Síndrome das Pernas Inquietas e a estética barroca

Autores/as

  • Gilmar Fernandes do Prado Neurologista, Livre-docente, Professor Adjunto, Setor Neuro-Sono, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Luciane Bizari Coin de Carvalho Psicóloga, Doutora, Professora Afiliada da Disciplina de Neurologia, Setor Neuro-Sono, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Karla Carlos Fisioterapeuta, Mestranda, Setor Neuro-Sono, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo-SP, Brasil.
  • Lucila Bizari Fernandes do Prado Médica, Doutora, Coordenadora do Laboratório de Sono Hospital São Paulo e do Laboratório de Pesquisa Neuro-Sono, Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo–SP, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8080

Palabras clave:

Síndrome das Pernas Inquietas, Sensação, Transtornos do Sono

Resumen

A síndrome das pernas inquietas (SPI) foi descrita pela primeira vez em 1672 por Thomas Willis (1621-1675), um brilhante médico In­glês que viveu durante o período Barroco. O Barroco é muitas vezes definido como a arte ou a cultura da Contra-Reforma, uma expres­são de valores específicos que eram inerentes ao estado de conflito da alma humana durante esse tempo. O sintoma cardinal da SPI é um compulsivo e irresistível desejo de mover as pernas. É uma disposição interior para a inquietação, que também está presente em todas as manifestações artísticas do Barroco. Os sintomas da SPI expressam as antíteses de repouso e movimento, calma e tempestade, estabilidade e desequilíbrio, de superfície e de profundidade. Acreditamos que o Barroco foi um importante contribuinte para a descrição da SPI e que a SPI é uma condição que se expressa de forma semelhante à de arte barroca (por exemplo, textos, pinturas, etc). Durante o tempo em que Willis viveu, todas as manifestações culturais eram do Barroco. Estes incluíram movimento, assimetria, contraste, cor lúgubre e harmonia, deslocados pelo desequilíbrio. Além disso, o período do Barroco foi necessário para a SPI para vir a ser.

Métricas

Cargando métricas ...

Citas

Prado GF, Carvalho LBC, Carlos K, Prado LBF. The Baroque and its influence on Willis’ description of restless legs syndrome. Sleep Med 2013;14:470-1. http://dx.doi.org/10.1016/j.sleep.2013.01.004

Prado GF. Síndrome das pernas inquietas: há quanto tempo será ignorada? Rev Neurocienc 2002;10:38-43. http://dx.doi.org/10.4181/RNC.2002.10.38

Willis T. Anima Brutorum. London: Wells and Scott, 1672, p 339-41.

Praz M. Baroque in England. Modern Philol 1964;61:169-79.

Arriola PM. Two Baroque Heroes: Segismundo and Hamlet. Hispania 1960;43:537-40.

Barasch FK. Definitions: Renaissance and Baroque, Grotesque Construction and Deconstruction. Modern Lang Stud 1983;13:60-7.

Hall Jr RA. Meditation on a Baroque Theme. Modern Lang J 1962;46:3-8. http://dx.doi.org/10.1111/j.15404781.1962.tb00788.x

Kaup M. Becoming-Baroque: Folding European Forms into the New World Baroque with Alejo Carpentier. New Centen Rev 2005;5:107-49. http://dx.doi.org/10.1353/ncr.2005.0043

Hatzfeld H. A Clarification of the Baroque Problem in the Romance Literatures. Comp Literat 1949;1:113-9.

Passmore J. History of Art and History of Literature: A Commentary. New Literar Hist 1972; 3:575-87.

Wellek R. The concept of baroque in literary scholarship. J Aesthet Art Critic 1946;5:77-109.

Lewin R. A Baroque Turn for Intron Processing. Science 1982;218:1293-5.

Kuo S, Chang WJ, Landweber LF. Complex Germline Architecture: Two Genes Intertwined on Two Loci. Mol Biol Evol 2006;23:4-6. http://dx.doi.org/10.1093/molbev/msj017

King MR, Steenbergen SM, Vimr ER. Going for baroque at the Escherichia coli K1 cell surface. Trends Microbiol 2007;15:196-202. http://dx.doi.org/10.1016/j.tim.2007.03.006

Hassold EC. The Baroque as a Basic Concept of Art. College Art J 1946;6:3-28.

Hatzfeld H. Estudos sobre o barroco. São Paulo: Editora Perspectiva, 2002, 320p.

Frey D. Translation of Letter from Dagobert Frey. College Art J 1947; 6:305-6.

Martins M. De corpo e alma. Psicanal Barroco Rev 2008;6:75-85.

Lorenz K. Reflections on the concept of symmetry. Eur Rev 2005;13:3-11. http://dx.doi.org/10.1017/S1062798705000621

Hening WA, Allen RP, Washburn M, Lesage S, Earley CJ. Validation of the Hopkins telephone diagnostic interview for restless legs syndrome. Sleep Med 2008;9:283-9. http://dx.doi.org/10.1016/j.sleep.2007.04.021

Allen RP, Picchietti D, Hening WA, Trenkwalder C, Walters AS, Montplaisi J. RLS: diagnostic criteria, special considerations, and epidemiology. A report from the restless legs syndrome diagnosis and epidemiology workshop at the National Institutes of Health. Sleep Med 2003;4:101-9. http://dx.doi.org/10.1016/S13899457(03)00010-8

Earley CJ. Restless Legs Syndrome. N Engl Med 2003;348:2103-9. http://dx.doi.org/10.1056/NEJMcp021288

Lugaresi E, Tassinari CA, Coccagna G, Ambrosetto C. Particularités cliniques et polygraphiques du syndrome d’impatiences des membres inférieurs. Rev Neurol 1965;113:545-55.

Molnár Z. Thomas Willis (1621–1675), the founder of clinical neuroscience. Nat Rev Neurosci 2004;5:329-35. http://dx.doi.org/10.1038/nrn1369

Sauvages FB. Dolores et Vesanias. In: Nosologia Methodica: sistens morborum classe, genera et species. Tome tertii pars prima. Veneza: Typis & Impensis Nicolai Pezzanae, 1763.

Varela MJV, Coin-Carvalho JE, Carvalho LBC, Prado LBF, Prado GF. Restless Legs Syndrome in Brazilian patients: a qualitative analysis of psychosocial suffering and interdisciplinary attention. J Health Psychol 2013;18:1341-52. http://dx.doi.org/10.1177/1359105312439730

Hening WA, Allen RP, Washburn M, Lesage SR, Earley CJ. The four diagnostic criteria for Restless Legs Syndrome are unable to exclude confounding conditions (“mimics”). Sleep Med 2009;10:976-81. http://dx.doi.org/10.1016/j.sleep.2008.09.015

Foucault M. O Nascimento da Clínica. 6a. ed. Rio de Janeiro: Editora Forense Universitária, 2008, 252p.

Connor JR, Ponnuru P, Wang XS, Patton SM, Allen RP, Earley CJ. Profile of altered brain iron acquisition in restless legs syndrome. Brain 2011;134:959-68. http://dx.doi.org/10.1093/brain/awr012

Chauí M. Merleau-Ponty: a obra fecunda. A filosofia como interrogação interminável. Cult-Revista Brasileira de Cultura, São Paulo: Ed. Bregantini, 2008, 168p.

Publicado

2014-09-30

Cómo citar

Prado, G. F. do, Carvalho, L. B. C. de, Carlos, K., & Prado, L. B. F. do. (2014). Síndrome das Pernas Inquietas e a estética barroca. Revista Neurociências, 22(3), 410–417. https://doi.org/10.34024/rnc.2014.v22.8080

Número

Sección

Artigos Originais
##plugins.generic.dates.received## 2019-02-18
##plugins.generic.dates.published## 2014-09-30

Artículos más leídos del mismo autor/a

Nota: Este módulo requiere de la activación de, al menos, un módulo de estadísticas/informes. Si los módulos de estadísticas proporcionan más de una métrica, selecciona una métrica principal en la página de configuración del sitio y/o en las páginas de propiedades de la revista.

Artículos similares

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

También puede {advancedSearchLink} para este artículo.