Ardras, minas e jejes, ou escravos de “primeira reputação”
políticas africanas, tráfico negreiro e identidade étnica na Bahia do século XVIII
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463320161202Palavras-chave:
Tráfico de escravos, Nações africanas, Gbè-falantesResumo
Em 1715, um viajante francês comentou que Salvador parecia uma
“nova Guiné”, devido à diversidade de origem dos escravos. Malgrado
essa diversidade, Salvador guardava uma alta concentração de africanos
escravizados que compartilhavam origens similares. Estes escravos vinham
principalmente do golfo do Benim, a segunda maior região escravista
na África. O artigo visa discutir a presença dos falantes das línguas gbè
(ardras, minas e jejes, principalmente) na Bahia durante o século XVIII.
O trabalho de Luís Nicolau Parés, A formação do Candomblé, ilumina a
presença de africanos da área gbè na Bahia setecentista. Ainda assim, há
a necessidade de investigar as dinâmicas atlânticas que resultaram na
deportação de gbè falantes para as Américas à luz de novas fontes. Ao
explorar as conexões entre os eventos políticos no golfo do Benim e o
tráfico baiano de escravos, o artigo também busca os números e origens
dos exportados para a Bahia. Procuro combinar análises quantitativas
acerca dos números do tráfico transatlântico de escravos, inventários post
mortem e registros de batismo de modo a lançar luz sobre as vidas dos
africanos ocidentais na Bahia do século XVIII.
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