Uma breve história das traduções árabes do Tetrabiblos de Ptolomeu

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Cristina de Amorim Machado

Resumo

Este artigo apresenta as primeiras traduções da obra astrológica de Ptolomeu, o Tetrabiblos, que foi traduzido num dos maiores episódios tradutórios da história, o movimento de tradução ocorrido nos séculos VIII-X em Bagdá. O objetivo aqui é explicitar o papel da tradução na circulação das ciências, e o caráter de constructo histórico de obras tão antigas. Não se trata apenas de um texto escrito por Ptolomeu, trata-se de uma comunidade textual composta por todas as escritas e reescritas nas mais diversas línguas e culturas, ou seja, o Tetrabiblos, que, como qualquer texto, cresce a cada leitura. É importante trazer para a tradução científica as questões debatidas em relação à tradução literária, afinal, apesar de suas especificidades, passa pelos mesmos processos linguísticos e retóricos que qualquer outra atividade humana. Por fim, e não menos importante, nunca é demais lembrar as raízes árabes da ciência ocidental.

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Seção

Oriente e Ocidente

Biografia do Autor

Cristina de Amorim Machado, UEM

Professora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) desde 2012 e coordenadora do GP de Science Studies da UEM, doutora em Letras (PUC-Rio), mestre em Filosofia (PUC-Rio) e bacharel em Filosofia (UERJ), com pósdoc na Universidade de Lisboa e na UERJ na área de Filosofia e História das Ciências. E-mail: cristina_machado@yahoo.com.

Como Citar

Uma breve história das traduções árabes do Tetrabiblos de Ptolomeu. EXILIUM Revista de Estudos da Contemporaneidade, [S. l.], v. 2, n. 3, p. 121–148, 2021. DOI: 10.34024/exilium.v2i1.12885. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/exilium/article/view/12885. Acesso em: 5 dez. 2025.