A Nação e a Amazônia
o lugar da região amazônica na diferenciação regional brasileira durante a segunda metade do século XIX
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463333ea00122Palavras-chave:
Diferenciação regional. Brasil. Amazônia.Resumo
A partir do Segundo Reinado, a geografia do poder delineou-se para que as elites da Corte assumissem considerável peso político, acompanhadas, por sua vez, pelas elites políticas baianas e pernambucanas do Norte (agrário). Além da política, as questões econômicas brasileiras foram determinantes para a acentuação da diferenciação regional no país. Por exemplo, entre 1860 e 1870, notou-se uma curva ascendente da produção do café e um decréscimo do açúcar e do algodão. Logo, as elites do Sul passaram a ter maiores rendimentos e, consequentemente, maior peso político na cena nacional em detrimento das elites nortistas. O objetivo desse trabalho é analisar o lugar da Região Amazônica no contexto da acentuação das diferenças regionais do Brasil durante o Segundo Reinado, visando a conceder destaque aos aspectos políticos desse processo. Apoiado em documentações, como os Anais do Parlamento Brasileiro, periódicos e obras raras e de referência sobre a política nacional, este trabalho se justifica pela análise referente à posição ocupada pelo Pará e Amazonas na nação e a compreensão histórica acerca da formação de um regionalismo político amazônico no período. As conclusões apontam para que o discurso de região abandonada e desprivilegiada pelo Governo Central tenha ganhado maiores proporções no Norte amazônico no contexto em tela, sobretudo, como resultado da luta travada pelas suas elites políticas em busca de reconhecimento e atendimento aos pleitos da região.
Downloads
Métricas
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Roberg Januário dos Santos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.