Letramento em saúde e conhecimento de pessoas com lesão medular espinhal
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2024.v32.16318Palavras-chave:
Traumatismos da medula espinhal, Letramento em saúde, Reabilitação, Educação em saúde, ConhecimentoResumo
Introdução. Para um adequado gerenciamento em saúde, o indivíduo necessita compreender sobre sua condição clínica e saber tomar decisões críticas e assertivas sobre sua saúde, ressaltando o letramento em saúde (LS) adequado como importante aliado nesse processo. Objetivo. Analisar o LS e o conhecimento acerca das condições clínicas de pessoas com Lesão Medular Espinhal (LME) internadas para um processo de reabilitação. Método. Estudo analítico longitudinal quantitativo, que incluiu indivíduos com LME, ≥18 anos, de etiologia traumática, com tempo de lesão ≤18 meses. Foram utilizados o European Health Literacy Survey Questionnaire short-short form (HLS-EU-Q6) e questionário elaborado pelos autores em relação ao conhecimento sobre LME. Resultados. 35 indivíduos, com média de idade de 41,97±17,48 anos; 28(80%) do sexo masculino, 17 (48,57%) indivíduos possuíam nível de lesão torácica, a maior parte evoluiu com lesões completas, ASIA Impairment Scale (AIS) A 16 (45,70%) indivíduos, e a principal etiologia adveio de acidentes automobilísticos 16 (45,71%) indivíduos. 29 (82,85%) indivíduos foram admitidos com nível de LS problemático e esse nível não mudou ao final da internação em 28 (80%) indivíduos. Houve melhora significante no conhecimento dos participantes ao final da internação (p=<0,01). Não houve correlação do LS com o questionário Conhecimento Sobre Lesão Medular Espinhal (p=0,09). Conclusão. O letramento em saúde de indivíduos com lesão medular espinhal não alterou durante o período de internação, permanecendo problemático. Houve melhora do conhecimento sobre condição clínica desta população, mesmo os que permaneceram em isolamento durante o período de internação.
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Aceito: 2024-04-09
Publicado: 2024-04-23