Ecoturismo e acessibilidade: uma trilha em LIBRAS

Autores

  • Alice Fátima Amaral Universidade Federal do Tocantins, Arraias,TO
  • Filipe Vieira de Oliveira Universidade Federal do Tocantins, Arraias,TO
  • Thamyres Alves de Sousa Universidade Federal do Tocantins, Arraias, TO

DOI:

https://doi.org/10.34024/rbecotur.2022.v15.12393

Palavras-chave:

Ecotourism; Interpretative trials; accessibility; Deaf community.

Resumo

O artigo tem o objetivo de discutir e relatar a experiência de planejar e oferecer uma trilha interpretativa de ecoturismo para um grupo de pessoas surdas, bem como apresentar suas impressões sobre a atividade e a acessibilidade no ecoturismo. Trata-se de uma ação realizada pelo Laboratório de Ecoturismo, do curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental, da Universidade Federal do Tocantins, Câmpus de Arraias. A metodologia aplicada teve uma abordagem qualitativa, de caráter descritivo, com trabalho de campo e a aplicação de um questionário para o público participante. Como resultado, observou-se que a comunidade surda muitas vezes deixa de realizar atividades turísticas simplesmente pela falta de comunicação adequada e que a inclusão social dentro do turismo em geral, necessita de melhorias quanto à estrutura física e profissional. As trilhas interpretativas se mostraram, nesse contexto, uma ferramenta interessante para promover a interação do público com o meio ambiente, desde que haja por parte do planejamento dessas atividades, profissionais com domínio da Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, com vistas à garantia do pleno acesso dos surdos às diferentes áreas do lazer e do turismo como direito de todos os cidadãos.

Biografia do Autor

  • Filipe Vieira de Oliveira, Universidade Federal do Tocantins, Arraias,TO

    Doutor em Ciência Ambiental pelo Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente da Universidade de São Paulo - PROCAM/IEE/USP (Linha de Pesquisa Desenvolvimento Socioambiental). Mestre em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Mudança Social e Participação Política da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo - PROMUSPP/EACH/USP (Linha de Pesquisa Dimensão Socioambiental, Patrimônio e Políticas Territoriais), com parte dos estudos realizados no Departamento de Geografia da Universidade de Sevilha - Espanha. Especialista em Gestão Pública de Controle e Educação Ambiental pela Universidade Federal de São Paulo - UNIFESP. Graduado em Gestão de Turismo pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo - IFSP. Professor na Universidade Federal do Tocantins no curso de Turismo Patrimonial e Socioambiental. Pesquisador com interesse nos estudos urbanos e ambientais e suas relações com o turismo, patrimônio e o desenvolvimento local.

  • Thamyres Alves de Sousa, Universidade Federal do Tocantins, Arraias, TO

    Graduada em Turismo Patrimonial e Sociambiental, UFT, Campus de Arraias.

Referências

ANDRADE, L. L. de: ALVES, A. M. A inclusão do surdo na atividade do turismo através do uso de libras. 2011, f. 16, Monografia (Bacharelado em Turismo) - Fundação Visconde de Cairu, 2011.

BLENGINI, I. A. D., et. al. Trilha interpretativa como proposta de Educação Ambiental: um estudo na RPPN do Caju (SE). Revista Brasileira de Ecoturismo, São Paulo, v.12, n.1, fev/abr 2019, p. 142-161.

BRASIL. Decreto n° 3.298 e 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm>. Acesso em: 07 out. 2019.

BRASIL. LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2015/lei/l13146.htm>. Acesso em: 20/07/2020.

BRASIL. Código de Ética Mundial do Turismo. Ministério do Turismo. Disponível em: <http://www.turismo.gov.br/sites/default/turismo/o_ministerio/publicacoes/downloads_publicacoes/PREVIEW_MTUR_Codigo_de_Etica_Turismo_120_210mm_Portugues.pdf>. Acesso em: 08 out. 2019.

BRASIL. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRÁFIA E ESTATÍSTICA – IBGE. Estatísticas. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/to/arraias/panorama Acesso em 18 maio 2010.

COSTA, L. de A. da. Turismo Adaptado: Acessibilidade turística para cadeirantes nos cincos principais atrativos turísticos da cidade de Curitiba-PR. 2012, f. 97, Monografia (Bacharelado em Turismo) - Universidade Estadual do Centro – Oeste - UNICENTRO, Campus de Irati, 2012.

DUMAZEDIER, J. Sociologia empírica do lazer. São Paulo, Perspectiva SESC, 1999.

EISENLOHR, P. V. et al. Trilha e seu papel ecológico: o que temos aprendido e quais as perspectivas para a restauração de ecossistemas? Hoehnea 40(3), 2013, p. 407 - 418.

FLORÊNCIO, I. C. de M. Protótipo de um aplicativo turístico da cidade de Caruaru para a comunidade surda. 2016, f. 62. Monografia (Curso de Design) - Universidade Federal Universidade Federal de Pernambuco, 2016.

IRVING, M. Turismo, áreas protegidas e inclusão social: Uma triangulação necessária em planejamento, no caso brasileiro. In: IRVING, M.A.; R., CAMILA, G.O.; RABINOVICI, A. (Orgs.). Turismo, áreas protegidas e inclusão social: diálogos entre saberes e fazeres. Rio de Janeiro. Folio Digital: Letra e Imagem, 2015.

LAGES, S. R. C.; MARTINS, R. Turismo inclusivo: a importância da capacitação do profissional de turismo para o atendimento auditivo. Estação cientifica, Juiz de Fora, n.03, out. 2006, p. 1-17.

LIMA, R. P. Turismo sem barreiras: uma proposta para aumentar a inclusão dos deficientes nas atividades turísticas. 2004, f. 67, Monografia (Especialização em Gestão e Marketing do Turismo) - Universidade de Brasília-UnB, Brasília-DF, 2004.

LIMA, M. M. P.; SILVA, L. da. Educação Ambiental Através de Trilha Interpretativa em Área Protegida no Município de Quixadá-CE. CONIDIS I Congresso Internacional da Diversidade do Seminário. Disponível em: <https://editorarealize.com.br/revistas/conidis/trabalhos/TRABALHO_EV064_MD1_SA7_ID898_30082016114101.pdf>. Acesso em: 23 mar. 2020.

LOPES, K. H. C. TURISMO: o surdo e a viagem. 2017, f. 77, Monografia (Centro de Excelência em Turismo) - Universidade de Brasília-UnB, Brasília-DF, 2017.

LUCHIARI, M.T.D. P. O lugar no mundo contemporâneo: Turismo e urbanização em Ubatuba – SP. Tese (doutorado), 277 pp. Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, 1999.

MENDES, B. C.; PAULA, N. M. de. A hospitalidade, o turismo e a inclusão social para cadeirantes. Turismo em Análise, V. 9, n. 2, ago. 2008, p. 329-343.

MIRANDA, H. S. et al. Queimadas de Cerrado: caracterização e impactos. In: AGUIAR, L. M. D. S.; CAMARGO, A. J. A. (Ed.). Cerrado: ecologia e caracterização. Planaltina: EMBRAPA Cerrados, 2004, p. 69-123.

OLIVEIRA, F. V. de. Patrimônio cultural e natural, turismo e desenvolvimento local no município de São José do Barreiro – SP: Uma esperança condicional. 2020. 228 f. Tese (Doutorado em Ciência Ambiental) – Instituto de Energia e Ambiente. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2020.

PRIMACK, R. B; RODRIGUES, E. Biologia da Conservação. Londrina: Editora Planta. 2002.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. de. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. E-book. 2. ed., Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

REATTO, A. et al. Solos do Bioma Cerrado: aspectos pedológicos. In: SANO, S. M.; ALMEIDA, S. P.; RIBEIRO, J. F. (Orgs). Cerrado: ecologia e flora. Planaltina: Embrapa; CPAC, 2008, p. 107-150.

RIBEIRO, J. F; WALTER, B. M. T. As principais fitofisionomias do Bioma Cerrado. In.: SANO, S. M; ALMEIDA, S. P; RIBEIRO, J. F. (Orgs.). Ecologia e flora. Brasília: EMBRAPA, 2008, p. 151-212.

RIOS, M. N. S. et al. Mudanças pós-fogo na florística e estrutura da vegetação arbóreo-arbustiva de um cerrado sentido restrito em Planaltina, DF. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 28, n. 2, 2018, p. 469-482.

SANTOS, S. FREITAS dos; AMARAL, A. F.; MESSIAS, N. C. Rio Arraias: potencialidades turísticas na região das Serras Gerais. In: BALSAN, R.; NASCIMENTO, N. N. do; OLIVEIRA, M. C. A. de (Orgs.) Identidades do turismo no tocantins. Palmas: EDUFT. 2020, p. 76-85.

SANTOS, M. C. dos; FLORES, M. D.; ZANIN, E. Maria. Trilhas Interpretativas como instrumento de interpretação, sensibilização ambiental na APAE de ERECHIM/RS. Revista Eletrônica de Extensão da URI. vol. 7, n. 13, 2011, p. 1-9.

SILVA, M. ACESSIBILIDADE EM TURISMO: a acessibilidade dos surdos aos serviços turísticos de Goiânia-GO, Turismo em Análise, v. 24, n. 2, ago. 2013, p. 1-20.

SHIMOSAKI, R. Roteiro Inclusivo Para Surdo. Turismo Adaptado. 30 mai. 2019, p. 1. Disponível Disponível em: <https://turismoadaptado.com.br/roteiro-turistico-inclusivo-para-surdos/>. Acesso em: 06 nov. 2019.

Downloads

Publicado

01.02.2022

Como Citar

AMARAL, Alice Fátima; OLIVEIRA, Filipe Vieira de; SOUSA, Thamyres Alves de. Ecoturismo e acessibilidade: uma trilha em LIBRAS. Revista Brasileira de Ecoturismo (RBEcotur), [S. l.], v. 15, n. 1, 2022. DOI: 10.34024/rbecotur.2022.v15.12393. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/ecoturismo/article/view/12393. Acesso em: 5 dez. 2025.
Recebido 2021-07-05
Aprovado 2021-09-22
Publicado 2022-02-01