Global citizens
urban citizenship in the construction of English America
DOI:
https://doi.org/10.1590/2236-463324ed00619Resumo
Esse artigo examina o papel que ideias sobre a cidadania urbana
tiveram no desenvolvimento das colônias inglesas nas Américas.
Tradicionalmente, as Américas inglesas são tidas como
rurais em comparação com as Américas portuguesa e espanhola.
Enquanto é certo que vilas coloniais inglesas contaram
com populações menos numerosas do que aquelas das cidades
coloniais ibéricas, noções de identidade política urbanas não
estiveram ausentes nas colônias inglesas. De fato, a cidadania
e cultura política urbanas estavam à frente do processo colonizador
inglês no século XVII. Contrário ao que ocorreu nas
Américas Ibéricas, porém, colonos ingleses criaram menos comunidades
urbanas novas e continuaram a cultivar suas identidades
enraizadas em cidades e vilas específicas da Inglaterra.
Dessa forma, a América inglesa se tornou uma teia de redes de
cidadanias urbanas sobrepostas umas às outras ainda conectadas
às comunidades corporativas inglesas. Consequentemente,
quando monarcas ingleses tentaram centralizar o estado imperial
no início do século XVII, colonos resistiram a essa imposição
política e econômica através da adoção de estruturas e
retórica urbanas republicanas. A importância destas tradições
republicanas urbanas ajuda a explicar o tipo específico de republicanismo
que se tornou popular na América inglesa nas
décadas anteriores à revolução americana. Essa rica tradição
republicana urbana esteve em grande parte desconectada de
comunidades urbana específicas, o que permitiu que essa ideologia
se mantivesse flexível o suficiente para resistir às reformas
racionais do final do século XVIII e para sustentar uma
definição mais abertamente excludente de cidadania na nova
nação americana.
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