Cafeicultura Familiar e um possível modelo para o Turismo do Café em Minas Gerais

Autores

  • Helga Cristina Carvalho Andrade Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas, Pouso Alegre, MG
  • Marina Bernardes Carneiro Moss Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

DOI:

https://doi.org/10.34024/rbecotur.2012.v5.6112

Resumo

A cafeicultura brasileira é composta 60% por agricultores familiares, responsáveis por 25% da produção nacional. No estado de Minas Gerais, a cafeicultura exerce grande influência sobre muitas economias locais, cujos municípios em geral estão localizados em áreas de montanha. O café, no contexto da agricultura familiar, não pode ser tratado com um produto genérico, já que em torno do mesmo formou-se uma cultura que ultrapassa o modo produtivo, influenciando a vida em comunidade, as tradições e mesmo a qualidade do produto final. Por ser um produto influenciado pelo microclima e pelo fator humano, o café goza de prestígio como gênero gastronômico, e o universo que o envolve pode atrair fluxo turístico para as regiões produtoras. Na Colômbia, características locais – grande maioria de agricultores familiares, dificuldades de cultivo em larga escala e de comercialização – levaram à criação da Federação dos Cafeicultores da Colômbia, organismo que não só buscou a valorização do café colombiano perante o mercado internacional, como promoveu nas origens condições para o desenvolvimento turístico centrado no tripé produto (café) x produtor (cafeicultor) x meio produtivo (microclima). Os objetivos desse trabalho consistem em i) identificar as características semelhantes entre as realidades colombiana e mineira quanto à cultura do café; ii) analisar o modelo de aproveitamento turístico do café na Colômbia; e iii) apontar diretrizes para o turismo rural focado na cafeicultura familiar mineira. A metodologia incluiu três etapas de trabalho, sendo a primeira de revisão bibliográfica, a segunda de investigação documental sobre o objeto de estudo e a terceira uma visita ao Eixo Cafeeiro, para vivenciar uma experiência de turismo rural na Colômbia. Os resultados encontrados mostram que o caso de sucesso na Colômbia, que possui características geográficas e culturais semelhantes ao estado de Minas Gerais com relação ao café, apresenta-se como um modelo a ser analisado e adaptado, visando à valorização do café mineiro em suas especificidades, o incremento de renda do cafeicultor familiar e a criação de uma identidade gastronômica mineira que inclua o café.

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Biografia do Autor

Helga Cristina Carvalho Andrade, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul de Minas, Pouso Alegre, MG

Turismóloga (UFMG), Pós-Graduanda em Cafeicultura (IFSULDEMINAS) e Barista certificada pela Associação Brasileira de Baristas, desenvolvo trabalhos focados na pesquisa em turismo, gastronomia e cafeicultura, capacitação de produtores rurais e outros grupos relacionados ao desenvolvimento de produtos locais. Ministro cursos de extensão no IFSULDEMINAS – Campus Machado, e outros cursos e palestras na área de turismo, barismo e qualidade de café para empresas e instituições públicas. Possuo experiência na organização de eventos e viagens de conteúdo educativo, cultural e social.

Marina Bernardes Carneiro Moss, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG

Turismóloga (UFMG)

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Publicado

27.09.2012

Como Citar

Andrade, H. C. C., & Moss, M. B. C. (2012). Cafeicultura Familiar e um possível modelo para o Turismo do Café em Minas Gerais. Revista Brasileira De Ecoturismo (RBEcotur), 5(3). https://doi.org/10.34024/rbecotur.2012.v5.6112
Recebido: 2012-05-30
Aceito: 2012-08-17
Publicado: 2012-09-27