Body identity in prostitution

A reflection from the film Pretty Woman

Authors

DOI:

https://doi.org/10.34024/prometeica.2024.29.16263

Keywords:

prostitution, sex worker, bodies, sexuality

Abstract

Body identity and the expression of sexuality in Western culture are marked by taboos and must be restricted to the intimacy of the “four walls”. However, the experience of intimacy is socially constructed and carries with it all the marks of a historical time, in which bodies are inscribed. Prostitute women who defy the moral prescripts of sexuality linked to reproduction and marriage and who monetize the sexual experience suffer from social penalties, such as exclusion. The objective of this work is to reflect, based on the movie A Beautiful Woman, the way in which the body identity of female sex workers is socially signified, based on Brazilian literature. The chosen methodology is film analysis, through the thematic categories: objectification of the female body, social invisibilization of the female body and body training. The clothes, the aesthetic composition of a sex worker belonging to a lower-class context, as portrayed in the film by the character Vivian, are the target of a stereotype of vulgarity and reduces her to a sexual object. These women become more vulnerable to various types of violence, abuse and exploitation, which, in addition to the dehumanization of bodies, promotes the invisibility and disposal for those who do not feed the stereotype of prostitution. To belong to the class of “respectable” women, they surrender to bodily and cultural training, which becomes the passport to social visibility. This path occurs in the film with the character Vivian, who undergoes through a training of her body and the containment of her previous gestural habits, in order to socially perform the role of a morally respectable woman, which can also be understood as violence, which can be considered an illustration of the Brazilian scenario.

Metrics

Metrics Loading ...

Author Biographies

  • Dariene Castellucci Martins, Mestrado Profissional em Práticas Institucionais em Saúde Mental e Graduação em Psicologia da Universidade Paulista

    Psicóloga, mestranda na temática de sexualidade e gênero.

  • Selma Aparecida Geraldo Benzoni, Mestrado Profissional em Práticas Institucionais em Saúde Mental e Graduação em Psicologia da Universidade Paulista

    Psicóloga, Doutora em Educação Escolar - na linha de sexualidade, Mestre em Ciências na linha de Saúde Mental. Docente permanente Titular da Pós-Graduação Mestrado Profissional em Saúde Mental da Universidade Paulista - UNIP e do curso de Graduação em Psicologia da Universidade Paulista - UNIP - campus Vargas Ribeirão Preto. Psicoterapia de Orientação Psicanalítica e sexualidade.

References

Beauvoir,S. (2016). O segundo Sexo. Nova Fronteira.

Bedin, R. C., Muzzeti, L. R., & Ribeiro, P. R. M. (2020) A institucionalização do conhecimento sexual no Brasil: sexologia e educação sexual do século XIX aos nossos dias. Humanidades e Inovação, 7(27), 71–88.

Brito, N. S., Belém, J. M., Oliveira, T. M., Albuquerque, G. A., & Quirino, G. S. (2019). Cotidiano de trabalho e acesso aos serviços de saúde de mulheres profissionais do sexo. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, 20, e33841. http://periodicos.ufc.br/rene/article/view/33841/pdf

Butler, J. (2015). Quadros de guerra: quando a vida é passível de luto? (7. ed.). Civilização Brasileira.

Butler, J. (2021). Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (21. ed.). Civilização Brasileira.

Cantalice, T. (2011). O melhor do Brasil é o brasileiro! Corpo, identidade, desejo e poder. Revista Latino Americana, 7, 69–102. https://doi.org/10.1590/S1984-64872011000200004

Carmo, P. S. (2011). Entre a luxúria e o pudor: a história do sexo no Brasil. Octavo.

Clarindo,A. , Zamboni, J. & Martins, R. (2021). Atravessando as portas dos puteiros: Como as teorias feministas chegam na zona? Revista Psicologia & Sociedade, 33, e234859. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2021v33234859

G1 (2023, junho). Musical do filme ‘Uma linda mulher’, sucesso nos anos 90, chega a SP em setembro; vendas estão abertas. https://g1.globo.com/guia/guia-sp/noticia/2023/06/01/musical-do-filme-uma-linda-mulher-sucesso-nos-anos-90-chega-a-sp-em-setembro-vendas-estao-abertas.ghtml

Herrera, I. H., & Macuer, P. C. (2020). Las personas en situación de prostitución. ¿Disposición del propio cuerpo o cosificación de la subjetividad humana? Cuadernos de Bioética, 31(103), 319–328.

Lee, R. (2003). Amor e sexo. Em Balacobaco. Universal Music Group.

Lee, R. (2000). Erva venenose. Em 3001.Universal Music Group

Leite, G. (2009). Filha, mãe, avó e puta: a história de uma mulher que decidiu ser prostituta. Objetiva.

Leite, K. L. C. (2017). Implicações da moral religiosa e dos pressupostos científicos na construção das representações do corpo e da sexualidade femininos no Brasil. Cadernos Pagu, 49. https://doi.org/10.1590/18094449201700490022

Louro, G. L. (2000). O corpo educado: pedagogias da sexualidade (2. ed.). Autêntica.

Malcher, M., & Rial, C. S. (2019). Quem tem medo do feminismo negro? A urgência do debate racial no Brasil. Revista Estudos Feministas, 27(3), 1–4. https://doi.org/10.1590/1806-9584-2019v27n360959

Mizael, T. M., Barrozo, S. C. V., & Hunziker, M. H. L. (2021). Solidão da mulher negra: uma revisão da literatura. Revista da Associação Brasileira de Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 13(38), 212–239. https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1270

Novaes, J. V. (2022). Corpo feminino e sexualidade: gordura, feiura e exclusão social. Tempo psicanalítico, 54(2), 357–380. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?pid=S0101-48382022000200017&script=sci_arttext

Pereira, C. S. (2005). Lavar, passar e receber visitas: debates sobre a regulamentação da prostituição e experiências de trabalho sexual em Buenos Aires e no Rio de Janeiro, fim do século XIX. Cadernos Pagu, 25, 25–54. https://doi.org/10.1590/S0104-83332005000200002

Rebolho, A. C. F. (2015). Estudo bibliográfico das atitudes e comportamentos ligados à prostituição da Pré-história aos dias atuais (Tese de Doutorado em Educação Escolar, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita”).

Roby, L. B., Brito, D. J.; Rivera, E. C. S., & Rosero, A. A. (2021). Cuerpo y cosificación sexual: percepciones em la comunidad indígena shuar. Ciencia y Enfermeria, 27. Doi: 10.29393/Ce27-17ccla 40017.

Rodrigues, M. T. (2009). A prostituição no Brasil contemporâneo: um trabalho como outro qualquer? Revista Katalysis, 12(1), 68–76.

Santos, F. (2019). Corpo e sexualidade em diferentes suportes: da pré-história à era digital (Tese de Doutorado em Educação Escolar, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita”).

Santos, T. B. P., & Botazzo, C. (2021). Mulheres: prostituição e cuidados em saúde sexual. BIS, 22(1), 78–84. https://doi.org/10.52753/bis.v22i1.38608

Scherdien, C., Bortolini, A. C. S., & Oltramari, A. P. (2018). Relações e trabalho e cinema: uma análise do filme “Que horas ela volta?”. Farol: Revista de Estudos Organizacionais e do Trabalho, 5(12), 130–197. https://doi.org/10.25113/farol.v4i11.3874

Skackauskas, A. (2017). O benevolente e a “vítima” na prostituição: poder e violência simbólica em interações entre prostitutas e a pastoral da Mulher Marginalizada. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), 27, 66–96. https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2017.27.05.a

Sívori, H., Giumbelli, E., Rohden, F., & Carrara, S. (2017). “Fundamentalismos”, sexualidade e direitos humanos: interrogando termos, expandindo horizontes. Sexualidad, Salud y Sociedad (Rio de Janeiro), 26, 171–180. DOI: https://doi.org/10.1590/1984-6487.sess.2017.26.09.a

Sousa, R. M. R. B., Frota, M. M. A., Castro, C., Sousa, F. B., Kendall, B. C., & Kerr, L. R. F. S. (2017). Prostituição, HIV/Aids e vulnerabilidades: a “cama da casa” e a “cama da rua”. Cadernos Saúde Coletiva, 25(4). https://doi.org/10.1590/1414-462X201700040242

Tilio, R., Moré, I. A. A., Sampaio, N. P., Ribeiro-Leandro, R. C., Cohen, C. R., Leonidas, C. (2021). Corpo feminino e violência de gênero: uma análise do documentário “Chega de Fiu Fiu”. Psicologia e Sociedade, 33. https://doi.org/10.1590/1807-0310/2021v33228620

Uma linda mulher. (27 Julho 1990) Direção: Garry Marshall. Produção: Arnon Milchan. Escritor: J. F. Lawton. Interpretes: Richard Gere, Julia Roberts, Hector Elizondo, Ralph Bellamy e Jason Alexander. 1 fita de vídeo (119 min), son, color, 12 mm.

Zampier, R. L., & Farias, R. C. (2019). Entre a subordinação e a agência: uma análise da geossociabilidade feminina a partir do filme Uma linda mulher. Holos, 4, e8200. https://doi.org/10.15628/holos.2019.8200

Zanello, V. (2018). Saúde mental, gênero e dispositivos: cultura e processos de subjetivação. Appris.

Published

2024-03-05

How to Cite

Castellucci Martins, D., & Geraldo Benzoni, S. A. (2024). Body identity in prostitution: A reflection from the film Pretty Woman. Prometeica - Journal of Philosophy and Science, 29, 320-334. https://doi.org/10.34024/prometeica.2024.29.16263