AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO GERENCIADAS PELO IEF REGIONAL DIAMANTINA (MG): UM ENFOQUE METODOLOGICO ACERCA DOS INVENTÁRIOS TURÍSTICOS

Autores

  • Virginia Martins Fonseca

DOI:

https://doi.org/10.34024/rbecotur.2011.v4.5994

Resumo

Sabe-se que Minas Gerais possui significativa relevância ambiental, diante das riquezas e variedades de paisagens, recursos hídricos, diversidade da fauna e flora e sítios arqueológicos. A necessidade de preservação ambiental é incentivada com a implantação das unidades de conservação (UC’s). São necessárias algumas estratégias no processo de preservação e apropriação da sociedade pelo meio ambiente e UC’s, como o uso público, por meio da atividade ecoturística. E, para que o turismo ocorra de forma responsável é primordial a realização de pesquisas que viabilizem o planejamento e avaliação constante acerca dos tipos e formas mais apropriados de uso. Nesse contexto, foi firmado um convênio entre a Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), por meio do Núcleo de Estudos em Turismo, e o Instituto Estadual das Florestas (IEF) – Regional Alto Jequitinhonha, no intuito de desenvolver uma pesquisa-ação dos atrativos turísticos de quatro UC´s: Parque Estadual de Biribiri (PEBI), Parque Estadual do Pico do Itambé (PEPI), Parque Estadual da Serra do Intendente (PESI) e Parque Estadual da Serra do Cabral (PESC). A metodologia consistiu em quatro etapas: 1) Pesquisa Bibliográfica: referencial teórico, considerando o conhecimento cientifico publicado para instruir os discentes envolvidos no desenvolvimento do projeto além do embasamento teórico do inventário; 2) Pesquisa Documental: levantamento de gabinete em documentos técnicos, como Plano de Manejo, características gerais, aspectos da constituição, usos sociais e históricos do território e área circunvizinha. Implicou na caracterização dos aspectos físico-naturais da UC, analise das cartas topográficas e planejamento da estratégia da pesquisa in loco; 3) Pesquisa in loco: atuação direta dos discentes nas UC’s. Foi realizada, a priori, a descrição de todos os atrativos (turísticos efetivos e,ou potenciais) com identificação da: localização, acesso, distâncias, coordenadas geográficas, grau de conservação, características de vegetação, relevo e hidrografia, índices de elevação, medidas e características fisionômicas, conforme equipamentos eletrônicos disponibilizados pelos parceiros envolvidos. Estabeleceu-se, ainda, o georeferenciamento das trilhas, pontos de referências, atrativos e infra-estrutura existente, bem como registro sistemático em mídia digital das imagens e paisagens das UC’s; 4) Tabulação dos dados e elaboração do documento final: digitalização dos dados coletados para elaboração do inventário, com todas as informações e imagens dos atrativos visitados. Após a revisão final, os inventários foram entregues para a equipe do IEF Regional Diamantina e as gerências das UC´s pela equipe de pesquisadores-discentes. Acreditamos que o presente trabalho tem como objetivo principal, nesse primeiro momento de parceria, favorecer e subsidiar estudos mais elaborados para o desenvolvimento da atividade turística de forma responsável (levantamento de suporte de carga dos atrativos, estruturação harmônica dos espaços e áreas de convívio social da UC, implantação de projetos de sinalização, interpretação e educação ambiental, manutenção dos atrativos e trilhas de acesso, qualificação profissional, pesquisa de demanda, dentre outros, que são essenciais no processo organizacional da atividade). No PEPI foram inventariados 17 atrativos; no PEBI foram 40 atrativos; no PESI, 13 atrativos e; no PESC foram identificados 10 atrativos. O inventário é um instrumento para o planejamento turístico, tanto setorial como territorial; a partir dele podem-se realizar avaliações e estabelecerem-se propriedades para a aplicação dos recursos disponíveis; ele proporciona informações de suma importância para o desenvolvimento planejado e orientado do turismo, pressupõe avaliação constante e zonificação; diversifica áreas de desenvolvimento, favorecendo o estudo e o desenvolvimento do turismo; promove a integração das áreas similares, etc. Portanto, um inventário deve ser elaborado pautado na credibilidade, como retrato fiel da realidade dos atrativos turísticos e de sua situação, assim como dos equipamentos e serviços e da infra-estrutura de apoio turístico, e; na flexibilidade, deve ser claro, aberto, dinâmico, permitindo considerar, periodicamente, todas as variações que experimentam os atrativos, serviços e infra-estrutura.

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Publicado

24.10.2011

Como Citar

Fonseca, V. M. (2011). AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO GERENCIADAS PELO IEF REGIONAL DIAMANTINA (MG): UM ENFOQUE METODOLOGICO ACERCA DOS INVENTÁRIOS TURÍSTICOS. Revista Brasileira De Ecoturismo (RBEcotur), 4(4). https://doi.org/10.34024/rbecotur.2011.v4.5994

Edição

Seção

Arquivos Individuais
Recebido: 2011-08-30
Aceito: 2011-09-01
Publicado: 2011-10-24