Perspectiva ambiental dos estudantes do ensino básico de Paranaguá (PR) sobre o ecossistema manguezal

Autores

  • Maria Lúcia Ferreira Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá
  • William Moreira da Silva Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá
  • Julia Gabriela Correa Davanzo Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá.
  • Pablo Damian Borges Guilherme Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá https://orcid.org/0000-0001-7471-6907

DOI:

https://doi.org/10.34024/revbea.2024.v19.15624

Palavras-chave:

mangue, década dos oceanos, Estratégias Educacionais

Resumo

A década dos oceanos surgiu com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância do oceano e a nossa relação com ele. Considerando as peculiaridades da cidade de Paranaguá (PR), o objetivo do estudo foi conhecer a percepção ambiental dos alunos do ensino básico sobre o manguezal, através da aplicação de questionários. Observou-se que os estudantes apresentaram uma percepção ambientalista, porém com certa carência sobre aspectos ecológicos. Se faz então urgente a necessidade da implementação da cultura oceânica nos currículos da formação básica de ensino, com o auxílio de projetos extensionistas que possam contribuir na formação dos valores ambientais e sociais dos alunos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Lúcia Ferreira, Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá

Programa de Pós-Graduação em Ambientes Litorâneos e Insulares.

William Moreira da Silva, Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá

Graduado em Licenciatura em Ciências Biológicas.

Julia Gabriela Correa Davanzo , Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá.

Graduada em Licenciatura em Ciências Biológicas.

Pablo Damian Borges Guilherme, Universidade Estadual do Paraná, campus de Paranaguá

Programa de Pós-Graduação em Ambientes Litorâneos e Insulares.

Referências

ALBUQUERQUE, R. M. V. L.; CAMARGO MAIA, R. Educação Ambiental para o ecossistema manguezal: uma intervenção no ambiente escolar. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v.16, n.6, p.263–284, 2021.

ALBUQUERQUE, R.; SANTOS, M.; MAIA, R. Estratégias para Educação Ambiental sobre o ecossistema manguezal na Educação Básica. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v.16, n.5, p.115–133, 2021.

ALVES, R. R. N.; NISHIDA A. K. Population structure of the mangrove crab Ucides cordatus (Crustacea: Decapoda; Brachyura) in the estuary of the Mamanguape river, Northeast Brazil. Tropical Oceanography, v. 32, n. 1, p. 23-37, 2004.

AVELINE, L. C. Fauna de manguezais brasileiros. Revista Brasileira de Geografia, v. 42, n. 2, p. 786-821, 1980.

BEM PARANÁ. 3ª EDIÇÃO Festa do Caranguejo começa com expectativa de movimentar o turismo em Paranaguá, 2019. Disponível em: <https://www.bemparana.com.br/blog/metropole/post/festa-do-caranguejo-comeca-com-expectativa-de-movimentar-o-turismo-em-paranagua#.YgaD5Glv8zQ>. Acesso em 11 fev. 2022.

BOUILLON, S. Storage beneath mangroves. Nature Geoscience, v. 4, n. 5, p. 282-283, 2011.

BREITHAUPT, J. L. et al. Organic carbon burial rates in mangrove sediments: Strengthening the global budget. Global Biogeochemical Cycles, v. 26, n. 3, 2012.

CANEPARO, S. C. Análise da dinâmica espacial da ocupação antrópica em Paranaguá/PR (1952-1996), através do uso de sistema de informações geográficas. RAEGA-O Espaço Geográfico em Análise, v. 4, 2000.

CARRANO, E. Composição e conservação da avifauna na Floresta Estadual do Palmito, município de Paranaguá, Paraná. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal). Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2006. Disponível em: <https://www.acervodigital.ufpr.br/handle/1884/7313>. Acesso em 04 fev. 2022.

CASTELLA R. M. B, CASTELLA P. R, FIGUEIREDO D. C. S, QUEIROZ S. M. P. (Orgs.) Mar e Costa: Subsídios para o ordenamento das áreas estuarina e costeira do Paraná. Programa Nacional de Meio Ambiente – PNMA II. SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Curitiba, 2006. 137 p.

CUMMINS, S.; SNIVELY, G. The effect of instruction on children's knowledge of marine ecology, attitudes toward the ocean, and stances toward marine resource issues. Canadian Journal of Environmental Education (CJEE), v.5, n.1, p. 305-326, 2000.

DAMASTUTI, E.; DE GROOT, R. Participatory ecosystem service mapping to enhance community-based mangrove rehabilitation and management in Demak, Indonesia. Regional Environmental Change, v.19, n.1, p. 65-78, 2019.

DENNING, S. Southeast Amazonia is no longer a carbon sink. Nature, v.595, p. 354-355, 2021.

DIAS, T. L. P. Os peixes, a pesca e os pescadores da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Macau-Guamaré/RN) Brasil. 2006. 167 f. Tese (Doutorado em Zoologia). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, 2006. Disponível em: <http://livros01.livrosgratis.com.br/cp103500.pdf>. Acesso em 04 fev. 2022.

DUNLAP, R. E. et al. New trends in measuring environmental attitudes: measuring endorsement of the new ecological paradigm: a revised NEP scale. Journal of social issues, v. 56, n. 3, p. 425-442, 2000.

DUNLAP, R. E.; VAN LIERE, K. D. The “new environmental paradigm”. The journal of environmental education, v. 9, n. 4, p. 10-19, 1978.

FARIAS, K. L; ANDRADE, R. C. B. Educação Ambiental: o manguezal no ensino fundamental. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 25, 2010.

FARRAPEIRA, C. M. R. et al. Estratégias de Educação Ambiental sobre o manguezal junto a uma comunidade estudantil de Olinda–PE. REMEA-Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, v. 21, 2008.

FERNANDES, F. A Década do Oceano (2021-2030): por que e como falar sobre a cultura oceânica na escola. MultiRio, 2021. Disponível em: <http://www.multirio.rj.gov.br/index.php/reportagens/17131-a-d%C3%A9cada-do-oceano-2021-2030-por-que-e-como-falar-sobre-a-cultura-oce%C3%A2nica-na-escola>. Acesso em 2 fev. 2022.

FORTALEZA, M. O.; PORFÍRIO, A. F.; SANRANA, I. C. H.; ROCHA-BARREIRA, C. de A. Percepção de graduandos diante do contato com a mata de tabuleiro e o manguezal: primeiras impressões. Revista Brasileira de Educação Ambiental, v.14, n.2, p.30–46, 2019.

G1 SANTOS. Lei da Cultura Oceânica é sancionada e Santos se torna a 1ª cidade a instituir tema na rede pública de ensino. Lei Municipal nº 3.935. 13 nov. 2021. Disponível em: <https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2021/11/13/lei-da-cultura-oceanica-e-sancionada-e-santos-se-torna-1a-cidade-a-instituir-tema-na-rede-publica-de-ensino.ghtml>. Acesso em: 02 fev. 2022.

GATTI, L. V. et al. Amazonia as a carbon source linked to deforestation and climate change. Nature, v. 595, n. 7867, p. 388-393, 2021.

GRAMSCI, A. Intellectuals and hegemony. Social theory: The multicultural and classic readings, v. 29, 1999.

GREELY, T. Ocean literacy and reasoning about ocean issues: The influence of content, experience and morality. Tese (Doutorado em Educação). University of South Florida, Tampa, 2008. Disponível em: <https://digitalcommons.usf.edu/etd/271>. Acesso em 08 set. 2023.

HALPERN, B. S. et al. A global map of human impact on marine ecosystems. Science, v. 319, n. 5865, p. 948-952, 2008.

HALPERN, B., FRAZIER, M., POTAPENKO, J. et al. Spatial and temporal changes in cumulative human impacts on the world’s ocean. Nature communications, v. 6, n. 1, p. 1-7, 2015.

HALPERN, B.S., R. FUJITA. Assumptions, challenges, and future directions in cumulative impact analysis. Ecosphere. v. 4, n. 10, p. 1-11, 2013

IAP/PR - Instituto Ambiental do Paraná do Governo do Estado do Paraná. Portaria IAP/GP N° 180, 2002. Disponível em: <http://propesq-pr.fundepag.br/v2.21.1/arquivos/pagina/1564368658_2002.p_iap_180_2002_defesocaranguejo_uca_pr.pdf> Acesso em: 08 de set. 2023.

IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Dados demográficos e populacionais do município de Paranaguá (Censo 2022) Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pr/paranagua/panorama> Acesso em: 11 de jan. 2022

ICMBio - INSTITUTO CHICO MENDES DE CONSERVAÇÃO DA BIODIVERSIDADE. Atlas dos Manguezais do Brasil / Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade. – Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. 176 p.

JOHNSON, B.; MANOLI, C. C. Using Bogner and Wiseman’s Model of Ecological Values to measure the impact of an earth education programme on children’s environmental perceptions. Environmental education research, v. 14, n. 2, p. 115-127, 2008.

JORNAL DA USP - Jornal da Universidade de São Paulo. ONU dá início à Década do Oceano, 2021. Disponível em: <https://jornal.usp.br/?p=382179>. Acesso em: 11/01/2022

JOSHI, G.; NEGI, G. C. S. Quantification and valuation of forest ecosystem services in the western Himalayan region of India. International Journal of Biodiversity Science, Ecosystem Services & Management, v. 7, n. 1, p. 2-11, 2011.

KAUFFMAN, J. B. et al. Carbon stocks of mangroves and salt marshes of the Amazon region, Brazil. Biology Letters, v. 14, n. 9, p. 20180208, 2018. DOI: 10.1098/rsbl.2018.0208

KRUG, L. A.; LEÃO, C.; AMARAL, S. Dinâmica espaço temporal de manguezais no Complexo Estuarino de Paranaguá e relação entre decréscimo de áreas de manguezal e dados sócio-econômicos da região urbana do município de Paranaguá - Paraná. Anais XIII Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto, Florianópolis, Brasil, 21-26, INPE. pp. 2753-2760, 2007.

LAGEAMB - LABORATÓRIO DE GEOPROCESSAMENTO E ESTUDOS AMBIENTAIS. Saúde dos Manguezais de Paranaguá: Um Olhar para os Bosques Antropizados. - Paranaguá: UFPR, Universidade Federal do Paraná, 2021

LIMA, B. A. Estudo da poluição hídrica do complexo estuarino de Paranaguá -PR, causado pela presença de HPAS, n-alcanos e contaminantes emergentes. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia Ambiental). Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2019. Disponível em: <http://riut.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/4272>. Acesso em 04 fev. 2022.

LIMA, E. V. Degradação do manguezal e potencial pesqueiro: A percepção da população envolvida com a pesca no município de Pirambu/SE. Revista Educação Ambiental em Ação, 2013.

LIMA, G. V. et al. Ecossistema manguezal: vivências de Educação Ambiental no município de Piúma (ES). Revista Brasileira de Educação Ambiental, v.15, n.3, p.179-196, 2020.

NWAFOR, J. C. Environmental Impact Assessment for Sustainable Development. The Nigerian Perspective. Environmental and Development Policy Centre for Africa (EDPCA). p. 658. 2006.

NYANGOKO, B. P. et al. Community perceptions of mangrove ecosystem services and their determinants in the Rufiji Delta, Tanzania. Sustainability, v. 13, n. 1, p. 63, 2020.

ODUM, W. E.; HERALD, E. J. Mangrove forests and aquatic productivity. In:Hasler A.D. (eds) Coupling of land and water systems. Ecological Studies (Analysis and Synthesis), vol 10. Springer, Berlin, Heidelberg, 1975. p. 129-136.

OLIVEIRA, L. A. K.; DE FREITAS, R. R.; BARROSO, G. F. Manguezais: turismo e sustentabilidade. Caderno Virtual de Turismo, v. 5, n. 3, 2006.

PAZOTO, C. E.; DUARTE, M. R.; DA SILVA, E. P. A Cultura Oceânica nas Escolas. Revista de Ciência Elementar, v. 9, n. 2, 2021.

PINHEIRO, M. A. A.; TALAMONI, A. C. B. Educação Ambiental sobre Manguezais. São Vicente: UNESP, Instituto de Biociências, Câmpus do Litoral Paulista, 2018.

ROBERTSON, A. I. Plant‐animal interactions and the structure and function of mangrove forest ecosystems. Australian Journal of Ecology, v. 16, n. 4, p. 433-443, 1991.

SANTORO, F. et al. Cultura Oceânica para todos: kit pedagógico. UNESCO Publishing, 2020. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000373449>. Acesso em: 08 de set. 2023.

SANTOS, A. dos; VASCONCELOS, C. A. de. Percepção ambiental e mapas mentais: um diagnóstico dos alunos acerca do ecossistema manguezal. REAMEC - Rede Amazônica de Educação em Ciências e Matemática, v. 5, n. 2, p. 344–359, 2017.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. et al. Brazilian mangroves. Aquatic Ecosystem Health & Management, v. 3, n. 4, p. 561-570, 2000.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. et al. A conceptual hierarchical framework for marine coastal management and conservation: a" Janus-Like" approach. Journal of Coastal Research, p. 191-197, 2005.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. et al. The mangroves of Araçá Bay through time: An interdisciplinary approach for conservation of spatial diversity at large scale. Ocean & Coastal Management, v. 164, p. 60-67, 2018.

SETUR/ES, SECRETARIA DE ESTADO DO TURISMO DO GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTOS. Rota do Manguezal é a opção para o feriado, 2019. Disponível em: <https://setur.es.gov.br/rota-do-manguezal-e-a-opcao-para-o-feriado>. Acesso em: 12 abril 2023.

SILVA, A. K. R. da. Da lama às salas de aula: percepção de alunos sobre o manguezal e produção de placas educativas como ferramenta de sensibilização em uma escola no município de Macau (RN). Revista Brasileira de Educação Ambiental, v. 18, n. 3, p. 283–290, 2023.

SOARES, M. L. G. Estudo da biomassa aérea de manguezais do sudeste do Brasil - Análise de modelos. Tese (Doutorado em Oceanografia Biológica). Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

SOUZA, C. A.; DUARTE, L. F. A.; JOÃO, M. C. A.; PINHEIRO, M. A. A. Biodiversidade e conservação dos manguezais: importância bioecológica e econômica, Cap. 1: p. 16-56. In: PINHEIRO, M.A.A.; TALAMONI, A.C.B. (Org.). Educação Ambiental sobre Manguezais. São Vicente: UNESP, Instituto de Biociências, Câmpus do Litoral Paulista, 165 p. 2018.

TALAMONI A. C. B.; MARCELO. A. A. P. Educação Ambiental sobre Manguezais. 1ª E. São Vicente, 2018. Disponível em: <https://www.clp.unesp.br/Home/publicacoes/educacao-ambiental-sobre-manguezais.pdf>. Acesso em: 11 de abri de 2023.

UNESCO - Organização das Nações Unidas / Departamento de Educação Ambiental. Vamos cuidar do Brasil: conceitos e práticas em Educação Ambiental. Brasília: Ministério da Educação, Coordenação Geral da Educação Ambiental: Ministério do Meio Ambiente, 2007. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000183079>. Acesso em: 10 de abril 2023.

UNESCO - Organização das Nações Unidas. A Ciência que precisamos para o oceano que queremos: Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável (2021-2030), 2019. Disponível em: <https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000265198_por>. Acesso em: 08 de set. 2023.

UNESCO - Organização das Nações Unidas. World Heritage List, Atlantic Forest South-East Reserves, 1999. Disponível em: <https://whc.unesco.org/en/list/893/>. Acesso em 08 de set. 2023.

URSI, S; TOWATA, N. Environmental perception about marine and coastal ecosystems: Evaluation through a research instrument based on model of ecological values. Problems of education in the 21st century, v. 76, n. 3, 2018.

WISEMAN, M; BOGNER, F. X. A higher-order model of ecological values and its relationship to personality. Personality and Individual differences, v. 34, n. 5, p. 783-794, 2003.

Downloads

Publicado

01-02-2024

Como Citar

Ferreira, M. L., Silva, W. M. da, Davanzo , J. G. C., & Guilherme, P. D. B. (2024). Perspectiva ambiental dos estudantes do ensino básico de Paranaguá (PR) sobre o ecossistema manguezal. Revista Brasileira De Educação Ambiental (RevBEA), 19(1), 192–217. https://doi.org/10.34024/revbea.2024.v19.15624

Edição

Seção

Artigos
Recebido: 2023-09-08
Aceito: 2023-12-11
Publicado: 2024-02-01