Príncipes negros nas festas de brancos
poder, revolta e identidades escravas nas Minas setecentistas
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463320110208Palavras-chave:
escravidão, poder, identidadesResumo
Este artigo tem como objetivo principal apontar para a apropriação das festas religiosas pelos cativos nas Minas setecentistas a partir de um estudo de caso: a tentativa de sublevação escrava de 1719. Deseja-se também discutir a construção das identidades negras nesta capitania, destacando o confronto entre duas lógicas, a “étnica”, trazida pelos africanos escravizados, e a “colonial”, que incorpora identidades múltiplas. Na organização da sublevação estas duas lógicas estavam presentes, e o impasse criado no momento da escolha do líder da revolta resultou no seu desmantelamento. Longe de servir como mecanismo de controle social, a religião foi reinterpretada pelos cativos como forma de reconstruir suas identidades, para se protegerem e reafirmarem direitos. Do mesmo modo, as festas foram propícias para organizar sublevações.
Downloads
Métricas
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Renato da Silva Dias
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.