A Tunísia e o(s) 'mundo(s) árabe(s)' em discurso: a Análise do Discurso Francesa como chave teórico-metodológica
DOI:
https://doi.org/10.34024/pensata.2025.v13.20757Palavras-chave:
Análise do Discurso Francesa; Tunísia; Relações Internacionais; Teoria; MetodologiaResumo
A Análise do Discurso Francesa não é apenas um método, mas uma importante teoria com contribuições nas mais diversas áreas das Ciências Humanas. Sua definição de discurso convida o pesquisador a estremecer as bases positivistas do conhecimento científico e questionar conceitos tratados de forma essencialista. Esse é o caso do ‘mundo árabe’, comumente abordado a partir de uma visão Orientalista e simplista e de forma homogênea, tirando a sua historicidade e suas especificidades dos centros da análise. O presente artigo propõe uma análise da Tunísia, por meio da Análise do Discurso Francesa, pelo país se encontrar em um ‘entre-lugar’. De um lado, baseado no discurso acadêmico, o país encontra-se na homogeneizante categoria de ‘mundo árabe’, onde sua população, fé e, principalmente, política se mantém discursivamente presas às ideias de Oriente do Orientalismo. Por outro, seus políticos fizeram uso de um discurso político de especificidade, lançando uso de uma identidade mediterrânea para se diferenciar de países africanos e orientais. Em suma, a proposta central do artigo é elaborar uma discussão sobre os aspectos positivos do uso da Análise do Discurso Francesa para as Relações Internacionais, tendo a Tunísia como estudo de caso.
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