Repensando a infância através da alteridade

Reflexões para a mudança social

Resumo

Este artigo analisa a alteridade como fator-chave para pensar a infância como categoria filosófica transformadora, uma vez que esta capacidade é o ponto de partida para o encontro entre sujeitos que se reconhecem como diferentes e que desejam estabelecer um diálogo para construirmos juntos uma sociedade melhor. Este posicionamento implica questionar a predominância do adultocentrismo na sociedade e reivindicar o papel dos rapazes e das raparigas como agentes de mudança social. Metodologicamente, o artigo baseia-se em uma exaustiva revisão bibliográfica que considera principalmente pesquisas e livros do México, Brasil, Chile e Espanha que enfocam a necessidade de refletir sobre a relação entre infância e alteridade. Utilizou-se o método descritivo-argumentativo para construir argumentos fundamentados e coerentes sobre o tema examinado. Após análise da bibliografia, argumenta-se a necessidade de desconstruir a educação tradicional para que meninos e meninas possam conhecer outros, respeitando sua diversidade e acolhendo-os em seu mundo. Como proposta de melhoria, argumenta-se que a incorporação da perspectiva de gênero, a abordagem intercultural e a educação emocional, e a avaliação da participação da criança no seu processo de aprendizagem, constituem as diretrizes básicas para configurar a alteridade como categoria significante de poder das crianças na sociedade.