Neurociências no Brasil
Vocação do Pesquisador ou Sobrevivência Acadêmica?
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2013.v21.8214Palavras-chave:
Neurociências, Ciência, PesquisadoresResumo
Torna-se extremamente difícil avaliarmos a produção científica em neurociências no Brasil, seja do ponto de vista qualitativo ou quantitativo. As pesquisas no Brasil evoluíram consideravelmente nos últimos anos, principalmente do âmbito internacional, fato consumado através de resultados estampados pelas principais instituições de fomento e nos dados fornecidos pelo Institute for Scientific Information (ISI). O objetivo do presente estudo é o fornecimento de uma discussão provocativa à respeito das diferenças entre o pesquisador por vocação e os pesquisadores voltados aos interesses da indústria e da academia. Dentro do ambiente de competitividade, acreditamos que a vocação do pesquisador deve prevalecer mas, sem dúvida, sofrerá influências várias do mercado de trabalho, com repercussões importantes no processo decisório profissional. Na atualidade ainda existem lideranças científicas que antes privilegiam interesses pessoais talvez indefensáveis do gozo pelo destaque no mostruário da grei ou tão somente húbris científico que os legítimos processos pedagógicos da construção do saber e das práticas investigativas, prejudicando, destarte, o real potencial dos futuros pesquisadores.
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Publicado: 2013-03-31