O que deixei: testamento de Sabina da Cruz, “a denunciante” da Revolta dos Malês

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DOI:

https://doi.org/10.34024/fontes.2025.v12.19623

Palavras-chave:

Bahia oitocentista, testamento, redes de sociabilidade

Resumo

Na sociedade escravista baiana oitocentista, os africanos escravizados e libertos tentavam se adaptar às imposições do Novo Mundo e, apesar das adversidades enfrentadas, conseguiram constituir redes de sociabilidade cujo apoio foi essencial para a manutenção de suas existências. O objetivo aqui é transcrever o testamento de Sabina da Cruz, africana, liberta e “denunciante” da Revolta dos Malês – a mais importante insurreição envolvendo escravizados e libertos na Bahia do século XIX. O testamento de Sabina é datado de 13 de agosto de 1868 e destaca-se por desvelar a rede  social na qual ela estava imbricada. Este documento apresenta-se como fonte de informações para remontar a trajetória da africana, bem como suscita possibilidades para compreender o que impulsionou suas ações.

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Biografia do Autor

  • Erika Cristina Damião, Universidade Federal de São Paulo

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Arquivos adicionais

Publicado

2025-06-10

Como Citar

DAMIÃO, Erika Cristina. O que deixei: testamento de Sabina da Cruz, “a denunciante” da Revolta dos Malês . Revista de fontes, Guarulhos, SP, Brasil., v. 12, n. 22, p. 55–62, 2025. DOI: 10.34024/fontes.2025.v12.19623. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/fontes/article/view/19623. Acesso em: 16 dez. 2025.