Análise da inserção da cultura de sustentabilidade na graduação de engenharia civil da UTFPR

Autores

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2024.v9.15865

Palavras-chave:

Formação para a Cultura da Sustentabilidade, Matriz curricular, Projeto Político Pedagógico

Resumo

O objetivo desta pesquisa foi verificar como se dá a inserção da cultura de sustentabilidade na graduação da Engenharia Civil da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Definiu-se cinco indicadores de sustentabilidade dos Principles for Responsible Management Education para análise da matriz curricular. Foram analisadas 620 ementas por meio de palavras-chave como evidências dos indicadores. Apesar dos documentos norteadores da UTFPR apontarem a necessidade da formação acadêmica para a sustentabilidade, os resultados indicaram que não existem evidências para esta formação nas ementas e que são nas disciplinas optativas, e não nas obrigatórias, que se dá a oportunidade de formação para a sustentabilidade.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ARVIDSSON, K. Environmental management at Swedish universities. International Journal of Sustainability in Higher Education, Hamburg, v. 5, n. 1, p. 91-99, 2004.

BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Trad. Luis Antero Reto. São Paulo: Edições 70, 2011.

BRASIL. Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999. Política Nacional de Educação Ambiental. Brasília, DF: 1999.

BRASIL. Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002. Política Nacional de Meio Ambiente (PNMA). Brasília, DF: 2002.

BRASIL. Resolução nº 2, de 24 de abril de 2019. Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Engenharia. Brasília, DF: 2019.

COLE, L. Assessing sustainability on Canadian University campuses: development of a campus sustainability assessment framework. 2003. Dissertation (Masters Environment and Management) – Royal Roads University, Victoria, 2003.

CONFEA. Conselho Federal de Engenharia e Agronomia. Retomada econômica passa pelo campo e pela construção civil. Disponível em: <https://www.confea.org.br/retomada-economica-passa-pelo-campo-e-pela-construcao-civil>. Acesso em: 22 abr. 2022.

CONTRERAS, J. Autonomia de professores. Tradução de Sandra Trabucco Valenzuela: revisão técnica, apresentação e notas à edição brasileira Selma Garrido Pimenta. São Paulo: Cortez, 2002.

DALY, H.; COBB, C. W. For the common good: redirecting the economy toward community, the environment, and a sustainable future. Boston: Beacon Press, 1989.

DEDEURWAERDERE T. Transdisciplinary Sustainability Science at Higher Education Institutions: Science Policy Tools for Incremental Institutional Change. Sustainability, v. 5, n. 9, 2013.

DICKSON, M. A.; ECKMAN, M.; LOKER, S.; JIROUSEK, C. A model for sustainability education in support of the PRME. Journal of Management Development, Bingley, v. 32, n. 3, p. 309-318, 2013.

ELLIOTT, J. Lesson y learning study y la idea del docente como investigador, Revista Interuniversitaria de Formación del Profesorado, Zaragoza, v. 29, n. 3, p. 29-46, dez. 2015.

FIATES, G. G. S.; PARENTE, E. G. V.; LEITE, A. L.; PFITSCHER, E. D. Os princípios instituídos pela Organização das Nações Unidas para uma educação responsável em gestão: uma proposta inovadora para o ensino de administração. Estratégia & Negócios, Florianópolis, v. 5, n. 1, p. 3-27, 2012.

GUIMARÃES, R. P. Ética e as dimensões sociais da sustentabilidade. In: BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Encontros e Caminhos: formação de educadoras(es) ambientais e coletivos educadores. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, Volume 2, 2007.

GUIMARÃES, R. P.; FEICHAS, S. A. Q. Desafios na construção de Indicadores de Sustentabilidade. Ambiente & Sociedade, v. 12, n. 2, p. 307-323, 2009.

JACOBI, P. Meio ambiente e sustentabilidade. In: FUNDAÇÃO PREFEITO FARIA LIMA – Cepam. O município no século XXI: cenários e perspectivas. São Paulo: Cepam, 1999. p. 175-183.

JUNGES, V. de C.; CAMPOS, S. A. P. de; PALMA, L. C.; LAURINI, M. M. O que os planos de desenvolvimento institucional dizem sobre sustentabilidade? Uma análise das IES destacadas em ações sustentáveis. Arquivos de análise de políticas educacionais, v. 31, 2023.

LEFF, E. Discursos sustentáveis. Trad. Silvana Cobucci Leite. São Paulo: Cortez, 2010.

LOZANO, R. A tool for a graphical assessment of sustainability in universities (GASU). Journal of Cleaner Production, v. 14, n. 2, p. 963-972, 2006.

MADEIRA, A. C. F. D. Indicadores de sustentabilidade para IES Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto/FEUP. 2008. 220 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia do Meio Ambiente) – Universidade do Porto, Porto, 2008.

PAULA, M. R.; FARIA, C. C. O.; SILVA, I. L.; CARVALHO, M. O.; MENEZES, C. A. G; RAVAGLIA, R.; DIAS, R. A. Engenharia sustentável: contribuição das disciplinas matemáticas na formação do engenheiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA, 2019. Anais... Fortaleza: COBENGE, 2019.

PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE – PNUMA. Environment programme. 50 (1972-2022). A estrutura universitária sustentável do PNUMA. Disponível em: <https://wedocs.unep.org/bitstream/handle/20.500.11822/36341/USUF.pdf>. Acesso em: 05 abr. 2023.

PRINCIPLES FOR RESPONSIBLE MANAGEMENT EDUCATION – PRME. Annual Report 2018-2019 & 2020. Disponível em: <https://www.unprme.org/resources/publications>. Acesso em: 10 jan. 2022.

RIBEIRO, M. T.; MALVESTIO, A. C. O ensino da temática ambiental nas Instituições de Ensino Superior no Brasil. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 16, n. 3, p. 347-361, 2021.

SAUVÉ, L. Uma cartografia das correntes em educação ambiental. In: SATO, M.; CARVALHO, I. C. M. Educação Ambiental: Pesquisa e desafios. Porto Alegre: Artmed, 2005. p.17-44.

SHRIBERG, M. Institutional assessment tools for sustainability in higher education: Strengths, weaknesses, and implications for practice and theory. Higher Education Policy, v. 15, n. 2, p. 153-167, 2002.

SILVA, G. S.; ALMEIDA, L. A. Indicadores de Sustentabilidade para Instituições de Ensino Superior: uma proposta baseada na revisão de literatura. Revista de Gestão Ambiental e Sustentabilidade, v. 8, p. 123-144, 2018.

SORRENTINO, M.; TRAIBER, R.; MENDONÇA, P.; FERRARO, L. A. J. Educação ambiental como política pública. Revista Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 2, p. 285-299, 2005.

STANISKIS, J. K.; KATIUTE, E. Complex evaluation of sustainability in engineering education: case & analysis. Journal of Cleaner Production, v. 120, p. 13-20, 2016.

UI GREENMETRIC. Guideline of UI GreenMetric World University Ranking. Universitas Indonesia: s.n. Disponível em: <https://greenmetric.ui.ac.id/publications/guidelines>. Acesso em: 16 out. 2023.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR. Política de Sustentabilidade da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Disponível em: <http://portal.utfpr.edu.br/comissoes/permanentes/plano-de-logistica-sustentavel-pls/documentos/proposta_final_limpa4_comissaopls_consulta_publica_politica_de_sustentabilidade_utfpr-_21_12_18.pdf . 2019>. Acesso em: 10 out. 2020.

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ – UTFPR. Plano de desenvolvimento institucional da Universidade Tecnológica Federal do Paraná: 2023–2027. Curitiba, PR: EDUTFPR, 2023.

VAN KAICK, T. S.; PORTO ALEGRE, L. M. Tendências e potencialidades da extensão na UTFPR e atendimento da agenda 2030 em tempos de pandemia. R. Tecnol. Soc., Curitiba, v. 16, n. 43, p. 107-115, 2020.

WACKERNAGEL, M.; REES, W. Ecological Footprint Method. Gabriola Island: New Society Publishers, 1996.

Downloads

Publicado

01-04-2024

Como Citar

Sá, P. Z. de, & van Kaick, T. S. (2024). Análise da inserção da cultura de sustentabilidade na graduação de engenharia civil da UTFPR. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 19(2), 318–337. https://doi.org/10.34024/revbea.2024.v9.15865

Edição

Seção

Artigos
Recebido: 2023-11-01
Aceito: 2024-02-21
Publicado: 2024-04-01