From self-assured knowledge to unsure knowledge
public history as a movement of epistemological reflection
DOI:
https://doi.org/10.34024/hydra.2019.v4.9915Keywords:
Crisis of history, Public history, Theory of history and historiography.Abstract
This article proposes a reflection on historians and historiography in contemporary information societies. Faced by a reality where we are surrounded by a persistent chaotic semiotic whirlwind, historiography as a subject matter and its main interlocutors, i.e. historians, are affected by a deep epistemic crisis. A History that is ‘useful for life,’ as described by Nietzschean thought, i.e. knowledge endowed with the ability to provide human beings with the substrate of their actions in the world to which they belong, seems to vanish more and more in the midst of a scenario of denial, historical negationism, inept appropriations, and challenges to the alleged authority of those who dedicate their lives and their fates to it. In this movement, historians, self-proclaimed ‘Muse Clio’s guardians,’ seem to turn more intensely to issues related to public and, therefore, political uses, undergone by the past they write about. The series of concerns that motivated this article emerge with this panorama in mind.
References
ABREU, Marcelo; RANGEL, Marcelo. Memória, cultura histórica e ensino de história. História e Cultura, Franca, v. 4, n. 2, p. 7-24, 2015.
ALBUQUERQUE JR., Durval Muniz de. Fazer defeitos nas memórias: para que servem a escrita e o ensino da história? In: GONÇALVES, Márcia de Almeida et al. (org.). Qual o valor da história hoje? Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2012. p. 21-39.
ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.
BARTHES, Roland. O rumor da língua. São Paulo: Brasiliense, 1988.
BONA, Aldo Nelson. Paul Ricoeur e uma epistemologia da história centrada no sujeito. Orientador: Paulo Knauss de Mendonça. 2010. 209 f. Tese (Doutorado em História) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2010.
BONA, Aldo Nelson. História, verdade e ética: Paul Ricoeur e a epistemologia da história. Guarapuava, PR: Ed. Unicentro, 2012.
BUCHEZ, Philippe. Introduction à la science de l’histoire – Ou science du développement de l’humanité. [s. l.]: [s. n.], 2016. (Collection XIX).
CATROGA, Fernando. Memória, história e historiografia. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2015.
CHARTIER. Roger. À beira da falésia: a história entre certezas e inquietude. Porto Alegre: Ed. UFRGS, 2002.
FRISCH, Michael. De A shared autority à cozinha digital, e vice-versa. In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Rodrigo (org.). História pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2015. p. 57-70.
HABERMAS, Jürgen. Mudança estrutural na esfera pública. Investigações sobre uma categoria da sociedade burguesa. São Paulo: Ed. Unesp, 2014.
HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HARTOG, F. Regimes de historicidade: presentismo e experiência do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2013.
HOBSBAWM, Eric. A era dos extremos. O breve século XX: 1914-1991. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
KANT, Immanuel. Crítica da razão pura e outros textos filosóficos. São Paulo: Abril Cultural, 1974.
KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto/Ed. PUC-Rio, 2006.
LE GOFF, Jacques. Prefácio. In: BLOCH, Marc. Apologia da história ou O ofício de historiador. Rio de Janeiro: Zahar, 2001. p. 15-38.
LIDDINGTON, Jill. O que é história pública? In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; ROVAI, Marta (org.). Introdução à história pública. São Paulo: Letra e Voz, 2012. p. 31-52.
MAIA, Carlos Alvarez. A crise da história e a onda pós-estruturalista. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n. 18, p. 50-65, 2018.
MALERBA, Jurandir. Acadêmicos na berlinda ou: como cada um escreve a história? Uma reflexão sobre o embate entre historiadores acadêmicos e não acadêmicos no Brasil à luz dos debates sobre public history. História da Historiografia, Mariana, n. 15, p. 27-50, 2014.
MALERBA, Jurandir. Os historiadores e seus públicos: desafios ao conhecimento histórico na era digital. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 37, n. 74, p. 135-154, 2017.
MONAY, Ana Carolina. SobreViver: a reelaboração da identidade de mulheres que passaram pela experiência da tortura na Ditadura Militar brasileira. Orientador: Daniel Pinha Silva. 2017. [n. d.]. Monografia (Graduação em História) – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2017.
NICOLAZZI, Fernando F. Muito além das virtudes epistêmicas: o historiador público em um mundo não linear. Revista Maracanan, Rio de Janeiro, n. 18, p. 18-34, 2018.
NIETZSCHE, Friedrich. Segunda consideração intempestiva: da utilidade e desvantagem da história para a vida. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2003.
NORA, Pierre. Entre memória e história: a problemática dos lugares. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados de História, São Paulo, v. 10, p. 7-28, 1993.
ORTEGA Y GASSET, José. Em torno a Galileu: esquema das crises. Petrópolis, RJ: Vozes, 1989.
RANGEL, Marcelo de Mello; ARAUJO, Valdei Lopes de. Apresentação: teoria e história da historiografia – do giro linguístico ao giro ético-político. História da Historiografia, Mariana, v. 17, p. 318-332, 2015.
RANGEL, M. M.; SANTOS, Fabio Muruci dos. Algumas palavras sobre giro ético-político e história intelectual. Revista Ágora, Vitória, n. 21, p. 7-14, 2015.
REIS, José Carlos. História e teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2003.
RÜSEN, Jorn. Como dar sentido ao passado: questões relevantes de meta-história. História da Historiografia, Mariana, n. 2, p. 163-209, 2009.
SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo/Belo Horizonte: Companhia das Letras/UFMG, 2007.
SCHITTINO, Raquel. O conceito de público e o compartilhamento da história. In: ALMEIDA, Juniele Rabêlo de; MAUAD, Ana Maria; SANTHIAGO, Rodrigo (org.). História pública no Brasil: sentidos e itinerários. São Paulo: Letra e Voz, 2015. p. 37-47.
TRAVERSO, Enzo. O passado, modos de usar: história, memória e política. Lisboa: Unipop, 2012.
WHITE, Hayden. A meta história. São Paulo: Edusp, 1992.