Viagens turísticas como experiências de fronteiras

Autores

  • Fabiana Andrade Bernardes Almeida Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

DOI:

https://doi.org/10.34024/rbecotur.2013.v6.6187

Resumo

O que é viagem? Um ato de deslocamento pelo espaço, um movimento dos sujeitos em busca de conhecimento ou, ainda, uma prática inerente às culturas desde os seus primórdios? Além da necessidade de sobrevivência, a história registra, há tempos, a realização de expedições de descobrimento, através de antigas navegações e outras de caráter religioso, como as peregrinações. Curiosamente, essas viagens eram encomendadas ou mesmo realizadas a mando de um rei ou até mesmo do Papa. Poderíamos, nesse caso, compreendê-las como obrigatórias? Qual o papel do sujeito na realização da viagem? O que podemos pensar da natureza dos movimentos das viagens? Quais seus significados na contemporaneidade? O conhecimento científico moderno afastou o sujeito do conhecimento de suas próprias experiências. O enfrentamento dessa questão nos aproximaria da compreensão da natureza das viagens e do saber turístico. O fato de autores afirmarem que em essência não houve mudança entre os tipos de turismo, na contemporaneidade, apenas confirma a nossa suspeita: a compreensão teórica profunda depende, antes de tudo, do questionamento dos pilares epistemológicos que sustentam o turismo moderno contemporâneo, assim como suas ausências. Para, se necessário, reinventá-lo usando as lentes de outro olhar. No Brasil e no contexto internacional, alguns pesquisadores tem se dedicado a tarefa de renovação e, dessa forma, contribuído com novas abordagens em torno das relações humanas e sociais inerentes às viagens. Nesse sentido, um exemplo mais recente se refere ao crescimento do interesse pela questão da experiência. Este ensaio teórico tem como objetivo apresentar o início de uma leitura crítica e criativa do significado da experiência nas viagens turísticas e apontar o potencial de uma epistemologia da viagem, de fronteira, no campo de estudos do turismo, como possibilidade de transição paradigmática.

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Biografia do Autor

Fabiana Andrade Bernardes Almeida, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Professora assistente do Curso de Turismo do Instituto de Geociências da UFMG. Doutoranda do curso de pós-graduação em Geografia da UFMG

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Publicado

26.01.2013

Como Citar

Almeida, F. A. B. (2013). Viagens turísticas como experiências de fronteiras. Revista Brasileira De Ecoturismo (RBEcotur), 6(1). https://doi.org/10.34024/rbecotur.2013.v6.6187
Recebido: 2012-06-29
Aceito: 2012-11-21
Publicado: 2013-01-26