 4, p. 21-38, 2016.

REDFORD, K.; RICHTER, B. Conservation of biodiversity in a world of use. Conservation Biology, v. 13, n. 6, p. 1246–1256, 2001.

SCALCO, R. F.; GONTIJO, B. M. Possibilidades de desafetação e recategorização em Unidades de Conservação de Proteção Integral: as UCS da porção Central do Mosaico do Espinhaço (Minas Gerais/Brasil). Revista da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Geografia (Anpege), v. 13, n. 22, p. 247-276, 2017.

SILVA PIMENTEL, M. A.; RIBEIRO, W. C. POPULAÇÕES tradicionais e conflitos em áreas protegidas. Geousp – Espaço e Tempo (Online), v. 20, n. 2, 224-237, 2016.

SILVEIRA-JUNIOR, W. J.; BOTELHO, E. S. Turismo em áreas protegidas e inclusão social de populações tradicionais: um estudo de caso da Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba (PR). Revista Brasileira de Ecoturismo, v. 4, n. 3, p. 441-462, 2011.

TERBORGH, J. et al. Tornando os Parques Eficientes: Estratégias para a Conservação de Natureza nos Trópicos. Curitiba: Editora UFPR, Fundação O Boticário de Proteção à Natureza, 2002. 518 p.

TOLEDO, V. M.; BARRERA-BASSOLS, N. A Memória Biocultural: a importância ecológica das sabedorias tradicionais. São Paulo: Editora Expressão Popular, 1. Ed., 2015. 272 p.

Published

2019-11-06

How to Cite

DAMASCENO, Aline Francisco; MYLONAS, Gabriela Ferreira; CARDOSO-LEITE, Eliana. Overview of population presence within Brazilian National Parks. Brazilian Journal of Ecotourism, [S. l.], v. 12, n. 5, 2019. DOI: 10.34024/rbecotur.2019.v12.6782. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/6782. Acesso em: 5 dec. 2025.
Received 2019-03-12
Accepted 2019-06-24
Published 2019-11-06