A visita de “Sua Magestade o Imperador” e os pedidos de perdão de presos da Cadeia Civil de Porto Alegre
Palavras-chave:
Prática peticionária - petições de graça - visita imperial - cadeia civil - Porto Alegre.Resumo
De passagem por Porto Alegre a caminho de Uruguaiana, em ocasião da Guerra do Paraguai, D. Pedro II visitou a cadeia civil da capital da Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 21 de julho de 1865. A presença do Imperador estimulou rapidamente alguns réus a lançar mão do recurso peticionário, tanto para preparar, como para se fazer com uma petição de graça. O presente artigo analisa, precisamente, os pedidos de perdão originados desse efeito chamada, desde as dificuldades enfrentadas para se reunir os documentos necessários, passando pelo perfil dos sentenciados, até a linguagem suplicante. A partir dos vestígios documentais levantados no Fundo Requerimento do Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul (AHRS), percebeu-se que os presos do passado, mormente pobres, analfabetos e socialmente marginalizados não somente faziam uma leitura do contexto em que viviam e peticionavam, como tinham consciência dos seus direitos civis e políticos, não raramente pressionando pelo seu cumprimento, sobretudo, quando entendiam ou julgavam ser o requerido de justiça.
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