Relatos imperiais
a literatura de viagem entre a política e a ciência na Espanha, França e Inglaterra (1680-1780)
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463320130607Palavras-chave:
literatura de viagem, expansão ultramarina, IlustraçãoResumo
A literatura de viagem surgiu como uma prática cultural associada à
expansão marítima europeia. Das histórias curiosas e cheias de aventuras
das primeiras empresas lusitanas e castelhanas na África, no Oriente Médio
e no Extremo Oriente, o gênero passou a consolidar-se como um avanço
do saber, na medida em que a Revolução Científica fixava padrões cada vez
mais estáveis de verdade, verossimilhança e objetividade. Entre o final do
século XVII e o final do século XVIII, as potências coloniais envolvidas em
uma intensa competição pelo domínio dos mares e territórios ultramarinos
procuraram legitimar seus projetos de expansão em empresas sustentadas
em suas aspirações para aperfeiçoar o saber ilustrado da época, orientado a
construir um conhecimento universal sobre o planeta, suas espécies vegetais
e animais e suas sociedades e culturas. Com base nos relatos de viagens
da época existentes na Biblioteca do Museu Etnográfico de Buenos Aires,
o trabalho busca identificar as características dessas empresas e obras
em relação ao contexto internacional, à política imperial dos Estados e às
condições socioculturais do público interessado nessas obras, com o objetivo
de assinalar as semelhanças e diferenças entre elas.
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