Comércio trans-imperial e monarquismo no Rio da Prata revolucionário
Montevidéu e a província cisplatina (1808-1822)
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463324ed00819Resumo
Devido a crise de legitimidade desencadeada pela invasão napoleônica
da Espanha em 1808, diferentes projetos políticos
surgiram nas colônias hispano-americanas. No Rio da Plata,
enquanto Buenos Aires emergiu como um pólo revolucionário,
a cidade portuária de Montevidéu optou por projetos políticos
monárquicos e monarquistas. Este artigo examina a relação
entre o comércio trans-imperial e monarquismo no Rio da Prata,
e especialmente em Montevidéu. Os projetos monárquicos
no Rio da Prata estavam intimamente associados à manutenção
de redes de comércio trans-imperiais e à manutenção da
ordem política e econômica do período colonial. O monarquismo
representava a continuidade dos princípios legais do antigo
regime, proporcionava segurança e estabilidade ao comércio
trans-imperial e, acima de tudo, impedia as mudanças econômicas,
políticas e sociais propostas pelos projetos revolucionários.
Além disso, este trabalho contribui para os debates sobre
os múltiplos significados de soberania e autonomia política durante
a era das revoluções na América ibérica.
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