A figura da vítima

genalogia e usos argumentativos

Autores

  • Omar Alejandro Murad UNMDP - CONICET

DOI:

https://doi.org/10.34024/prometeica.2020.21.10257

Palavras-chave:

Vítima, Retórica, Negação

Resumo

Em nossos dias, a figura da vítima governa boa parte das intervenções públicas de grupos e indivíduos que não apenas se associam a minorias ou grupos subordinados, mas também governa o discurso de instituições, grupos e indivíduos que têm um lugar consolidado no status quo Uma rápida olhada na questão excluiria o uso dessa figura como estratégia para gerar agência, uma vez que a vítima é caracterizada por sua passividade. No entanto, o caso é que seu uso no espaço público permite certas prerrogativas no agente que o invoca, enquanto o coloca em uma posição que não é necessariamente caracterizada por sua passividade, mas, pelo contrário, a figura confere agente de possibilidades de ação muito específicas. Em particular, neste trabalho, propomos discutir esse ponto de vista, considerando alguns exemplos de negação em relação ao caráter da vítima como tal. A negação da vítima da disputa de sua posição por seus autores nos alerta sobre um tipo de intervenção verbal que tem como espaço de discussão a figura de marras.

Neste trabalho, propomos, por um lado, historiar essa figura a partir do traçado de sua genealogia, utilizando como entradas teóricas os estudos de René Girard e, por outro, analisar retoricamente alguns casos exemplares nos quais o tipo de agência que caracteriza seu uso se torna visível. Para isso, usaremos exemplos extraídos da literatura de história e ciências sociais e do movimento feminista.

Métricas

Carregando Métricas ...

Referências

Aristóteles (2019). El arte de la retórica. EUDEBA. Buenos Aires.

Beristáin, H. (1995). Diccionario de retórica y poética. Porrúa. México D.F.

Blumenberg, H. (2018). Paradigmas para una metaforología. Trotta. Madrid.

Crenzel, E. (2013). El prólogo del Nunca Más y la teoría de los dos demonios. Reflexiones sobre una representación de la violencia política en la Argentina. Contenciosa. Vol. 1 No 1. 1-19.

Fassin, D. (2016). La razón humanitaria. Prometeo. Buenos Aires.

Foucault, M. (1998). Vigilar y castigar. El nacimiento de la prisión. Siglo XXI. Buenos Aires.

Frye, N. (1991). Anatomía de la crítica. Monte Ávila editores. Venezuela.

Girard, R. (2002). El chivo expiatorio. Anagrama. Barcelona.

Girard, R. (2005). La violencia y lo sagrado. Anagrama. Barcelona.

Grassi, E. (1999). Vico y el humanismo: ensayos sobre Vico, Heidegger y la retórica. Anthropos editorial. Barcelona.

Grassi, E. (2015). Retórica como filosofía: la tradición humanista. Anthropos editorial. Barcelona.

Julissa Mantilla (8 de marzo, 2016). El estereotipo de la “víctima propiciatoria”. Ius 360. Recuperado en https://ius360.com/columnas/el-estereotipo-de-la-victima-propiciatoria2/

Kermode, F. (2000). El sentido de un final. Gedisa. Barcelona.

Lorenz, F. (2006). Las guerras por Malvinas. Edhasa. Buenos Aires.

Moriarty, L. (2008). Controversies in Victimology. Mathew Bender & Company. Newark.

Partner, N. & Foot, S. (2013). Historical Theory. Sage Publication Ltd., Los Angeles-London.

Pepper, S. (1942). World Hypotheses. University of California Press. California.

Pitch, T. (2009). La sociedad de la prevención. Ad-Hoc editorial. Buenos Aires.

Salvi, V. (2012). De vencedores a víctimas. Memorias militares sobre el pasado reciente en la Argentina. Biblos. Buenos Aires.

Skinner, Q. (2007). Lenguaje, política e historia. Universidad Nacional de Quilmes. Bernal.

Tiburi, M. (2015). ¿Cómo conversar con un fascista? Reflexiones sobre al autoritarismo de la vida cotidiana. Akal. España.

Tozzi, V. (2012). The Epistemic and Moral Role of Testimony. History and Theory. Vol. 51. No. 1. 1-17.

Victim (s.f). En Online Etymology Dictionary. Recuperado de https://www.etymonline.com

Victim (s.f.). En Keyword project. Recuperado de http://keywords.pitt.edu/keywords_defined/victim.html

White, H. (2010). Metahistoria. La imaginación histórica del siglo XIX. FCE. México.

Williams, R. (1983). Keywords. A Vocabulary of Culture and Society. Segunda edición. Oxford University Press. New York.

Publicado

2020-08-18

Como Citar

Alejandro Murad, O. (2020). A figura da vítima: genalogia e usos argumentativos. Prometeica - Revista De Filosofia E Ciências, 21, 35-46. https://doi.org/10.34024/prometeica.2020.21.10257
Recebido 2020-02-10
Aprovado 2020-04-06
Publicado 2020-08-18