AMX0035 no tratamento da esclerose lateral amiotrófica: uma revisão de escopo
DOI:
https://doi.org/10.34024/rnc.2023.v31.15044Palavras-chave:
Eslerose Lateral amiotrófica, Riluzol, Tratamento farmacológico, Respiração artificial, Fenilbutirato de Sódio e TaurursodiolResumo
Objetivo. Realizar uma revisão de escopo acerca dos efeitos da utilização do medicamento AMX0035, comparado ao Riluzol, para o tratamento e diminuição da necessidade de ventilação mecânica de pacientes com esclerose lateral amiotrófica (ELA). Método. Utilizou-se a metodologia Population/Patient/Problem, Intervention, Control/Comparison, Outcome (PICO) como mecanismo norteador para elaboração da pergunta-problema, embasando a busca por artigos nas bases de dados SCIELO, BVS, MEDLINE e LILACS, selecionando, através dos critérios de exclusão e inclusão unidos aos operadores booleanos, os artigos almejados posteriormente, sendo encaminhados para o processo de extração. Resultados. Foram selecionados 3 artigos que utilizaram testes de controle randomizados e ensaios clínicos de fase II para ponderar a segurança e eficácia do fenilbutirato de sódio - taurursodiol em paciente com ELA. Em ambos, foi demonstrado que a utilização da medicação diminuiu expressivamente os efeitos da doença sobre as atividades funcionais dos pacientes pela escala ALSFRS, além de se verificar que as concentrações plasmáticas de subunidades pesadas de neurofilamentos fosforilados estavam menores nos grupos que receberam o placebo. Notou-se também que, nesse mesmo grupo, a taxa cumulativa de risco de morte, traqueostomia ou hospitalização foi maior. Conclusão. A utilização do AMX0035 demonstrou-se eficaz na melhora da condição clínica de pacientes com ELA, mas ainda são necessários estudos e pesquisas, com o intuito de se comprovar sua devida validade e garantir o mínimo de efeitos adversos possíveis.
Downloads
Métricas
Referências
Associação Brasileira de Esclerose Lateral Amiotrófica (AbrELA). Uma breve história da ELA. Classificação e quadro clínico, Diagnóstico, Epidemiologia, Etiologia, Tratamento, Orientação terapêutica sugerida. Esclerose Lateral Amiotrófica. São Paulo: AbrELA; 2013. https://www.abrela.org.br/wp-content/uploads/2018/05/AbrELA_LIVRETO_web.pdf
van Es MA, Hardiman O, Chio A, Al-Chalabi A, Pasterkamp RJ, Veldink JH, et al. Amyotrophic lateral sclerosis. Lancet 2017;390:2084-98. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(17)31287-4
D’Amico E, Factor-Litvak P, Santella RM, Mitsumoto H. Clinical perspective on oxidative stress in sporadic amyotrophic lateral sclerosis. Free Rad Biol Med 2013;65:509-27. https://doi.org/10.1016/j.freeradbiomed.2013.06.029
Saccon RA, Bunton-Stasyshyn RKA, Fisher EMC, Fratta P. Is SOD1 loss of function involved in amyotrophic lateral sclerosis? Brain 2013;136:2342-58. https://doi.org/10.1093/brain/awt097
Wang SJ, Wang KY, Wang WC. Mechanisms underlying the riluzole inhibition of glutamate release from rat cerebral cortex nerve terminals (synaptosomes). Neuroscience 2004;125:191-201. https://doi.org/10.1016/j.neuroscience.2004.01.019
Kruman II, Pedersen WA, Springer JE, Mattson MP. ALS-Linked Cu/Zn–SOD Mutation Increases Vulnerability of Motor Neurons to Excitotoxicity by a Mechanism Involving Increased Oxidative Stress and Perturbed Calcium Homeostasis. Exp Neurol 1999;160:28-39. https://doi.org/10.1006/exnr.1999.7190
Paganoni S, Macklin EA, Hendrix S, Berry JD, Elliott MA, Maiser S, et al. Trial of Sodium Phenylbutyrate–Taurursodiol for Amyotrophic Lateral Sclerosis. New Eng J Med 2020;383:919-30. https://doi.org/10.1056/NEJMoa1916945
Paganoni S, Berry JD, Quintana M, Macklin E, Saville BR, Detry MA, et al. Adaptive Platform Trials to Transform Amyotrophic Lateral Sclerosis Therapy Development. Ann Neurol 2022;91:165-75. https://doi.org/10.1002/ana.26285
Miller R. Riluzole for ALS: what is the evidence? Amyotrop Lat Scler Other Motor Neuron Dis 2003;4:135-5. https://doi.org/10.1080/14660820310012628
Grant MJ, Booth A. A typology of reviews: an analysis of 14 review types and associated methodologies. Health Infor Libr J 2009;26:91-108. https://doi.org/10.1111/j.1471-1842.2009.00848.x
Munn Z, Peters MDJ, Stern C, Tufanaru C, McArthur A, Aromataris E. Systematic Review or Scoping review? Guidance for Authors When Choosing between a Systematic or Scoping Review Approach. BMC Med Res Methodol 2018;18:143. https://doi.org/10.1186/s12874-018-0611-x
Tricco AC, Lillie E, Zarin W, O’Brien KK, Colquhoun H, Levac D, et al. PRISMA extension for scoping reviews (PRISMA-ScR): Checklist and explanation. Ann Intern Med 2018;169:467-73. https://doi.org/10.7326/M18-0850
Oliveira Araújo WC. Recuperação da informação em saúde. ConCI 2020;3:100-34. https://doi.org/10.33467/conci.v3i2.13447
Paganoni S, Hendrix S, Dickson SP, Knowlton N, Macklin EA, Berry JD, et al. Long‐term survival of participants in the CENTAUR trial of sodium phenylbutyrate‐taururs odiol in amyotrophic lateral sclerosis. Muscle Nerve 2021;63:31-9. https://doi.org/10.1002/mus.27091
Paganoni S, Hendrix S, Dickson SP, Knowlton N, Berry JD, Elliott MA, et al. Effect of sodium phenylbutyrate/taururso diol on tracheostomy/ventilatio n-free survival and hospitalisation in amyotrophic lateral sclerosis: long- term results from the CENTAUR trial. J Neurol Neurosurg Psychiatry 2022;93:871-5. https://doi.org/10.1136/jnnp-2022-329024
Sociedade Brasileira de Profissionais em Pesquisa Clínica (SBPPC). (internet). Disponível em: https://www.sbppc.org.br/fases-de-uma-pesquisa-clinica
Guedes K, Pereira C, Pavan K, Valério BCO. Cross-cultural adaptation and validation of als Functional Rating Scale-Revised in Portuguese language. Arq Neuropsiqu 2010;68:44-7. https://doi.org/10.1590/s0004-282x2010000100010
Gomes CMS, Zuqui AC, Schiavo KV, Oliveira JFP. Funcionalidade e qualidade de vida de pessoas com esclerose lateral amiotrófica e percepção da sobrecarga e apoio social de cuidadores informais. Acta Fisiatr 2021;27:167-73. https://doi.org/10.11606/issn.2317-0190.v27i3a172216
Santos A, Prudente C. Relação entre Capacidade Funcional e Qualidade de Vida de pacientes com Esclerose Lateral Amiotrófica. Anais do II Congresso de Ciência e Tecnologia da PUC Goiás - 2016. Disponível em: http://www2.pucgoias.edu.br/ucg/prope/pesquisa/anais/2016/PDF/XVII_JORNADA_INICIACAO_CIENTIFICA/anais-2congresso-ct2016-inicientifica.328.pdf
Institute for Clinical and Economic Review (ICER). AMX0035 and Oral Edaravone for Amyotrophic Lateral Sclerosis Evidence Report. 2022. https://icer.org/wp-content/uploads/2022/02/ICER_ALS_Evidence-Report_080422.pdf
Orsini M, França Júnior MC, Freitas MRG, Ribeiro P, Sant'Anna Junior M, Lopes ML, et al. Esclerose Lateral Amiotrófica: novas possibilidades terapêuticas em um arcabouço fisiopatológico ainda em construção. Rev Bras Neurol 2017;53:27-37. https://doi.org/10.46979/rbn.v53i4.14637
Linden Junior E, Linden D, Mathia GB, Brol AM, Heller P, Traverso MED, et al. Esclerose Lateral Amiotrófica:artigo de atualização. Fisioter Ação 2016;(Ann eletr):47-62. https://periodicos.unoesc.edu.br/fisioterapiaemacao/article/view/10241
Amorim DSR. A Terapêutica da Dor Neuropática em Portugal: Proposta de uma Linha Orientadora de Uniformização (Dissertação). Lisboa: Universidade de Lisboa, 2012. https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/11309/1/A%20Terap%C3%AAutica%20da%20dor%20Neurop%C3%A1tica%20em%20Portugal%20Proposta%20de%20uma%20Linha%20Orientadora%20de%20Uniformiza%C3%A7%C3%A3p.pdf
Albuquerque KMF, Pernambuco L, Lopes LW. Impacto do tratamento medicamentoso na voz, fala e deglutição de pacientes com esclerose lateral amiotrófica: revisão sistemática. Audiol Comm Res 2022;27:1-9. https://doi.org/10.1590/2317-6431-2021-2599
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Karolyna de Oliveira Ramos, Luciano Francisco de Luna Júnior, Luiz Eduardo Cruz Soares, Maíra Espíndola Torres, Paulo Gabriel Soares da Silva, Pedro Victor de Brito Cordeiro, Sérgio Roberto Fernandes Maciel, Ygor Falcão Gomes Mendes, Hugo Rafael de Souza e Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Aceito: 2023-06-07
Publicado: 2023-07-05